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Pearl Jam: a música da banda que criticou a Guerra do Golfo

  • by Brunelson
  • 5 de jul.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 8 de jul.

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Desastres são frequentemente seguidos por uma precipitação social, levando a tentativas drásticas de preservação. Esse é o caso em um sentido físico, mas também em um muito mais metafórico. 


Um ótimo exemplo disso é como quando a Guerra do Golfo começou no começo dos anos 90, com a rádio britânica da BBC, por exemplo, banindo uma grande variedade de músicas, preocupada que as pessoas pudessem considerá-las ofensivas. Incluídas na lista estavam canções que aparentemente não tinham nada a ver com a guerra, incluindo "Waterloo" do ABBA.


Desde que a porcaria da guerra existe no planeta Terra, ainda bem que há aqueles (a maioria) que se opõem a ela e com razão. Na indústria musical moderna, músicas estão sendo escritas e arrecadações de fundos estão sendo realizadas para as pessoas que sofrem com as guerras atuais. Isso não é algo novo, porque artistas sempre expressaram desdém pela guerra e simpatia por aqueles que são contra e conseguem sobreviver no meio do fogo cruzado e que nada a ver tem com a guerra ocorrendo acima dos seus tetos. 


E da mesma forma que isso acontece agora, também ocorreu na Guerra do Golfo.


Embora houvesse tentativas de estações de rádio de disfarçar rachaduras proibindo músicas que pareciam aludir à violência, havia uma gama de artistas diferentes que estavam felizes em criar música como um sinal de protesto contra o que estava acontecendo. Uma dessas bandas foi o PEARL JAM, que escreveu a música "Garden" questionando a Guerra do Golfo e que foi lançada em seu álbum de estreia em 1991, "Ten".


Um dia, o vocalista do PEARL JAM, Eddie Vedder, estava junto com o vocalista do SOUNDGARDEN, Chris Cornell, e com o guitarrista do PEARL JAM, Stone Gossard, quando o presidente americano da época, o pai George Bush, apareceu na TV para discutir a subsequente invasão do Kuwait pelos EUA.


A notícia provocou algo em Vedder que foi menos raiva e mais uma confusão genuína. Enquanto ele ponderava sobre a guerra, para que ela servia e o que poderia resultar dela, ele acabou escrevendo as letras anti-guerra do que se tornaria na canção "Garden".


“Por que estávamos fazendo isso? E por que estávamos indo embora?”, disse Vedder uma vez em entrevista. “Poderia ser interpretado como ganância, porque algumas pessoas interpretam como ir lutar por seu país, tipo: ‘Eu andarei com minhas mãos amarradas’, mas a questão é que a pessoa aqui nas letras estava sendo obrigada a ir: ‘Eu não serei levado, mas irei’”.


PEARL JAM não foi a única banda a escrever uma música sobre a Guerra do Golfo. Vários músicos se juntaram para escrever canções que documentassem o que estava acontecendo e tentassem capturar suas emoções em relação a isso. Significava que havia músicas, tanto positivas quanto negativas, dependendo de como as pessoas viam a situação. 


Com isso, a seção expressiva da arte continua tão prevalente quanto sempre, pois ainda documenta, infelizmente, o desastre de uma forma única e acessível.


E somente como complemento, é incrível a frase profética de Vedder nas letras da canção "Garden". Mesmo a tendo usada para se referir a Guerra do Golfo, não tem mensagem melhor para os tempos atuais quando ele canta: "Eu não questiono a nossa existência / Eu apenas questiono as nossas necessidades modernas".


"Garden"
























































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