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  • by Brunelson

Led Zeppelin: Top 09 melhores linhas de baixo de John Paul Jones


É difícil ser um herói "coadjuvante" em uma das bandas mais populares de todos os tempos, mas se alguma vez houve um membro subestimado do LED ZEPPELIN, seria John Paul Jones.

Não tão inovador em seu instrumento quanto o baterista John Bonham, não tão no controle da produção gravada como o guitarrista Jimmy Page e não tão chamativo ou carismático quanto o vocalista Robert Plant, o papel de John Paul Jones dentro do grupo era o de um músico técnico, calmo e equilibrado, que trouxe texturas e sons adicionais que impulsionaram a banda.











Será que o LED ZEPPELIN já teria tocado samba na música "Fool in The Rain" sem Jones? Eles teriam tentado reggae ("D'yer Ma'ker"), música de carnaval sintetizada ("Carouselambra"), funk rock ("Trampled Under Foot"), folk pastoral ("Going to California") ou rock psicodélico progressivo ("No Quarter" e "In The Light") sem também o majestoso trabalho de teclado de Jones, orquestrações arrebatadoras e ouvido aguçado para preencher as lacunas que seus companheiros de banda mais inclinados ao rock deixaram em aberto?

Jones era adepto de vários instrumentos, trazendo o bandolim, sintetizador e até flauta doce para diversificar o som da banda, mas sempre voltava ao seu trabalho nº 1 no LED ZEPPELIN mantendo os graves com os seus riffs de baixo matadores.


Um dos músicos de sessão de estúdio mais requisitados nos anos 60, a adaptabilidade de Jones veio do seu constante salto entre diferentes artistas e diferentes configurações de gravação. Em qualquer dia, Jones poderia ser solicitado a tocar alguma vinheta num comercial da TV pela manhã, substituir algum membro de outro projeto numa sessão de rock no estúdio à tarde e orquestrar um arranjo de cordas à noite.

Isso significava que Jones não estava apenas pronto para ser o baixista de uma banda, ele estava pronto para ser um contribuinte igual para a música, seja escrevendo as próprias canções ou simplesmente adicionando as linhas necessárias que elevavam as composições acima dos padrões baseados no blues que centenas de outros grupos estavam fazendo na época.


Na verdade, Jones não precisava do LED ZEPPELIN - uma de suas sessões finais antes de ingressar no LED ZEPPELIN foi arranjar as cordas da música "She's a Rainbow" do ROLLING STONES, o que seria difícil obter mais prestígio do que isso.

No entanto, ficou óbvio que o LED ZEPPELIN claramente precisava de John Paul Jones.

Por meio de toda a sua proeza orquestral, fascínio pela tecnologia em evolução e capacidade de comunicar teoria musical complicada, não vamos esquecer o mais importante: Jones detonava!


Seja com riffs secundários ou notas que ressoam profundamente em sua alma, Jones foi essencial para tornar o poder do LED ZEPPELIN tão impactante. Mesmo que ele e Bonham atuassem como marretas para alguns dos riffs de rock mais pesados de todos os tempos, eles também podiam balançar com a leveza da música blues que ambos adoravam.


Foi essa combinação de sucessos poderosos e toque leve que fez do LED ZEPPELIN uma das maiores bandas de todos os tempos.

Aqui, resolvemos olhar para alguns dos melhores trabalhos de baixo de Jones em todo o catálogo do LED ZEPPELIN. Mesmo durante os últimos dias de banda, Jones nunca parou de buscar a excelência musical e as suas linhas de baixo são notavelmente consistentes e totalmente formadas desde a primeira música da banda até a última gravação.

Confira em ordem cronológica, apenas 09 dos maiores momentos no baixo de John Paul Jones já registrados no LED ZEPPELIN.

Música: "Good Times Bad Times"

Álbum: "Led Zeppelin" (1º disco, 1969)

Desde as primeiras notas da primeira música de seu primeiro álbum, LED ZEPPELIN provou que não estava brincando.

