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Soundgarden: empresária da banda e 1ª esposa de Chris Cornell em entrevista para a revista Variety - Parte 2/2

  • by Brunelson
  • há 6 minutos
  • 12 min de leitura
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Susan Silver, empresária de longa data do SOUNDGARDEN de 1984 à 2010 (e 1ª esposa de Chris Cornell), foi entrevistada pela revista Variety e falou sobre a entrada da banda no Rock and Roll Hall of Fame agora em novembro de 2025, sua experiência sendo também empresária do ALICE IN CHAINS durante toda a carreira do grupo e abrindo caminho para mulheres executivas no ramo da indústria da música e outros setores.



Confira na íntegra a 2ª e última parte dessa matéria e entrevista:



Jornalista: A ascensão do SOUNDGARDEN e do ALICE IN CHAINS ao topo foi quase simultânea, com o ALICE IN CHAINS sendo convidado a participar da turnê Clash of The Titans de 1991 junto com o SLAYER, MEGADETH e ANTHRAX, e o SOUNDGARDEN abrindo os shows da turnê do GUNS N' ROSES de 1991/92, o que levaram as coisas a um nível completamente diferente.


Susan Silver: Um outro nível. De 1990 a 1993 e até mesmo em 1994, foi tudo sem parar. E não se esqueça, em janeiro de 1992, o NIRVANA tirou Michael Jackson do 1º lugar do ranking da Billboard, e teve ainda o filme Singles de 1992 que contou com as 03 bandas que eu gerenciava (SOUNDGARDEN, ALICE IN CHAINS e SCREAMING TREES)... Era muita coisa acontecendo ao mesmo tempo.


"Jesus Christ Pose" (3º disco, "Badmotorfinger", 1991)


Jornalista: Como as bandas lidaram com tudo isso acontecendo ao mesmo tempo? Não foi algo avassalador?


Silver: Naquele momento não pareceu algo avassalador. Honestamente, me pareceu...



Jornalista: Vindicando?


Silver: Não, não, não havia essa energia de jeito nenhum. Nunca houve aquela vibe de: "Vamos mostrar para vocês!" Era mais empolgação mesmo, tipo: "Nossa, vamos conseguir fazer isso!" e crescendo a cada dia, crescendo, crescendo e crescendo. As pessoas falam que foi um sucesso da noite para o dia, mas não foi. Comecei no início dos anos 80 e isso foi quase 01 década depois. Com uma banda como o ALICE IN CHAINS, eles só queriam estar lá no palco tocando e eles nasceram para isso.


Com o SOUNDGARDEN era preciso um ritmo um pouco mais lento, porque, como já mencionei, eles faziam as coisas de forma muito metódica e o que algumas pessoas considerariam os aspectos atraentes de uma vida em turnês, essas coisas não os interessavam. Esse não era o SOUNDGARDEN, pois eles não se encaixavam na categoria "sexo, drogas e rock and roll". Era sobre trabalho, fazer shows incríveis e ver outras bandas que eles admiravam também terem suas oportunidades.


Eu me lembro de ouvir Kim Thayil (guitarrista) tentando convencer o responsável de relações-públicas da sua gravadora, a A&M Records, a contratar a banda de Seattle chamada PRESIDENTS OF THE USA, falando: “Você não entende, esses caras são incríveis! Você precisa ouvi-los!” E eles acabaram indo para outra gravadora e se tornaram muito bem-sucedidos, com seu disco de estreia de 1995 ganhando 03 Discos de Platina.



Jornalista: Eu me lembro de Chris Cornell como uma pessoa bastante tímida. Como ele lidou com toda a atenção e com o fato de ter se tornado o ícone do rock que as pessoas o consideravam?


