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Metallica: o membro da banda que o frontman James Hetfield disse que não tinha ficado impressionado com sua técnica

  • by Brunelson
  • há 6 horas
  • 3 min de leitura
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Ao montar uma banda, a proficiência musical nem sempre é a prioridade nº 1. 


A maioria das pessoas se contenta em ter pessoas dispostas a dedicar seu tempo para tocar um som com elas, e mesmo que não sejam as músicas mais sofisticadas do mundo, geralmente vale a pena quando começam a sentir um mínimo de química no ambiente ao conhecer as pessoas certas, e mais importante, gerando uma terapia entre si. 


E por mais que a maioria dos membros do METALLICA administre uma equipe bastante coesa, seu frontman, James Hetfield, admitiu uma vez que sempre houve um certo membro da banda que estava longe da perfeição.


Por outro lado, cada membro do METALLICA já teve sua cota de deslizes.


O próprio Hetfield não ficou necessariamente a salvo de tropeços ocasionais nos palcos, mas como ele conquistou o pedigree em se tornar em um dos maiores guitarristas rítmicos do mundo, não é como se sua devoção tivesse sido questionada. 


E o mesmo nem sempre pode ser dito do que o guitarrista Kirk Hammett tem feito também. Embora os leads de Hammett sejam perfeitamente adequados para a música que ele faz, muitos críticos afirmam que ele se limita a se esconder atrás do pedal wah-wah e ficar torcendo para que tudo dê certo - apesar de, no mínimo, esse comentário soar infantil.


Aliás, o membro mais novo do METALLICA, o baixista Robert Trujillo, talvez seja o músico mais competente do grupo em comparação, mesmo que seja apenas pelo fato de estar disposto a fazer a sua própria lição de casa até mesmo nas músicas antigas da banda antes de sua entrada, onde ele chega a mudar a maneira como toca o baixo na canção "Anesthesia", mas mesmo assim, não desvirtuando o que o falecido baixista Cliff Burton fazia originalmente nos anos 80.


Sendo assim, todo baterista de rock and roll do mundo já recebeu sua cota de críticas no formato Lars Ulrich de ser (baterista do METALLICA). Não há como negar que a banda não seria quem é hoje sem a presença de Ulrich, mas não é segredo que sua técnica nem sempre foi do mesmo nível que o resto da banda.


Porém, o que lhe faltava em habilidade musical, Ulrich compensa sendo um dos maiores incentivadores do grupo. Somente com ele e Hetfield sendo os membros fundadores do METALLICA, era ele quem tinha as ideias sobre como a banda deveria soar quando se aproximasse do mainstream, e embora não compusesse música no sentido tradicional, ele é ativo desde sempre na co-autoria das canções do METALLICA e entende o quê faz seus exercícios funcionarem na banda por quase 45 anos de carreira (uma vida), geralmente organizando-os da mesma forma que se observa a planta baixa de uma casa para receber uma boa estruturação.


Até o próprio Hetfield teve que admitir que a paixão de Ulrich pela música superava em muito sua falta de destreza ao tocar bateria, dizendo uma vez em entrevista relembrando sobre os primeiros dias do METALLICA: "Sabe, a bateria dele não era incrível, mas ele tinha uma garra. Conhecer Lars Ulrich foi maravilhoso e nos conectamos muito na música e também na bebida".


Por outro lado, a performance sem brilho que Hetfield descreve pode ter sido um eufemismo. De acordo com o baixista original do METALLICA, Ron McGovney, a 1ª vez que ouviram Ulrich tocar foi quando ele mal conseguia segurar as baquetas da bateria, com a maioria dos pratos caindo dos pedestais em uma performance que poderia ser confundida com a de alguém que tivesse se sentado atrás da bateria pela 1ª vez na vida.


Ulrich pode não ter sido um presente de Deus para a bateria da mesma forma que alguém como Neil Peart ou John Bonham foram para o RUSH e LED ZEPPELIN respectivamente, mas seus maiores pontos fortes sempre foram manter o nome do METALLICA vivo, e ao longo dos anos, ele desenvolveu a destreza para estar pelo menos na conversa dos grandes bateristas na história do rock. 


Você pode ter amado sua forma de tocar desde o 1º dia que escutou METALLICA ou pensado que ele foi terrível em todas as iterações de sua carreira, mas uma coisa é certa: sem Lars Ulrich, o METALLICA provavelmente nunca teria existido.

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