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Keith Moon: a música dos Beatles que o baterista do The Who achava que era sobre ele

  • by Brunelson
  • 9 de jul.
  • 4 min de leitura
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Keith Moon, o falecido baterista do THE WHO, era tão eficaz que, sem sua destreza rítmica, é certo que a banda britânica não teria se estabelecido como um dos atos mais definidores de sua era. 


Sua intensidade provou ser o lastro perfeito para a guitarra escaldante de Pete Townshend, o baixo estrondoso de John Entwistle (talvez o melhor de todos os tempos) e as melodias cativantes do vocalista Roger Daltrey. No entanto, Moon também encontrou notoriedade por suas muitas atividades extramusicais, sendo tão conhecido por sua predileção em pregar pegadinhas nos outros e destruição de quartos de hotel, quanto por seu gênio musical.


Um personagem maior que a vida, Moon impactou tanto a cultura que ele até pensou que uma música clássica de seus colegas da "invasão britânica", os BEATLES, foi escrita sobre ele.


Isso é de acordo com Pete Townshend, que escreveu em seu livro de memórias de 2012, "Who I Am: A Memoir", que quando o THE WHO fez uma turnê pelos EUA em 1967, foi quando eles ouviram pela 1ª vez o novo álbum dos BEATLES lançado na época, "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band", e Moon estava convencido de que uma de suas músicas era sobre ele.


“Nessa turnê ouvimos bastante o disco 'Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band' dos BEATLES e não muito mais de outras bandas”, Townshend relembrou. “A onda de choque que esse álbum causou desafiou todos os participantes, tipo, ninguém acreditava que os BEATLES seriam superados ou sequer se dariam ao trabalho de tentarem. Pra mim, esse disco dos BEATLES e o álbum 'Pet Sounds' do BEACH BOYS redefiniram a música no século XX. A atmosfera, essência, sombra e romance foram combinados de maneiras que poderiam ser descobertas repetidamente em discos futuros de outros artistas e bandas. Nenhum desses 02 álbuns fez qualquer comentário político ou social profundo, mas as ideias não eram o que importava nessa época. Ouvir a música é que tinha se tornado uma droga viciante em si”.


Embora Townshend tenha ficado impressionado com a sonoridade extravagante do disco "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band", Keith Moon estava mais fixado em acreditar que uma das canções desse álbum parecia ser sobre ele. 


“Keith Moon tinha se convencido de que era o ‘Sr. K’ na música dos BEATLES, ‘Being For The Benefit of Mr. Kite'”, Townshend deixou escrito em seu livro. "Notavelmente, o Sr. K das letras desta canção é um artista celebrado do circo. Moon colocava para tocar constantemente essa música durante nossa turnê e seu ego começou a ficar fora de controle. Poderia facilmente as letras terem sido também sobre Murray The K”.


Como os fãs dos BEATLES já sabem, Murray The K foi um DJ de rádio influente de New York que frequentemente se referia a si mesmo como “o 5º Beatle” durante os primeiros dias da Beatlemania, quando os sons da banda britânica estavam se espalhando pelos EUA.


Apesar da paranoia de Keith Moon de que ele era o Sr. K, a música foi inspirada em um pôster vitoriano de um famoso líder de circo, Pablo Fanque, que também é mencionado em suas letras. A trupe de Fanque foi uma das mais populares na Grã-Bretanha vitoriana por mais de 30 anos, em uma era considerada a era de ouro do circo. Fanque também se apresentava no circo, com sua façanha mais famosa era saltar sobre uma carruagem montada em um cavalo.


John Lennon explicou uma vez as origens dessa música, concluindo: “Havia Henry, o Cavalo, em uma música que escrevi chamada ‘Being For The Benefit of Mr. Kite'. A letra, da qual tirei a maior parte, era de um pôster antigo de um circo dos anos 1800 e era tudo sobre o que rolava em um circo, mas as pessoas vinham até mim e perguntavam se o cavalo Henry era uma metáfora para heroína, sobre o qual eu não sabia nada disso na época”.


"Being For The Benefit of Mr. Kite"























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