James Hetfield: o álbum do Metallica que ele comparou ao disco "St. Anger"
by Brunelson
7 de jul.
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Atualizado: 8 de jul.
Como toda banda de essência pioneira, o METALLICA teve sua cota de dificuldades, com o ponto mais baixo de sua carreira sendo o álbum "St. Anger" (8º disco, 2003).
É um álbum divisivo que encontrou o quarteto em meio a uma metamorfose complexa.
Nesse período, o vocalista/guitarrista, James Hetfield, lutava com seus conflitos pessoais e o grupo buscou se mover para ficar atualizado com a nova onda do new metal da época. Seria uma metamorfose completa mesmo, vide a sonoridade que o grupo vinha apresentando na década de 90. Além disso, eles tiveram que lidar com a saída do seu baixista de longa data, Jason Newsted, que não foi de forma amigável.
No início de sua gravação, a mesma foi interrompida devido à entrada de Hetfield em uma clínica de reabilitação por alcoolismo e outros problemas de dependência. Ele passou 07 meses lá e outros 04 meses se recuperando em casa, antes que o METALLICA retomasse aos trabalhos depois de 01 ano parado. E conforme é documentado no DVD da banda de 2004, "Some Kind of Monster", os problemas pessoais de Hetfield e a saída de Newsted apenas exacerbaram o atrito interno do grupo.
Este período se tornou "uma guerra de egos", conforme o guitarrista Kirk Hammett verbalizou nesse documentário. A produção bruta do disco "St. Anger" foi criticada, com o som da caixa de bateria atraindo muito ódio dos fãs e críticos, além de um álbum praticamente sem solos de guitarra. Até Hammett, o mediador da paz no grupo, reclamaria da ausência das explosões técnicas de sua guitarra pelas quais o METALLICA se tornou famoso.
Claro, o METALLICA conseguiria desviar dos obstáculos em seu caminho e desde então, lançou mais 03 álbuns de estúdio que os viram retornar a algo mais parecido com seu som original da década de 80 e amplamente influente. Curiosamente, com o lançamento do seu último álbum de estúdio, "72 Seasons" (11º disco, 2023), em uma entrevista postada no site da banda discursando sobre este álbum, Hetfield foi questionado quando o entrevistador comparou esse disco com o álbum "St. Anger".
Isso se deveu à crueza percebida tanto na energia quanto em suas letras.
Embora esse ponto seja discutível com muitas discrepâncias perceptíveis, Hetfield entendeu o que o jornalista estava tentando dizer e concordou, principalmente à luz de suas letras que examinam a raiz de sua dor.
O frontman do METALLICA concluiu: “Sim, é essa purgação da dor, além de muita busca interior e trabalhar as coisas em si mesmo. Sabe, todas essas letras surgiram... E faz sentido dar a elas um lugar para falar e colocá-las em certos cenários. Em algumas músicas do disco '72 Seasons' há uma criança narrando, outras é um adulto narrando e outras seja lá o que for está narrando, mas deixei todas as suas vozes serem incluídas em mim”.
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