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  • by Brunelson

Pink Floyd: a clássica música que David Gilmour não cantaria as letras nos dias de hoje


PINK FLOYD ultrapassou os limites do seu trabalho e tentou provocar uma conversa mais ampla sobre questões sociais.


Porém, não é nenhum segredo que Roger Waters e David Gilmour não concordam em muitos assuntos, incluindo mensagens que eles espalharam em seu incrível trabalho juntos enquanto foram companheiros de banda.


Desde que a música existe na cultura popular, os grupos têm tido o poder de influenciar as gerações mais jovens. Quer isto esteja relacionado com a sua estética, como um corte de cabelo específico ou com uma posição sobre uma questão política mais ampla, é sabido que os artistas podem mudar a opinião das massas.

Portanto, quando eles falam, devem compreender todo o peso de sua voz.

No entanto, nem tudo o que uma banda diz em sua arte deve ser levado ao pé da letra e o PINK FLOYD gostou de injetar uma boa dose de sátira em seu trabalho juntamente com um floreio criativo. Um exemplo notável disso é a clássica canção "Another Brick in The Wall (Part 2)". A música apresenta um coral infantil cantando que até o sujeito que nunca ouviu falar do PINK FLOYD irá reconhece-la, com a icônica letra: “Não precisamos de educação / Não precisamos de controle de pensamento / Nenhum sarcasmo sombrio na sala de aula / Professor, deixe essas crianças em paz”.

Muitos interpretaram mal esse refrão lúdico como um apelo do PINK FLOYD para exigir o fim da educação para as crianças britânicas, onde essas pessoas ignoraram ironicamente a mensagem negativa subjacente às letras. A canção revelou-se controversa e de acordo com Alun Renshaw - chefe de música da Islington Green School na Inglaterra, cujos alunos cantaram na gravação dessa música - a 1ª ministra da Inglaterra, Margaret Thatcher, “odiou esta canção” na época do seu lançamento.

Embora a erradicação da educação o teria deixado sem trabalho, Renshaw falou: “Eu queria fazer música relevante para as crianças, não apenas ficar sentado ouvindo Tchaikovsky. Achei ótima as letras desta canção do PINK FLOYD e que poderia ser uma experiência maravilhosa para as crianças”.

Ele até tatuou em suas costas um trecho das letras dessa música, dizendo: “No geral, esta canção do PINK FLOYD fez parte de uma educação musical muito rica em nossa história”.

Mais tarde, Roger Waters (vocalista/baixista) abordou o mal-entendido em torno dessas letras: “Você não poderia encontrar ninguém no mundo mais a favor da educação do que eu, mas a educação que eu tive na escola primária somente para garotos nos anos 50 foi muito controladora e exigia rebelião. Os professores eram fracos e portanto, alvos fáceis. A música pretende ser uma rebelião contra governos errantes e contra pessoas que têm poder sobre você e que estão erradas. Então, exigiu absolutamente que você se rebelasse contra isso”.

Seu colega de banda, David Gilmour (vocalista/guitarrista), mais tarde falou desse problema com as letras e por que o PINK FLOYD é o responsável. Em entrevista para a rádio britânica da BBC, ele disse: “Roger Waters diria que está tudo no contexto, mas eu suspeito agora, pois não tenho certeza de quão boa foi a ideia de lançar algo assim como single”.

Gilmour concluiu: “Precisamos de professores e Roger estava falando sobre o tipo de professores que eram bastante comuns nas escolas desse país quando éramos crianças, mas se fosse hoje, eu acho que agora não colocaria essas letras em uma música”.

Embora Gilmour tenha optado por não lançar a canção "Another Brick in The Wall (Part 2)" no cenário moderno, a música se tornaria uma parte vital no movimento cultural e cognitivo das pessoas, até sendo usada para metáforas com várias situações podres que vimos e que ainda estamos vendo na sociedade, assim como o apartheid sul-africano que teria o seu fim somente nos anos 90.


"Another Brick in The Wall (Part 2)" (11º disco, "The Wall", 1979)














































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