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Jimi Hendrix: confira 05 das suas bandas preferidas

  • by Brunelson
  • 24 de ago.
  • 7 min de leitura

Atualizado: 25 de ago.

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Quando Jimi Hendrix era apenas um jovem atrevido no Exército dos EUA, seu sargento prontamente providenciou sua dispensa. 


Na verdade, sua carta de recomendação praticamente prognosticou o futuro do jovem guitarrista de Seattle: “O soldado Hendrix toca um instrumento musical durante suas horas de folga, ou assim ele diz. Essa é uma de suas falhas porque sua mente aparentemente não consegue funcionar enquanto desempenha suas funções e pensa em sua guitarra”.


Tudo começou em 1959 no porão de uma sinagoga, o Temple De Hirsch em Seattle, para ser mais preciso. Hendrix subiu ao palco com uma banda sem nome e começou como pretendia continuar durante toda sua vida. Longe de ser um recital provisório de simples progressões de acordes, Hendrix se expressou com a bravura líquida e a habilidade inigualável pelas quais ele se tornaria conhecido mais tarde.


O que resultou em sua demissão nesse grupo que ele fazia parte. Hendrix era simplesmente bom demais para o resto do grupo e é aí que reside o relacionamento complexo de Hendrix com as bandas que ele fez parte como membro de apoio. Ele era um maestro que ansiava pela camaradagem e poder de um coletivo, mas também uma presença única e avassaladora que nem sempre funcionava dentro deles. Hendrix improvisava e experimentava, livre de preconceitos e incapaz de escrever música teórica.


Como ele mesmo disse uma vez em entrevista: “Você nunca sabe qual será o formato das nuvens antes de vê-las”. Isso lhe deu uma visão muito singular da música. Com um amor também pela música clássica, você fica com a sensação de que sua música dos sonhos teria sido uma orquestra psicodélica totalmente improvisada. Por definição, é praticamente impossível, mas as canções que ele criou chegaram o mais perto possível disso.


E para chegar a esse denominador comum, é preciso salientar também as bandas e artistas preferidos de Jimi Hendrix que lhe influenciaram e inspiraram. Sendo assim, separamos somente 05 das preferidas de Hendrix e que nos ajudam a entender mais do seu gênio musical.


Confira sem nenhuma ordem específica:


Banda: KING CRIMSON


“A única vez que conheci Jimi Hendrix foi no clube The Revolution em Londres, quando o KING CRIMSON estava se apresentando em 1969. Foi a 1ª vez que me sentei a mesa com ele”, o guitarrista Robert Fripp revelou uma vez em entrevista. 


Nesse ponto de sua carreira, o KING CRIMSON estava apenas a alguns meses de sua infância. No entanto, após o show, Hendrix – já uma estrela mundial – ficou tão comovido com a música deles que se aproximou da banda após o show. Fripp estendeu a mão para Hendrix apertar, momento em que o maior e melhor guitarrista de todos os tempos lhe disse: “Hey, aperte a minha mão esquerda, cara, porque ela está mais perto do meu coração”.


Por um tempo, essa foi a piada dourada da anedota de Fripp e para todos os efeitos o maior elogio que qualquer guitarrista poderia desejar receber. No entanto, anos depois, Fripp esbarrou na cunhada do 1º baterista do KING CRIMSON, Michael Giles, em uma livraria. Ela estava presente nessa noite memorável em que Hendrix apertou sua mão, e como o destino quis, ela estava sentada na mesa ao lado de Hendrix.


O que ela revelou a Fripp sobre aquela noite provavelmente o deixou tão perplexo que ele teve que se sentar para não cair: “Jimi Hendrix estava pulando pra cima e pra baixo o show inteiro, com ele dizendo às pessoas ao seu lado: 'Esse é o melhor grupo do mundo!'" 


Ela afirmou que Hendrix berrou isso várias vezes durante o show, com Fripp concluindo essa história: “Com toda a modéstia, esse é um dos melhores cartões de visita que qualquer músico profissional provavelmente será capaz de apresentar”.



Banda: BEATLES


No Museu Handel & Hendrix em Londres, você pode ver a coleção de discos do falecido guitarrista. 


Na coleção há uma cópia do álbum "Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band" dos BEATLES, que aparenta ter sido muito manuseado por Hendrix em vida. Durante toda sua carreira, Hendrix expressou um profundo amor por esse disco experimental seminal dos BEATLES e claramente colocou o vinil para tocar inúmeras vezes em seu toca-discos.


