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  • by Brunelson

Steve Vai: "Jimi Hendrix era conectado ao impulso criativo do universo"


Guitarrista Steve Vai sobre Jimi Hendrix: “A performance de guitarra rock mais inspirada de todos os tempos”.

Quando Frank Zappa estava fazendo testes para guitarristas, um jovem Steve Vai arrasou: “Frank Zappa tocava alguma coisa na guitarra e me dizia: ‘Toque isso’, e eu tocava. Ele dizia: ‘Agora, toque em compasso 7/8', e eu tocava em compasso 7/8. Depois, ele me disse: ‘Agora, toque um reggae em compasso 7/8'".

Isso continuou por algum tempo, com Vai aparentemente passando em todos os testes iniciais com muita tranquilidade, mas Zappa ainda não havia terminado.


“Ele me disse: ‘Ok, agora adicione essa nota aqui no meio da música’. E era uma coisa impossível de fazer, sabe? Era fisicamente impossível, não só pra mim, mas para qualquer um”, continuou Vai. “Eu disse a ele: ‘Não consigo fazer isso’". Desanimado, o jovem guitarrista começou a caminhar até a porta de saída, antes que Zappa revelasse que estava brincando e que Vai iria conseguir a vaga de guitarrista em sua banda.

Desde então, o guitarrista 03 vezes vencedor do Grammy tem recalibrado o que pensávamos ser tecnicamente impossível fazer na guitarra e junto com uma melodia perfeita também. No entanto, há um guitarrista que até Vai diz permanecer incomparável quando se trata de expressão musical.

Como disse certa vez o guitarrista do RED HOT CHILI PEPPERS, John Frusciante: “Quando você ouve Jimi Hendrix tocar, é uma pura expressão dele como pessoa”.

Steve Vai falou sobre Jimi Hendrix uma vez em entrevista: “Você o vê tocando no palco e não há absolutamente nenhuma separação entre ele e sua guitarra. Eles são completamente um porque ele está apenas colocando cada pedaço de energia, tudo de sua psique e cada parte do seu corpo na guitarra. Embora aprender a tocar uma música de Jimi Hendrix para a maioria dos guitarristas contemporâneos possa não representar um tremendo desafio, tocá-las como Jimi tocava nunca foi alcançado. Seu toque no instrumento, seu senso de groove, a escolha das notas e a capacidade geral de controlar o caos do áudio de maneiras inovadoras, foram notáveis".

Ele concluiu: “Uma dessas peças divinas da guitarra que ele tocou é a música ‘Machine Gun’. Pra mim, essa é talvez a performance de guitarra rock mais inspirada de todos os tempos. Cada nota está imbuída de seu DNA musical único e nunca perde o caráter. Durante toda essa performance nos shows, ele está profundamente conectado ao impulso criativo do universo e este se manifesta através dele de forma única e poderosa. Não há uma nota que possa ser autenticamente copiável, pois cada frase flui de sua conexão com outro mundo”.

Na verdade, parecia que Hendrix estava laçando notas de guitarra no éter e a expressão fixa de contemplação imaginativa estampada em seu rosto é uma prova disso. As suas execuções aumentavam e diminuíam em seu próprio curso narrativo único, desenrolando-se como uma história que apenas Hendrix poderia contar, onde cada linha é inevitável e totalmente espontânea, ao mesmo tempo em que ele cantava fascinantemente grandes partes junto com seu manuseio na guitarra.




"Machine Gun" (Disco ao vivo: "Band of Gypsys", 1970)




























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