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Neil Young: a música que levou mais de 04 décadas para ser lançada

  • by Brunelson
  • 21 de set.
  • 6 min de leitura

Atualizado: 23 de set.

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Quando você tem um compositor que escreveu muitas músicas ao longo da vida, você pode ouvir períodos específicos refletindo o que quer que ele tenha passado. 


A música pode ser reflexiva dessa forma e o insight que ela fornece sobre a vida de outras pessoas é o que pode torná-la tão especial. 


E quando você ouve a discografia de Neil Young, você ouve uma variedade de temas e emoções diferentes, dependendo do período da vida dele em que a música foi escrita. Na casa dos seus 20 anos de idade, embora esses tenham sido anos cheios de otimismo para muitas pessoas, Young acabou escrevendo muitas músicas que estavam encharcadas de pessimismo. Isso não é porque ele estava inventando emoções em uma tentativa de soar mais profundo e melancólico, mas sim, porque ele fazia parte de uma cena musical que parecia tentar empurrá-lo constantemente para fora.


Nessa época no começo dos anos 60, quando ele estava fazendo música em Toronto, no Canadá, Young (canadense) estava trabalhando com uma banda chamada 4 TO GO. Eles estavam todos animados com a perspectiva de fazer música e shows juntos, mas acabaram se afastando e se separando antes mesmo de terem a chance de se apresentarem. De acordo com Young, isso ocorreu porque a cena em Toronto naquele momento estava "travada" e era impossível para novas bandas conseguirem shows.


Sendo assim, algumas músicas de Young refletiram esse período de luta. E uma em especial ele escreveu do ponto de vista de alguém muito além de sua idade que ele tinha na época, com versos sábios cheios de pavor e niilismo. A que melhor refletiu essa mentalidade é a canção "Extra, Extra", que ele escreveu no início da década de 60, antes mesmo de decolar em carreira solo.


A música é escrita como uma conversa entre um vendedor de jornais e um velho. O vendedor vê o velho e se pergunta: "O que o fez ser assim?" Young não entra em detalhes ao falar sobre o que significa o "assim", mas a canção começa a investigar o passado do homem e a examinar as principais circunstâncias da vida que o levaram atualmente a perambular pelas ruas.


Conforme a música continua, fica claro que a imagem do homem que chamou a atenção do vendedor é que ele parecia ter sido “destruído pela vida”. É evidente que Young se vê no velho, ou pelo menos seu eu mais jovem vê seu futuro nessa versão ficcional de alguém que desistiu das coisas. Faz sentido que Young possa ter se sentido assim durante tal período enquanto ele estava buscando pela música, o ofício pelo qual ele era mais apaixonado, mas parecia que mesmo assim não iria chegar a lugar nenhum com ela.


Felizmente, Young perseverou, mas não levou a canção "Extra, Extra" com ele na sua carreira. Em vez disso, ele a deixou de lado e foi somente em 2009, na coletânea "Neil Young Archives Vol. 1", que essa música finalmente viu a luz do dia, revelando um novo aspecto da vida de Neil Young que muitos desconheciam anteriormente.


"Extra, Extra"






























































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