Silver: Chris era muito reservado, algo que tínhamos em comum. Nós 02 éramos crianças tímidas e continuamos tímidos durante a adolescência. Conforme ele se tornou o cantor e artista incrível que foi, acho que ele precisou criar uma espécie de escudo invisível ao seu redor, porque Chris muito, muito sensível à energia externa. Ele não era do tipo que ficava lendo críticas ou ouvindo a opinião das pessoas sobre sua banda ou sobre suas apresentações, tipo, ele detestava fofocas. Então, acho que era mais uma questão de manter os olhos baixos, seguir em frente e criando esse campo de força invisível ao seu redor. E isso muitas vezes podia ser interpretado como arrogância, mas na verdade era timidez e muita sensibilidade... Era uma forma necessária de autodefesa.


Porque, como vimos, esse negócio da música, a indústria musical e os próprios fãs, destroem um artista e o descartam sem dó. E com o advento da internet, é quase como se nós, como sociedade, tivéssemos demonstrado uma espécie de vibração inferior, sentindo-nos melhor conosco mesmos quando vemos outras pessoas fracassarem. Eu me sinto muito sortuda por mim e pelos meus clientes por terem alcançado este sucesso antes da era digital.


"The Day I Tried to Live" (4º disco, "Superunknown", 1994)


Jornalista: Chegamos então a 1994 e 1995. Sabemos o que aconteceu com o ALICE IN CHAINS, mas quando foi que sentimos que o SOUNDGARDEN estava começando a se separar?


Silver: O álbum “Down on The Upside” (5º disco, 1996), que foi o último do SOUNDGARDEN até o retorno da banda em 2010, foi um álbum difícil de gravar. Acho que eles começaram a ter visões criativas diferentes e com o sucesso vem uma pressão que não é discutida internamente o suficiente. Há vantagens incríveis no sucesso que são muito óbvias, mas também há uma consequência não só na falta de privacidade, mas às vezes em ameaças físicas reais — não apenas externas, mas também internas. Então, frequentemente vemos pessoas se questionando quando as coisas estão descarrilhando: “Como isso aconteceu tão rápido? Para onde estou indo? Fiz a coisa certa?” Há um ímpeto nisso e depois é muito, muito difícil sair dessa gaiola onde você está correndo em uma roda de rato de laboratório.


Isso pode causar sofrimento mental real, sabe? Quando jovens alcançam esse tipo de sucesso — e certamente o dinheiro é um fator importante — este acesso se torna problemático se a pessoa tiver algum tipo de problema de saúde mental. A automedicação se torna uma via que muitas pessoas utilizam, pensando que isso as ajudará a entender a situação, mas como todos nós vimos, é até incentivada. O acesso está disponível para quem quiser usar.



Jornalista: Você quer dizer, ter acesso a coisas que não são saudáveis?


Silver: Sim, existem acessos que levam ao abuso de substâncias, mas também existe o acesso em termos de... Existe um mundo em que as portas se abrem, certo? Existem pessoas que são pagas para fazer coisas para pessoas bem-sucedidas, não exclusivamente músicos, mas também para atores, executivos e atletas. Este acesso começa a criar um conjunto diferente de expectativas e se não for monitorado, pode se transformar em sentimento de direito adquirido, o que eu acho que é um dos maiores fatores de destruição da essência do ser humano, quando as pessoas começam a demonstrar comportamentos de privilégio... É tão difícil se recuperar disso quanto do narcisismo, sabe?


O sucesso pode gerar isso e pode gerar todos esses males. Todos nós temos lados sombrios em nosso inconsciente e é preciso muita autoconsciência e autoconhecimento para examinar nossos comportamentos e fazer perguntas profundas, do tipo: "Estou no caminho certo?" E às vezes o caminho leva ao abuso de substâncias, ou às vezes ao abuso das pessoas mais próximas. E infelizmente, na maioria das vezes, vejo pessoas bem-sucedidas perderem o rumo, e então, seu mundo se resume a outras pessoas bem-sucedidas, e elas ficam nessa bolha que carece de uma dose saudável de realidade. Elas saem dessa bolha de vez em quando para fazer algum trabalho voluntário ou algo assim, e depois voltam direto para ela.


Eu entendo porque é seguro estar perto de pessoas que sabem o que você está passando. Mas ao mesmo tempo, se não for monitorado, pode se tornar destrutivo.



