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  • by Brunelson

Pink Floyd: o disco da banda que Roger Waters disse que eles eram "risíveis e inúteis”


Há uma boa chance de que o PINK FLOYD que conhecemos hoje não teria existido sem Roger Waters.

Depois que a banda começou a se desintegrar devido à queda de Syd Barrett (vocalista/guitarrista original), foi Waters (vocalista/baixista) quem pegou as peças quebradas e as trouxe para a próxima fase de sua carreira, criando músicas que se tornariam hinos da cena do rock progressivo como "Money" e "Time".

E embora Waters tenha uma forte opinião construtiva sobre muitas partes da carreira do PINK FLOYD, ele sente que uma determinada época não merece ser lembrada de forma elogiosa.

Antes de se tornar o líder de fato do grupo, Waters não desejava ocupar o papel de vocalista. Como Barrett era quem escrevia a maior parte do material, Waters ficou mais do que feliz em ficar em 2º plano, oferecendo uma música ocasional aqui e ali e assistindo a banda experimentar o rock psicodélico do seu disco de estreia, "The Piper at The Gates of Dawn" (1967).

Embora Waters lamentasse o que aconteceu com Barrett, ele entendeu essa mentalidade específica quando a banda se tornou famosa, procurando documentar o tipo de comportamento que ele estava vendo dos fãs e da indústria da música, sendo que álbuns como "Wish You Were Here" (9º disco, 1975) e "The Wall" (11º disco, 1979) foram estudos abrangentes sobre o que a indústria musical pode fazer de ruim a alguém.

Porém, depois de alcançar novos patamares com a banda, Waters começaria a desdenhar a forma como eles iniciaram a carreira. Ao relembrar sobre o seu 1º álbum, Waters diria que o grupo não entendia o que estava tentando fazer na maior parte do tempo, muitas vezes tentando tudo o que podiam no estúdio e esperando que algo funcionasse.

Comparado com as músicas que eles criariam mais tarde, Waters ainda acha que esse período inicial de quando gravaram o seu disco de estreia, foi de "amadores", dizendo uma vez para a Q Magazine: “Não quero voltar a esses tempos de jeito nenhum. Não havia nada de grandioso naquilo, pois éramos risíveis e inúteis. Não conseguíamos tocar nada, então, tivemos que fazer algo estúpido e experimental”.


Embora Waters possa não ter se agradado a esse período, esta seria a obra-prima de Syd Barrett. Pegando os blocos de construção do rock psicodélico e incorporando pedaços de capricho à mixagem, Barrett alcançou o equilíbrio perfeito entre as suas viagens psicodélicas e os primórdios do rock and roll em canções como “Interstellar Overdrive” (1º disco).

Por outro lado, metade do poder da banda tendia a ser explorado nos shows mais do que em suas gravações de estúdio, com fantásticos jogos de luzes que se tornariam um espetáculo para ser visto e mais tarde incluindo telas cinematográficas no fundo do palco.


Em contraste com a opinião de Waters, as sementes já estavam sendo plantadas na era Syd Barrett para o futuro grandioso que os aguardavam.

Barrett ainda estava no PINK FLOYD quando eles foram gravar o 2º álbum de estúdio, "A Saucerful of Secrets" (1968), e mesmo Waters não admitindo, algumas das músicas experimentais da banda lançadas nesse disco, como “Set The Controls For The Heart of The Sun”, ficaram em dívida com o que eles fizeram em seus primeiros anos, onde começariam a criar vastas paisagens sonoras através de músicas que ninguém pensava em fazer na época.

Waters pode ter sentimentos amargos sobre revisitar os primeiros dias de carreira do PINK FLOYD, mas a única maneira de criar algo tão extenso e épico como foram, por exemplo, os álbuns "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973) e "The Wall", foi o disco "The Piper at The Gates of Dawn" ter vindo muito antes...


“Interstellar Overdrive”















































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