O poder estrondoso desta canção dá a cada membro da banda uma vitrine para o que eles trouxeram à mesa: o bumbo impossivelmente proficiente de John Bonham, com a guitarra desequilibrada de Jimmy Page florescendo no solo e o blues destruidor no vocal de Robert Plant.

Mas no final de cada refrão, quem é que traz as viradas que deixam todo mundo de boca aberta?

Isso mesmo, John Paul Jones. A duplicação do riff principal dele e de Page é tão forte quanto a química musical entre eles, mas quando Jones tem a oportunidade de fazer um pouco do layout da música, você pode ouvir o quanto ele está se divertindo.


A sua criatividade e mente musical ganharam destaque nessa música e só cresceriam daqui em diante.


Música: "How Many More Times"

Álbum: "Led Zeppelin" (1º disco, 1969)

O álbum de estreia do LED ZEPPELIN tem um trabalho de baixo maravilhoso e alguns podem não concordar com o fato de que a linha de baixo mais lendária de Jones nesse disco, a canção "Dazed and Confused", não está nessa lista.

A verdade é que quase qualquer um pode tocar o riff descendente da música "Dazed and Confused", mesmo não apresentando a mesma disciplina que Jones mostra.

Por outro lado, o groove de abertura na canção "How Many More Times" é semelhante a uma experiência transformadora. Unindo jazz, blues e hard rock, Jones é a cola que une este som expansivo ao experimental. Mesmo quando ele está apenas acrescentando à atmosfera misteriosa, Jones ainda está impedindo que as batidas selvagens de Bonham e a assustadora guitarra curvada de Page saiam da borda sônica.

A sua corrida descendente aqui nesta canção deveria ser ensinada em todas as aulas de conservatório de música até o fim dos tempos.


Música: "The Lemon Song"

Álbum: "Led Zeppelin II" (2º disco, 1969)

Apesar de sua habilidade na exploração musical, Jones muito raramente conseguia realmente se soltar em uma gravação do LED ZEPPELIN.

Mas isso foi planejado inconscientemente, pois Page e Bonham estavam tão felizes em suas viagens sônicas, que alguém teria que manter as composições fundamentadas no concreto. Se todos estivessem solando ao mesmo tempo, soaria mais como o GRATEFUL DEAD do que como o LED ZEPPELIN.

Mas de vez em quando, Jones seria o único a assumir essa liderança viajante.

"The Lemon Song" é a canção 100% dominada pelas corridas de baixo de Jones e depois de 03 minutos de blues rock, o resto da banda simplesmente sai do caminho e deixa Jones se estender na progressão de acordes. Improvisando 01 dos 02 minutos mais alucinantes na história do rock, Jones está em plena forma nessa música e ainda assim ele faz tudo parecer fácil.

Você nunca veria Jones suando no palco e se esforçando para tal, pois ele estava no controle e plenitude o tempo todo.


Música: "Ramble On"

Álbum: "Led Zeppelin II" (2º disco, 1969)

Falando em linhas de baixo melódicas, você não pode falar sobre John Paul Jones sem mencionar as suas execuções incrivelmente criativas que preenchem a canção "Ramble On".

Enquanto Page dedilha os acordes e Plant mantém a melodia principal, Jones traz uma parte de baixo contrapontística que chama a sua atenção tanto quanto qualquer outra coisa nessa música.

No momento em que o refrão chega, Jones está pulando pra cima e pra baixo como se estivesse inventando uma sonoridade que veio para ficar e se firmar. O elemento mais fascinante da musicalidade de Jones é como ele é capaz de reunir estilos díspares em um som característico, onde você pode ouvir coisas de música clássica, funk rock, blues e até folk em suas linhas nessa música.

Qualquer outra pessoa em sua posição faria uma bagunça intrusiva, mas cada nota que Jones toca é perfeitamente posicionada e reproduzível infinitamente.


Música: "Immigrant Song"

Álbum: "Led Zeppelin III" (3º disco, 1970)

Já ouvimos a técnica, o treinamento clássico e o funk rock, mas de onde vem esse trovão?


Onde está aquela batida monolítica que fez do LED ZEPPELIN uma das primeiras bandas que influenciariam o heavy metal? Se Jones é geralmente visto como quieto, inclinado para a orquestra e baseado na melodia, o que ele fará com uma música que exige que ele faça riffs na velocidade da luz?

