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by Brunelson

David Gilmour: o disco do Pink Floyd que ele disse que foi gravado durante um “momento alarmante”


Em meados da década de 80, o PINK FLOYD estava em completa desordem após a saída hostil de Roger Waters da banda.


Nesta fase, esse grupo lendário de rock progressivo parecia que iria continuar a fazer história, mas apesar de perder um dos membros fundadores e responsável por grande parte dos seus trabalhos, os outros membros da banda decidiram continuar.

Embora David Gilmour não tenha sido um membro fundador do PINK FLOYD, ele ingressou em 1968 e contribuiu significativamente para os seus anos dourados. No entanto, com o passar do tempo o seu relacionamento com Waters tornou-se mais difícil, pois eles discordavam sobre a direção artística da banda. No final das contas, Waters resolveu sair do PINK FLOYD em 1985, mas tentou impedir o grupo de manter o nome da banda em sua ausência.

Depois de 01 ano, Waters entrou com um processo judicial para dissolver formalmente o PINK FLOYD, rotulando o grupo como uma “força esgotada criativamente”. Eventualmente, ele fechou um acordo com os seus ex-companheiros de banda após uma tensa batalha legal, permitindo-lhes continuar lançando músicas como PINK FLOYD.


Relembrando desse acordo em 2004, quando foi entrevistado pela revista Uncut, Waters falou: “Eles (banda) me ameaçaram com o fato de que tínhamos um contrato com a gravadora CBS Records e que parte do contrato poderia ser interpretada como significando que tínhamos um compromisso de produto com a CBS. E se nós, se não continuássemos a lançar discos e produtos, eles poderiam nos processar e reter os royalties se não gravássemos mais álbuns”.

Ele acrescentou: “Então, eles (banda) me disseram que isso era o que a gravadora iria fazer conosco e que eles (banda) iriam me processar por todas as despesas legais e qualquer perda de ganhos, porque era eu quem estava impedindo a banda de fazer mais discos. Então, eles (banda) me forçaram a pedir demissão da banda porque, se eu não tivesse feito isso, as repercussões financeiras teriam me eliminado completamente".

Fazer um álbum depois de perder um membro importante é um desafio para qualquer grupo, mas a luta legal agravou ainda mais as dificuldades. Só quando Waters admitiu a derrota é que eles entraram em estúdio para gravar o álbum "A Momentary Lapse of Reason" (13º disco, 1987). No entanto, a nuvem negra da saída de Waters ainda pairava sobre o PINK FLOYD e Gilmour admitiu que gravar esse álbum não foi uma tarefa fácil.

Durante uma entrevista para o jornal britânico The Sun, Gilmour refletiu sobre esse período e o seu 1º disco sem Roger Waters, observando: “Ele foi uma grande parte do PINK FLOYD, um grande talento e o nosso principal letrista, então, foi difícil. Eu me considero um tipo mais melódico e Roger é um letrista mais agressivo. Diferentes lados de nós se uniram para criar o que nos tornamos em nossa carreira”.

Apesar das dificuldades, Gilmour orgulhava-se da sua resiliência: “Foi um momento alarmante e um grande compromisso continuar o PINK FLOYD com a saída de Roger”.

Mais tarde, o baterista Nick Mason ficou surpreso com o fato da banda ter conseguido completar as gravações do álbum "A Momentary Lapse of Reason", em entrevista no programa In The Studio with Redbeard: “Naquela época, certamente eu apenas pensei: 'Não consigo ver como podemos fazer o próximo disco'. Ou se pudermos, iria demorar ainda muito tempo no futuro e provavelmente seria mais por causa do sentimento de alguma obrigação de que deveríamos fazê-lo e não por qualquer entusiasmo”.

A falta de “entusiasmo” ficou evidente no produto final, que não correspondeu às altas expectativas anteriormente estabelecidas pela banda. Sendo assim, a conclusão do disco "A Momentary Lapse of Reason" foi um pequeno milagre por si só.


"Learning to Fly"











































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