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by Brunelson
* Mike McCready: guitarrista do Pearl Jam e sua lendária Fender Stratocaster '60
Durante anos, McCready erroneamente pensou que a sua guitarra, pelo qual ele acha que pagou U$ 7 mil dólares na época, era um modelo de 1959 (o mesmo tocado por seu falecido herói, Stevie Ray Vaughn), sendo que McCready até fez uma tatuagem com o nº 59 em seu braço, mas na verdade ele descobriria muito tempo depois que ela foi fabricada em 1960.
Com a nova Stratocaster Mike McCready, o músico agora tem uma guitarra projetada de acordo com suas especificidades, incluindo um conjunto de captadores personalizado para soar como a sua Stratocaster 1960, um tremolo de seis pontos e um raio de escala que tem arco suficiente para acordes e notas de forma e flexão mais fáceis.
Jornalista: Você se lembra de como a sua guitarra original ficou tão desgastada e de onde vieram todas essas marcas e lascas?
Mike McCready: Isso vem de anos enlouquecendo e vivendo rápido demais. A 1ª vez que toquei com essa guitarra foi quando abrimos para Keith Richards (guitarrista do ROLLING STONES) na véspera de Ano Novo de 1991 para 92, em New York. Foi quando comprei essa guitarra original. Ela tinha alguns arranhões, mas não tinha tanto assim na parte superior, mas agora tem.
Jornalista: Além dos danos no topo da guitarra, que outros momentos se destacam na turnê com Neil Young em 1995?
McCready: O negócio com Neil Young foi que ele era tão legal. Ele nos disse: "Ok, o que vocês querem tocar nos shows?" E eu pensei na hora: "Ok, meu Deus! 'Down By The River', 'Cinnamon Girl' e 'Rockin' in The Free World'". Somos grandes fãs de muitas de suas músicas e ele foi muito receptivo conosco. Eu me lembro de tocar a música "Cortez The Killer" por uns 25 ou 30 minutos num show. Estávamos em Israel e tocamos num antigo palco romano e foi muito intenso. Você é sugado para o mundo de Neil Young, pois são as coisas dele e você espera entrar na mesma vibração que a dele.
Jornalista: Como tem sido trabalhar com o produtor Andrew Watt?
McCready: Ele traz essa energia muito positiva e sabe como conseguir sons realmente bons. Ao mesmo tempo, a sua energia meio que nos deu um chute na bunda, sabe? Ele diria: ‘Vamos lá, cara!’ Ele está meio que gritando, pulando muito e sendo feliz na mesa de gravação. Ele é um fã da banda, tem ótimas ideias de estrutura, ótimas ideias de som e de músicas. Estou muito animado com o que ele fez conosco.
Jornalista: Em que sentido?
McCready: O álbum terá ótimos exemplos da bateria de Matt Cameron que simplesmente me surpreenderam. Ele aumentou cerca de "10 pontos" para esse novo disco e isso realmente é por causa do entusiasmo de Andrew e, novamente, ele pulando pra cima e pra baixo e nos dizendo: 'Tentem de novo!' e depois falando: 'Ok, conseguimos!' E partimos para a próxima música. Ele nos incentivou a tocar o melhor que pudéssemos e é difícil para nós ouvirmos sugestões de outras pessoas, porque nós mesmos já temos muitas ideias para as canções.
Jornalista: Quando foi a última vez que alguém se "atreveu" a fazer isso com vocês?
McCready: Já faz muito tempo, provavelmente com Brendan O'Brien (que esteve com a banda atuando como produtor ou em outra função desde 1993 até 2018).
Jornalista: A 1ª ou a 2ª série de álbuns com ele sendo produtor?
Jornalista: Vocês já tinham algum material pronto ou escreveram tudo no estúdio quando se reuniram?
McCready: Escrevemos tudo na hora.
Jornalista: Vocês já trabalharam assim antes?
McCready: Não sei se isso já aconteceu... Sempre nos reunimos antes de entrarmos no estúdio e trabalhamos em gravações demo com os nossos próprios amigos. Richard Stuverud (baterista do THE FASTBACKS) fará coisas com Jeff Ament (baixista do PEARL JAM). Eu também irei tocar algumas coisas e depois vamos trazer essas coisas para a banda principal e obter o feedback que terá. Pode tanto ser: "Gostei disso" ou "Não estou me conectando a isso". Mas sempre chegamos com muita coisa à mesa, o que é um bom problema para se ter. Porém, dessa vez, não trouxemos nada ao estúdio. Foi intrigante, mas um pouco assustador.
Jornalista: Você estava ansioso para mudar a maneira como tem feito isso por tantos anos?
McCready: Houve um pouco de ansiedade, mas também sinto que estamos num ponto em nossa carreira que podemos arriscar e não querer ficar fazendo a mesma coisa. Acho que temos a mentalidade de estarmos abertos a isso. Andrew nos disse para não trazer nenhum de nossos amplificadores, exceto a bateria de Matt Cameron. Andrew, assim como Brendan, sabem exatamente como cada amplificador soa e o que eles farão. E eu não sei de nada até que eu comece a tocar e só sei que estou gostando de ouvir.
Jornalista: Talvez você precise comprar para Andrew uma dessas novas guitarras exclusivas de sua assinatura.
McCready: Dei a Andrew um dos modelos de réplica lançado em 2021 e ele adorou. Acho que, antigamente, em termos de guitarrista, ele era um grande fã meu.
Jornalista: Você está dizendo isso com um tom de voz incrédulo.
Jornalista: Para finalizarmos, não foi um mau conselho. Apenas um conselho seguro.
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