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Pink Floyd: a única canção de amor verdadeiro que a banda lançou

  • by Brunelson
  • há 5 dias
  • 9 min de leitura
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Há uma série de músicas que marcam um ponto de virada significativo para o PINK FLOYD, mas uma das canções mais importantes que eles já escreveram e que impactou a trajetória da banda foi "Point Me at The Sky" (single, 1968).


Embora essa música possa não estar no topo da lista de favoritas dos fãs e já dita por Roger Waters (vocalista/baixista) que foi um "fracasso notável" tendo-a lançada como single, a canção desempenhou um papel significativo em sua história, pois sem ela, o PINK FLOYD poderia não ter se tornado a banda que as pessoas conhecem e amam tanto.


Voltando 06 meses antes do lançamento deste single, o mesmo vale para a música "Set The Controls For The Heart of The Sun", onde o baterista Nick Mason já disse em entrevista que é a sua canção preferida do PINK FLOYD e foi o divisor de águas para a banda em ter aberto uma cortina para suas futuras e épicas canções que ficariam marcadas na história do rock. Assim como o álbum em que ela foi lançada, "A Saucerful of Secrets" (2º disco, 1968), que para o baterista foi o ponto de virada no processo de composição da banda.


Já para David Gilmour (vocalista/guitarrista), a música que deu uma direção a seguir para o grupo é a faixa-título do álbum "A Saucerful of Secrets".


E o que dizer da música "Echoes" (6º disco, "Meddle", 1971), sendo considerada a preferida de Gilmour e do tecladista Richard Wright, onde simplesmente conseguimos enxergar o protótipo do que viria a ser o PINK FLOYD no decorrer da década de 70.


Ou seja, são vagões de trem, onde cada um vai engatando um no outro, para que as partes formem o todo da forma que o PINK FLOYD ficaria conhecido. Nem sempre esses vagões são bonitos ou recebem grandes elogios, mas foram inextricáveis para o desenvolvimento e evolução da banda.


Se você tivesse que rotular o PINK FLOYD, você o chamaria de uma banda de rock psicodélico e rock progressivo, mas o que eles fizeram em suas décadas criando música é muito mais do que isso. O período de composição fracassado depois que Syd Barrett foi dispensado pelo grupo em 1968 (compositor/vocalista/guitarrista original), os inspiraram a começar a experimentar mais com temas, sons e conceitos, tudo para querer sair da sombra de Barrett e não querer fazer o que Barrett supostamente faria.


Quando os membros do PINK FLOYD conseguiram achar sua identidade sonora sem Barrett, felizmente fomos presenteados com álbuns como "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973), "Wish You Were Here" (9º disco, 1975), "Animals" (10º disco, 1977) e "The Wall" (11º disco, 1979), que ainda são considerados alguns dos melhores álbuns já feitos até hoje.


E dentre vários temas para abranger liricamente, por incrível que pareça, é difícil escolher uma música que se concentre explicitamente no assunto de romance ou de uma alma apaixonada, porque a maneira como suas longas e trabalhosas canções são montadas é diferente da estrutura típica de 03 minutos de duração que uma música de amor compõe.


No entanto, há uma que parece capturar o conceito de uma forma que somente o PINK FLOYD conseguiria, destacando o lado feio da obsessão, bem como a integridade dela.


Estamos falando da canção, "Don’t Leave Me Now", lançada no disco "The Wall". Se trata de um álbum conceitual pesado, seguindo o personagem principal, Pink, um astro do rock cansado que constrói um muro psicológico ao seu redor em uma tentativa de isolamento social. Ele destaca os altos e baixos que vêm em ser um astro do rock e é um dos álbuns do PINK FLOYD que mais se aproxima de ser puramente biográfico.


Como tal, os temas dessa história carregam um pouco mais de mérito, pois provavelmente vêm de um lugar de verdade. Essa verdade na música "Don’t Leave Me Now" envolve um astro do rock implorando para sua esposa não traí-lo. Sua esposa se transforma em um monstro e ele mal consegue confiar nela, mas a ironia está embutida nessa desconfiança.


Porque no início do disco, Pink está tentando dormir com as groupies e não tem problemas em ser infiel, no entanto, a ideia de sua esposa fazer algo semelhante a faz parecer monstruosa. É uma contradição interessante que destaca a ideia de romance de uma das maneiras mais eficazes que o PINK FLOYD poderia.


Ficou claro para a banda que a ideia de fazer uma música genérica sob o tema "amor" nunca iria funcionar, e desde então, eles exploraram vários temas e ideias em toda a sua discografia. Uma música romântica não pode ser apenas sobre os pontos positivos do romance, mas também sobre os pontos negativos e complicados. Eles discutem as contradições que seguem o amor como uma sombra: a dor, a raiva e a turbulência que muitas vezes vêm de mãos dadas com a vulnerabilidade de alguém. 


Essa pode não ser uma música romântica por convenção, mas é uma das canções mais românticas que o PINK FLOYD tem a oferecer.


"Don’t Leave Me Now"




























































































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