Jornalista: Foi isso o que aconteceu?


Silver: Para Chris Cornell?



Jornalista: A qualquer um deles.


Silver: Ah, isso aconteceu com muitos, muitos dos músicos que acompanhei enquanto minha carreira profissional se desenvolvia, mas com outros músicos não e eles foram maravilhosos. Mas há um preço a se pagar na encruzilhada do sucesso e é preciso muita introspecção para não cair nele de forma irremediável.


Tudo isso merece que alguém mais inteligente do que eu faça uma dissertação ou um estudo científico bem financiado sobre isso, sabe? Mas você sabe, idolatria é... Bem, todos sabemos aonde isso leva.


"Never The Machine Forever" (5º disco, "Down on The Upside", 1996)


Jornalista: Voltando à sua carreira, você chegou a parar de exercer sua profissão em algum momento?


Silver: Não. Depois que o SOUNDGARDEN se separou em 1997 e o ALICE IN CHAINS caiu em um hiato — porque eles nunca se separaram de fato — as pessoas simplesmente presumiram que eu não estava mais gerenciando bandas, mas eu ainda cuidava da gestão administrativa de ambas. Eu gerenciei o ALICE IN CHAINS o tempo todo e ainda gerencio, e o SOUNDGARDEN até 2010, que foi quando eles retornaram às atividades. Chris e eu já estávamos divorciados nessa época, o ALICE IN CHAINS estava na ativa e eu estava de volta trabalhando em tempo integral com eles, então, fazia sentido que o SOUNDGARDEN continuasse agora sob a gestão de Chris.



Jornalista: Você também estava criando sua filha nessa época?


Silver: Sim, esse era o meu foco principal. Desde o fim do SOUNDGARDEN em 1997, meu foco principal era trazer Lily ao mundo. E então, infelizmente, Chris e eu nos separamos quando ela tinha 02 anos de idade. Então, sim, tive alguns anos compreensivelmente tranquilos em referência a minha carreira, mas aí, em 2005, quando Lily estava quase com 05 anos de idade, o ALICE IN CHAINS fez o seu show de retorno que ficou conhecido como o "show tsunami", onde os membros remanescentes do ALICE IN CHAINS tocaram juntos pela 1ª vez em 06 anos, com vocalistas convidados, incluindo Maynard James Keenan, da banda TOOL, substituindo Layne Staley.


Após o tsunami na Indonésia em dezembro de 2004, o baterista do ALICE IN CHAINS, Sean Kinney, que é uma das pessoas mais solidárias do planeta, ficou devastado com o que viu nos noticiários e nos disse: "Temos que fazer alguma coisa". Foi assim que o evento beneficente surgiu e foi uma experiência muito marcante.


Alguns meses depois daquele show, Sean e o guitarrista do ALICE IN CHAINS, Jerry Cantrell, me telefonaram e disseram: "Queremos fazer isso de novo". Eu estava muito focada na minha filha e em superar um divórcio muito doloroso, e falei para eles: "Fico muito feliz por vocês, vocês ainda estão em uma idade muito boa e acho que vocês podem seguir sozinhos em frente".


Mas Sean respondeu: "Eu disse que vamos sair em turnê e fazer isto mais 01 vez. Depende de você e de nós, porque não vamos fazer isso sem você".


E eu juro para você, depois de todas as sessões de terapia que eu fiz, o resgate da alma que passei e as orações que eu fiz para juntar meu coração nos últimos anos, foi como se todas as peças soltas se encaixassem novamente. Eu havia recebido um presente incrível (nascimento de sua filha) e inicialmente comecei a recuar e inventei 01 milhão de razões pelas quais não conseguiria. E eles simplesmente me disseram: “Não faremos isso sem você. Você vem conosco”.