"Immigrant Song" é a canção onde o mito do LED ZEPPELIN se transforma totalmente em lenda: imagens vikings, gritos penetrantes e o todo poderoso martelo dos deuses chegando para pegar o que é deles.

Observe a velocidade e o virtuosismo que Jones exibe nos refrões dessa música. São corridas desumanas, mas para Jones era apenas mais um dia "rotineiro de trabalho".


Música: "Black Dog"

Álbum: "Led Zeppelin IV" (4º disco, 1971)

Como compositor, Jones muitas vezes foi ofuscado pelo vasto catálogo cultivado por Plant e Page.

Page é um mestre dos riffs e muitas vezes era o único a trazer esses tipos de composições, mas Jones também tinha algumas na manga e o riff mais de derreter o cérebro que o LED ZEPPELIN já gravou veio diretamente de Jones e seus travessos desejos de se livrar de qualquer imitador futuro da banda.

A canção "Black Dog" possui uma espécie de poder magnético e mistificador, ficando preso na sua cabeça com muita facilidade, mas se você tentar toca-la sozinho, acabará descontente e confuso.


A alquimia mágica que veio dos 04 músicos do LED ZEPPELIN tocando os seus instrumentos uns aos outros, é melhor ouvida aqui nessa música e foi Jones quem aproveitou esse poder potente para uma das melhores no catálogo da banda.


Música: "The Wanton Song"

Álbum: "Physical Graffiti" (6º disco, 1975)

Como você pode saber se uma música tem uma ótima linha de baixo de Jones?

Bom, todas são ótimas linhas de baixo, mas uma dica fácil é se o título for "The 'alguma coisa' Song".

Mesmo sendo uma brincadeira, por alguma razão é quando Jones aumenta o seu nível e esta canção não é exceção.

Tocando com a conexão psíquica incomparável dele e de Bonham, o baixo de Jones é quase sobrenaturalmente encaixado com o bumbo de Bonham, criando um empurrão que soa como se os dois estivessem constantemente tentando impressionar e superar um ao outro.


É um dueto próprio, mas quando adicionado a Page e Plant, torna-se aquela coisa indescritível de outro mundo conhecida como LED ZEPPELIN.


Música: "Achilles Last Stand"

Álbum: "Presence" (7º disco, 1976)

Quando o LED ZEPPELIN entrou no que viria a ser a 2ª metade de sua carreira, desejos diferentes começaram a fragmentar a banda.

A infeliz realidade era que, embora eles estivessem apenas melhorando como músicos, o álbum "Presence" mostrava uma banda que estava tendo dificuldades em invocar a mágica que surgiu tão naturalmente apenas alguns anos antes.

Apresentando o que ainda pode ser a maior performance de bateria de John Bonham já gravada, o ingrediente secreto é mais uma vez John Paul Jones, que acompanha o impulso animalesco de Bonham enquanto adiciona um toque sujo à gravação. Mesmo quando ele está tocando em uma única nota, Jones mantém a música focada e no caminho certo.

Sem frescuras e firulas, é apenas propulsão.


Música: "Ozone Baby"

Álbum: "Coda" (Disco ao vivo, 1982)

Nunca subestime o quão funk rock John Paul Jones é.

Ele possui as habilidades de tocar baixo de um grande músico de sessão de estúdio da gravadora Motown e provou isso em todo o catálogo do LED ZEPPELIN.

E se alguma vez houve uma canção com lançamento póstumo que provou o quão solto e furtivo Jones poderia ser nas 04 cordas, seria nessa música lançada no álbum "Coda".

Há uma razão pela qual o baixo de Jones é tão alto na mixagem, se não mais alto, mas tanto quanto a guitarra de Page. É porque ele está fazendo o trabalho mais interessante da música.

LED ZEPPELIN estava longe de desaparecer quando Bonham morreu tragicamente em 1980 e a canção "Ozone Baby" solidificou o fato de que John Paul Jones e o seu baixo estavam envelhecendo como um bom vinho.


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