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by Brunelson
Resolvemos mergulhar em um dos melhores momentos já registrados do PINK FLOYD e como uma discussão entre Roger Waters e David Gilmour despertou e transformou essa música num momento musical que reverenciamos até hoje.
Nem é preciso dizer que em seus anos de formação, Gilmour e Waters precisavam um do outro como todos os companheiros de uma banda precisam. A dupla criativa trouxe o melhor um do outro e se tornou uma parceria inabalável na composição de canções. Embora muitas vezes escolhendo motivos e temas muito diferentes para as suas músicas, uma coisa pode ser definida: eles eram mais fortes juntos.
A canção "Comfortably Numb" surgiu em um momento em que a relação entre Waters e Gilmour havia se fragmentado quase que sem retorno. As suas diferenças criativas pareciam prontas para dividir a banda irrevogavelmente em duas partes.
No livro do autor Mark Blake de 2008, "Comfortably Numb: The Inside Story of Pink Floyd", Gilmour confessou que esta canção chegou como "as minhas últimas brasas e capacidade de trabalhar em colaboração com Roger".
A música foi criada inicialmente durante as sessões de gravação do álbum solo de estreia de Gilmour em 1978, um projeto que mostrou alguns insights sobre como estava a relação entre os companheiros de banda.
No entanto, a canção realmente ganhou vida depois que Waters espalhou as suas letras na gravação instrumental, o que, aliás, tudo veio de uma grande discussão que ele teve com Gilmour - sendo lançada no 11º álbum do PINK FLOYD, "The Wall" (1979).
Em conversa com a Absolute Radio em 2011, Waters relatou vividamente a luta que nos proporcionaria uma obra-prima do mais alto calibre: “Dave e eu, quando estávamos no sul da França e onde gravamos a maior parte do disco 'The Wall', tivemos um desentendimento bastante sério sobre a gravação da música 'Comfortably Numb'”.
Ele acrescentou: “É provavelmente uma história em que a memória dele e a minha são quase exatamente as mesmas. É que tínhamos feito uma faixa de ritmo e eu adorei e ele achou que não era precisa o suficiente ritmicamente, então, ele recortou a faixa da bateria e disse 'assim é melhor', mas eu disse: 'Não, não é e eu odiei isso'”.
O co-produtor, Bob Ezrin, também conversou com o escritor Mark Blake para o mesmo livro e acrescentou dizendo que a abordagem de Gilmour foi mais "despojada e mais difícil" do que a de Waters, a qual ele chamou de "a versão orquestral mais technicolor”. Naturalmente, a dupla encontrou competição um com o outro nesse fato e tentou cumprir a sua vontade no outro.
O autor do livro escreveu, concluindo a fusão criativa entre os 02 músicos: “O corpo da música compreenderia o arranjo orquestral, incluindo aquele solo final incendiário da guitarra”.
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