Então, no final do ano de 2005, eles trouxeram o atual vocalista do ALICE IN CHAINS ao grupo, William Duvall, e tiveram que reconstruir a carreira deles aos poucos, sabe? Onde novamente eles estavam se apresentando em pequenos clubes noturnos. Nesse recomeço, eu não conseguia convencer todos a aceitar o ALICE IN CHAINS nos shows. Eu telefonava para as pessoas e dizia: "Eles adorariam se apresentar no seu evento beneficente", e a resposta era: "É? Liga pra gente depois, tchau!" (risos). Mas a coisa foi crescendo aos poucos em 2006, 2007 e em 2010, o ALICE IN CHAINS já era atração principal no Madison Square Garden, em New York. Foi uma experiência muito gratificante e que consolidou a nossa relação entre todos. Com certeza, isso mudou a dinâmica do meu relacionamento com eles.


A gestão de um empresário costuma ser vista como uma figura paterna na vida de uma banda, e eu entendo isso, mas nós passamos por tanta coisa juntos, sabe? Certamente a perda de Layne Staley e logo depois a perda de Mike Starr (baixista original), e todo o abuso de substâncias que eles enfrentaram e a subsequente sobriedade. Então, quando eles voltaram a trabalhar, nossa dinâmica havia mudado para uma parceria muito familiar. Eu trabalharia de graça para esses caras pelo resto da minha vida se eles quisessem. Eles realmente me devolveram a vida.



Jornalista: Foi difícil fazer isso sendo mãe solteira?


Silver: Foi incrivelmente difícil voltar ao ritmo de trabalho sendo mãe solteira. Não existe heroína maior nesse mundo do que uma mãe solteira. Sem dúvida, é o trabalho mais difícil que já fiz e que já presenciei. Professoras também são heroínas anônimas, mas é realmente muito doloroso deixar seu filho para trás e viajar a trabalho. Sua mente e seu coração ficam divididos em 02 direções opostas.


Mas ao mesmo tempo, isso nos proporcionou uma vida e um senso de propósito para mim, não que ser pai ou mãe não seja um dos grandes propósitos da vida, senão o maior. Eu tive pessoas incríveis ao meu redor, incluindo a família de Chris, que é a nossa razão de ser e nossa estabilidade emocional, minha e da minha filha. Eles têm sido absolutamente incríveis e continuam sendo até hoje, mas foi difícil, com certeza.



Jornalista: Você está gerenciando algum outro projeto no momento?


Silver: Estou gerenciando apenas o ALICE IN CHAINS e atualmente tenho a sorte de atuar como uma espécie de conselheira ou orientadora de outra banda, THE BRUDI BROTHERS.


Uma das outras coisas que faço é trabalho voluntário em um acampamento para jovens de música e cinema chamado Prodigy Camp e que também tem uma divisão para jovens empreendedores. Há um caminho duplo: ajudar jovens de 13 a 19 anos de idade a enfrentar e refletir sobre os momentos mais difíceis de suas vidas, e em seguida, ajudá-los a transformar isso em cinema ou música. Estou com eles há 05 anos e ver alguns desses jovens superarem circunstâncias realmente difíceis e construírem carreiras sólidas no cinema e na música tem sido uma das maiores satisfações da minha vida. Eles criam um ambiente incrivelmente colaborativo entre os participantes e mentores — os mentores são profissionais da indústria fonográfica como eu e também são ex-participantes do acampamento.


Uma das participantes originais do acampamento, que retorna há 10 anos para ser mentora, é cantora Chappell Roan. Sua presença em meio a todo o seu enorme sucesso é uma prova do valor do acampamento e do seu próprio talento.


Como estávamos dizendo antes sobre como as pessoas lidam com a fama e a atenção, Roan possui a base necessária para dizer o que precisa com vulnerabilidade, honestidade e força. Eu a admiro muito pela forma como ela está lidando com tudo isso.



Jornalista: Como está indo a carreira da sua filha como empresária musical?


