- by Brunelson
Neil Young: o álbum que ele gravou e chamou de "um presente na vida"
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Esse disco equilibrado e eclético marcou o início de uma década prolífica e crucial para o trovador canadense.
Young permaneceu prolífico como artista solo e também ao lado dos seus companheiros de banda da CRAZY HORSE nas últimas 07 décadas, e continua a encontrar profunda satisfação em seus projetos musicais convidando diversos artistas e bandas para gravar junto com ele os seus discos.
Em uma entrevista de 2021 para o radialista Zane Lowe da Apple Music, Young falou sobre o seu novo álbum de estúdio na época, "Barn" (41º disco, 2021), destacando a importância da localização geográfica na hora de gravar um álbum.
“A geografia é importante”, disse Young. “Não apenas a qualidade da sala do estúdio, mas onde fica esse estúdio? Onde eu estou? Eu realmente me importo com isso porque toda vez que você se muda para um novo lugar, tudo muda. Então, na música, você sente que alguns lugares são bons para algumas coisas”.
“Parecia que você estava no topo do mundo quando gravou esse último álbum”, o radialista disse a Young sobre o disco "Barn".
“É muito bom estar com pessoas que estão fazendo o que querem fazer e que entendem o que é”, opinou Young sobre a sua banda de apoio, a CRAZY HORSE.
O radialista lhe perguntou: "Em recente entrevista, você disse que este foi o seu melhor álbum ou talvez o melhor que você já gravou junto com a CRAZY HORSE?"
"Pode ser, mas é difícil dizer”, respondeu Young. “Sei que sou muito grato por tê-lo feito e acho que foi um presente na minha vida, onde tudo nele funciona. Sabe, não é sempre que isso acontece quando você grava um disco. O álbum 'Barn' funcionou pra mim, tipo, não sei se vai agradar mais alguém, mas pra mim funcionou. Tudo parecia certo, então, isso é o que interessa e me sinto ótimo com isso”.
O radialista estava interessado em descobrir por que Neil Young sentiu que o disco "Barn" era um "presente" de um álbum para Young: “Bom, é apenas o fato de que todos nós nos reunimos, tocamos e estávamos em um novo lugar que não tínhamos estado antes, que era um estúdio tipo uma cabana de madeira”, continuou Young. “Era isso mesmo, com toras de madeira na parede e todas redondas e grandes, sabe? Eram enormes toras e aquilo possui um som característico. Não há bordas quadradas em nada naquele estúdio, o que lhe fornece um som diferente onde tudo é redondo, cada superfície é uma curva e as coisas saltam de maneiras diferentes".
Young concluiu: “Muitas salas de estúdio onde você entra e toca, tal instrumento se destaca porque está ressoando contra as paredes ou algo assim. Em um estúdio que mais parece um celeiro, nada se destaca, pois tudo está lá numa coisa só. Mesmo um instrumento suave é percebido quando outro instrumento está tocando alto e esse instrumento alto não parece ser tão alto a menos que você fique prestando atenção somente nele”.
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