Hendrix ficou tão apaixonado por esse clássico álbum, que apenas 03 dias após seu lançamento, ele abriu um show no Saville Theatre em Londres com um cover dessa faixa-título dos BEATLES, de forma tão magistral que Paul McCartney, que estava presente (assim como todos os integrantes dos BEATLES), descreveu-a como sendo: "Uma das maiores honras da minha carreira. Ele era muito modesto sobre sua música, mas quando ele pegava aquela guitarra, ele era simplesmente um monstro".


"Ah, sim, eu acho muito bom", Hendrix havia dito sobre os BEATLES. "Eles são um grupo que você realmente não consegue menosprezar porque eles são demais... Mas é tão constrangedor, cara, quando os EUA está enviando o THE MONKEES para copia-los. Deus, isso me mata!"



Banda: BEE GEES


Uma das principais curadoras da coleção de discos de Hendrix para o Museu Hendel & Hendrix, foi sua antiga namorada, Kathy Etchingham. Quando ela relembrou suas memórias musicais com o músico, um dos primeiros discos que ela se lembrava do guitarrista adorar foi o álbum de estreia do BEE GEES de 1967.


Assim como Etchingham explicou: “Esse foi um dos primeiros discos da sua coleção. Costumávamos ouvi-lo bastante e Jimi achava que suas harmonias eram realmente ótimas”. Esse lado revelava um lado mais doce de Hendrix e um que era absolutamente desprovido de preconceito. 


Embora o BEE GEES possa ter ficado marcado na história da música com seu som disco, era a melodia que o mágico Hendrix avaliava deles e procurando sempre ser movido à excelência.



Banda: CREAM


Como diz a famosa história, um Jimi Hendrix pré-fama certa vez subiu ao palco com o CREAM em 1966 – o grupo de músicos mais estimado do Reino Unido na época – e praticamente "varreu o chão", deixando o guitarrista Eric Clapton em polvorosa.



Pulando para 1969, Hendrix estava pronto para se apresentar no novo programa de música do canal britânico da BBC, chamado Happening For Lulu. Mais cedo naquele dia, a notícia da separação do CREAM tinha acabado de ser divulgada. Então, em um movimento improvisado que enfureceu os produtores do programa, Hendrix não tocou a música planejada, que era "Hey Joe", e anunciou ao vivo na TV: "Gostaríamos de parar de tocar esse lixo e dedicar uma música ao CREAM, independentemente do tipo de grupo em que eles estejam. Dedicamos isso a Eric Clapton (vocalista/guitarrista), Ginger Baker (baterista) e Jack Bruce (vocalista/baixista)".


Foi quando ele explodiu em uma versão cover do CREAM da canção "Sunshine of Your Love".


"Sabe, ele realmente curtia o CREAM", o baterista Ginger Baker lembrou uma vez em entrevista. "Hendrix e nós basicamente criamos esse público muito grande de pessoas que eram atraídas para a música instrumental e vocal em alto volume, ou como você quiser chamar. Rock 'n' roll com blues, eu acho... Eu tinha muito orgulho de ser amigo de Jimi Hendrix e ele me encorajou muito. Acho que ele não é relacionado ao nosso som, porque ninguém se importava com ele o suficiente e acho que ninguém se importava o suficiente conosco naquela época também, mas olhando para trás, sua musicalidade crescente está inextricavelmente ligada a nós".



Banda: THE BAND


O músico que Jimi Hendrix amava, talvez acima de tudo, era Bob Dylan - e que poderia encabeçar essa nossa lista.


“Todas aquelas pessoas que não gostam das músicas de Bob Dylan deveriam pelo menos ler as suas letras. Elas são cheias de alegrias e tristezas da vida”, Hendrix proclamou certa vez. 


Mas ele não amava o grupo THE BAND apenas como uma extensão disso devido à sua associação com a estrela folk, sendo que o disco de estreia da THE BAND, "Music From Big Pink", estava firmemente entre seus álbuns preferidos de todos os tempos, com sua natureza coesa lhe ajudando a inspirar o tipo de som que ele queria obter em seu próprio grupo.


"Queremos que o nosso som entre na alma do público e veja se ele pode despertar alguma coisinha em suas mentes... Porque há tantas pessoas dormindo por aí, sabe?", concluiu Hendrix. 


Esse era um objetivo que ele sentia que Bob Dylan e a THE BAND já estavam liderando. Eles não eram apenas radicais no verdadeiro sentido, mas seus caminhos políticos eram encorajados por um som estranho que misturava o blues de Muddy Waters que ele tanto amava, com o folk atemporal e toques de rock 'n' roll, e acima de tudo, algo inteiramente novo.


Eles tipificavam a obsessão de Hendrix em transformar o passado em algo que o presente nunca tinha escutado antes.

















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