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Led Zeppelin: "sempre ficava com um nó emocional na garganta toda vez que cantava essa música", disse Robert Plant

  • by Brunelson
  • há 8 horas
  • 6 min de leitura

A música sempre foi sobre capturar uma experiência emocional. 


Não importa quantas vezes um artista possa querer "perfurar algo no chão" sempre que entra no estúdio para querer achar algo íntegro ou tentar capturar aquele relâmpago dentro de uma garrafa, há sempre um elemento particular por trás de juntar um punhado de notas que tem que mover algo no coração de alguém antes de ser gravado - a velha e boa melodia cativante. 


Só abrindo um parênteses, todas as bandas possuem ritmo, mas somente algumas apresentam aquela melodia que lhe atinge direto no coração.


E embora o vocalista do LED ZEPPELIN, Robert Plant, possa ter sido capaz de escrever melodias brilhantes em todos os álbuns da banda, ouvir seu próprio grupo interpretar um certo padrão de blues foi o suficiente para também deixá-lo emocionado.


À medida que o LED ZEPPELIN se formou e começou a explorar suas novas músicas, seu repertório ainda estava em dívida com os gigantes do blues rock, fazendo suas próprias interpretações de canções como "You Shook Me" e "Babe I'm Gonna Leave You" (1º disco, "Led Zeppelin", 1969). Sendo assim, não demorou muito para que eles começassem a criar um material forte o suficiente para rivalizar com seus heróis das antigas.


Já em turnê do seu 2º álbum, "Led Zeppelin II" (1969), o grupo estava criando a base para o que se tornaria para a eternidade, mantendo a tradição do blues com um pouco de "maldade" por trás dos seus riffs gigantescos.


E comparado aos 02 primeiros discos, o álbum "Led Zeppelin III" (3º disco, 1970) marcou uma mudança no som da banda, favorecendo instrumentação acústica e várias influências folk. Mas enquanto que a canção de abertura desse álbum, "Immigrant Song", seria uma boa salva para muitos fãs que esperavam o som contundente dos 02 primeiros discos, a banda criaria um mundo diferente ao abordar o padrão de blues em outra música lançada nesse álbum, que foi "Since I’ve Been Loving You". 


Desacelerada para um ritmo lamentoso, a mesma se tornava outro animal sempre que a banda a tocava nos shows, com Plant gritando de dor enquanto que o guitarrista Jimmy Page entregava alguns dos momentos mais impressionantes de sua carreira.


Embora Plant tenha permanecido um profissional tanto no estúdio quanto no palco, ele lembrou o quão difícil era manter a compostura quando ia cantar a canção "Since I’ve Been Loving You", dizendo uma vez em entrevista: “A progressão musical no final de cada verso – a escolha do acorde, me refiro – não é um lugar natural para ir, sabe? E é essa elevação lá em cima que a deixa tão majestosa e tão emocional. Não sei se isso nasceu dos lombos de Jimmy Page ou de John Paul Jones (baixista), mas sei que quando chegamos a esse ponto na música, posso ficar com um nó emocional na garganta por estar cantando no meio dela”.


Plant não seria o único afetado emocionalmente por esta canção. 


Ao falar sobre suas principais influências, Dave Grohl (baterista do NIRVANA e frontman do FOO FIGHTERS) também se lembraria de como o solo da guitarra de Page nessa música era o suficiente para fazê-lo chorar sempre que o ouvia. 


Mesmo que muitas músicas de rock sejam feitas para provocar empolgação ao público, é preciso uma certa quantidade de sutileza musical para criar uma canção que cause emoção involuntária ao ouvinte.


"Since I’ve Been Loving You"































































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