Silver: Está indo muito bem. A banda THE BRUDI BROTHERS surgiu praticamente sem nenhuma experiência em turnê, mas eles tiveram uma verdadeira procura por gravadoras, como na cena de Seattle nos anos 80, mas eles sabiamente — e intuitivamente, eu acho — escolheram a Mom + Pop Records, que é uma gravadora independente de New York e que lhes deu muito espaço e um apoio enorme. Então, eles realmente cresceram e trabalharam bastante esse ano e fizeram algumas ótimas turnês. Eles saíram em turnê com a cantora Sierra Farrell algumas vezes, fizeram alguns shows também com Charlie Crockett, outra pequena turnê com Wyatt Flores, então, tem sido muito divertido vê-los crescer.



Jornalista: Qual seria o 1º conselho que você daria para jovens empresárias ou executivas que estão tentando entrar nesse mercado?


Silver: Mantenha o foco. Revise seu trabalho 02 vezes, porque alguém mais também o revisará. Não dê a ninguém motivos para pensar que você não é 100% capaz. Mantenha as emoções fora das negociações comerciais e das interações com os clientes. Vista-se bem, compareça ao trabalho e faça um bom trabalho, e ele falará por si só.


E você precisa se importar com o que está fazendo. Muitos músicos que se tornam figuras públicas quase não têm escolha - eles são movidos internamente por uma espécie de estrela guia. É a mesma coisa nos negócios. Você precisa querer tanto que esteja disposto a fazer de graça, a se dedicar e ir além do esperado.


Não acho que o mundo tenha mudado radicalmente em termos de ser dominado por homens, mas certamente estamos avançando. Poderíamos entrar numa profunda conversa filosófica sobre o "último suspiro do patriarcado" e tudo mais, mas na verdade, velhos hábitos são difíceis de morrer. Por exemplo, veja os países onde há primeiras-ministras mulheres e funciona muito bem. Então, os EUA estão um pouco atrasados ​​tanto na política quanto nos negócios, mas estamos progredindo. Tive mentores incríveis que me ajudaram a abrir portas e me incentivaram a continuar fazendo um bom trabalho.



Jornalista: Última pergunta. Qual a sensação de ver o SOUNDGARDEN entrando no Rock and Roll Hall of Fame em 2025?


Silver: Estou muito orgulhosa deles, muito orgulhosa mesmo! É tão merecido, tão conquistado, estou absolutamente emocionada e animada por estar lá com eles, para vê-los se apresentarem e para ver as surpresas que eles prepararam.



Jornalista: Isso não teria acontecido, pelo menos não dessa forma sem você.


Silver: (com os dentes ligeiramente cerrados) E isso não teria acontecido sem mim... (risos)



Jornalista: Você realmente afirmou isso!


Silver: (ainda rindo) Estou tentando! Estou realmente tentando encarar isso com alguma inclusão e é por isso que estou conversando com você hoje. Nessa fase da vida, a gente tende a refletir, principalmente quando as perdas se acumulam, e preciso dizer de novo: Sharon Osbourne fez isso com o evento e show de despedida do BLACK SABBATH agora em 2025. Saí daquele evento me sentindo mais viva, com um propósito maior e mais animada com o futuro, do que me lembro de ter me sentido em décadas.


Eu me lembro de estar na frente do palco com a esposa de Mike Inez (baixista do ALICE IN CHAINS), Sydney, enquanto Mike tocava baixo com Ozzy Osbourne naquelas 05 músicas na noite do evento. Ozzy era tão poderoso e quando ele começou a cantar a música "Mama, I'm Coming Home", foi uma experiência transcendental. Sua voz mudou, suas feições mudaram, a plateia ficou em silêncio e eu senti as lágrimas vindo. Então, a plateia começou a cantar e terminou a música para ele, e ele estava com lágrimas escorrendo pelo rosto.


Ultimamente, tenho tido muitos motivos para refletir, e ver essa nova geração assumir o protagonismo tem sido uma parte importante disso para mim, seja com Chappell Roan ou com o THE BRUDI BROTHERS. É hora de passar o bastão e estou muito feliz em ver mais um grupo de Seattle conquistando seu espaço em mais um gênero musical. Continuo extremamente orgulhosa de Seattle.


"Non State Actor" (6º disco, "King Animal", 2012)


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