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  • by Brunelson

R.E.M: a paranoia da mídia querendo decifrar as letras da música "What’s The Frequency, Kenneth?"


As estranhezas da cultura popular nunca estiveram longe da obra do R.E.M, sendo que não há nada mais estranho por trás da suposta inspiração da música "What’s The Frequency, Kenneth?", lançada em seu 9º álbum de estúdio, "Monster" (1994).


É uma natureza prejudicada pela paranoia de suas letras e fica ainda mais sinistro quando você investiga de onde e como elas vieram.


Se trata de um crime que originou-se no sofisticado bairro nobre em New York, chamado Upper East Side, onde o âncora de notícias da TV americana, Dan Rather, estava aproveitando uma noite nos bares chiques perto do prédio da CBS (emissora de TV). Rather ganhou sua fama como repórter texano que viu sua carreira disparar depois de reportar ao vivo e com maestria a fatídica cena em Dallas do assassinato do presidente americano John F. Kennedy em 1963.


Voltando aos anos 90 e saindo do bar naquela noite enquanto voltava para casa, Rather foi repentinamente agredido por alguns homens que aparentemente estavam lhe perseguindo. Ele cambaleou e caiu, sendo repetidamente socado e chutado pelos agressores.


Curiosamente, à medida que Rather recebia os golpes, os mesmos eram intercalados pela exigente pergunta: “Qual é a frequência, Kenneth?” Naturalmente, Rather não tinha ideia do que eles queriam dizer com isso, mas havia uma estranha insistência e desespero em seu apelo.


Ele conseguiu entrar cambaleando em um condomínio que tinha ali por perto, onde o segurança do prédio foi capaz de intervir e afugentar os agressores. A investigação que se seguiu não conseguiu apanhar os responsáveis, mas muitos ficaram impressionados com a natureza odiosa de suas repetidas observações. Embora Rather insistisse que foi apenas um assalto que ele conseguiu fugir, outros pensaram que algo mais deveria estar em jogo.


A natureza estranha do caso desencadeou uma série de teorias da conspiração que geraram boatos pela cidade. A primeira teoria a surgir foi que havia um professor da Universidade de Columbia, chamado Kenneth, que estava tentando invadir as frequências da TV russa. O discreto Rather foi confundido com esse acadêmico astuto e atacado por bandidos ou espiões russos que estavam atrás dele. Naturalmente, essa teoria nunca foi comprovada.


Então, em 1994, um homem chamado William Tager foi preso por matar um técnico da NBC (emissora de TV) que havia tentado impedir sua entrada no Today Show (jornal dessa emissora de TV). Quando o perturbado Tager foi posteriormente preso, ele informou a um psicólogo que também estava por trás do infame não resolvido caso “Qual é a frequência, Kenneth?” O raciocínio que ele apresentou foi que havia um chip em seu cérebro e que as empresas de mídia estavam tentando transmitir mensagens para sua mente confusa. Ele acreditava que havia uma frequência definida que desligaria essa comunicação e imaginou que âncoras notáveis da TV sabiam disso. Com isso, ele poderia extrair as informações desses âncoras da TV e retornar a uma vida normal.


A paranoia da mídia sobre o significado das letras desta canção do R.E.M. foi lançada praticamente ao mesmo tempo em que o caso Tager foi resolvido, apesar da música ter sido escrita 01 ano antes, em 1993. 


Mas assim como o vocalista Michael Stipe explicou sobre o real significado das letras desta canção: "Eu escrevi sobre esse protagonista como um cara que está tentando desesperadamente entender o que motiva a geração mais jovem”, ele concluiu. “Que não mediu esforços para tentar entendê-los e no final da música é uma coisa completamente falsa, tipo, ele não chegou a lugar nenhum".


"What’s The Frequency, Kenneth?"


































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