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  • by Brunelson

Pink Floyd: o álbum que David Gilmour disse que "estávamos tropeçando durante as gravações"


Ao longo de sua carreira de 05 décadas, o PINK FLOYD floresceu e percorreu por uma série de caminhos e capítulos, tanto estilisticamente quanto pessoalmente falando.

A 1ª mudança profunda para o grupo foi com a saída do líder da banda e fundador, Syd Barrett (vocalista/guitarrista), e o recrutamento simultâneo de David Gilmour como guitarrista substituto.

Sob a liderança de Barrett, eles se tornaram uma das bandas de rock psicodélico mais proeminentes de Londres. No entanto, um período promissor de sucesso na primavera e verão de 1967 piorou, quando o abuso de drogas psicodélicas de Barrett começou a impactar as apresentações e os ensaios.

Em dezembro de 1967, a banda deu as boas-vindas a Gilmour para tirar a pressão de Barrett, mas logo ficou evidente que Gilmour seria um substituto em tempo integral. Barrett permaneceu ativo na banda por mais 05 meses antes de ser dispensando pelos seus colegas enquanto a sua esquizofrenia induzida por ácido LSD aumentava.

Em uma entrevista de 2001 com o jornalista John Edgenton, David Gilmour refletiu sobre a sua luta inicial para alcançar e replicar o estilo único de Barrett: “No começo tive que me adaptar rapidamente a eles. Tocar coisas que eu não tinha ideia do que estava fazendo, o que provavelmente foi terrível e também foi embaraçoso na medida em que eu costumava tocar de costas para o público nos shows".

“Eu estava muito envergonhado e nervoso com o que estava fazendo. Além disso, não me sentia tão seguro de mim e eu não sabia o que tocar”, continuou Gilmour. “Eu tive que tentar tocar essas músicas, que era o que a banda e Syd Barrett vinham tocando há algum tempo. Mas chegou num determinado momento, em que comecei a ficar consciente do que precisava para as músicas e tentar torná-las mais próximas de mim".

Após o álbum transitório de 1968, "A Saucerful of Secrets" (2º disco), o PINK FLOYD começou a encontrar o seu equilíbrio em um som um tanto distante dos projetos de Barrett. Os experimentos sonoros que apareceram nos álbuns "Ummagumma" (4º disco, 1969) e "Atom Heart Mother" (5º disco, 1970), viram a banda se juntar ao vapor do rock progressivo contemporâneo, mas também marcaram um nadir notável para o PINK FLOYD.

Porém, Gilmour se juntaria a muitos fãs ao escolher o álbum "Ummagumma" como a coleção de músicas menos inspiradoras do PINK FLOYD, mais ainda que o disco "Atom Heart Mother".


Sendo entrevistado pela revista Rolling Stone em 2011 falando sobre o álbum "Ummagumma", Gilmour concluiu: “Éramos bastante corajosos e colocaríamos qualquer coisa em um disco que nos divertisse de uma forma ou de outra, mas em alguns desses momentos, estávamos tropeçando no estúdio durante as gravações. Nós não tínhamos ainda bem definido e muito claro o nosso impulso de avanço e a nossa inspiração ficou fraca em alguns momentos nesse disco".


"Grantchester Meadows" (Disco: "Ummagumma")
























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