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  • by Brunelson

The Doors: a música inspirada nos poetas da beat generation


Ao longo da década de 60, cada música que o THE DOORS gravou seria mais do que apenas uma boa música de rock and roll.

Desde o primeiro dia, Jim Morrison não parecia ser o típico cantor de rock e metade da razão pela qual a banda se tornou o que era, foi através da visão distorcida de Morrison da realidade ditando como as músicas seriam tocadas.


E embora a música fosse a peça essencial do quebra-cabeça, a poesia também foi levada em consideração na sua equação.

Antes de Morrison ficar fascinado pelo rock and roll, ele inicialmente queria fazer parte da cena da poesia beat que acontecia na mesma época nos EUA. Estudante da faculdade de Cinema, as influências que Morrison teve no início foram uma vez esclarecidas pelo seu colega de banda, o tecladista Ray Manzarek, conforme o documentário "Classic Albums": "Jim Morrison foi influenciado pelos poetas da beat generation, certamente pessoas como Jack Kerouac, Allen Ginsberg e Michael McClure".

Transformando rapidamente os seus poemas em peças musicais, a primeira tentativa de Morrison de cantar ocorreu quando ele mostrou a Manzarek um de seus poemas. Enquanto balançava lentamente a cabeça ao som de uma música que ouvia subliminarmente, Morrison inadvertidamente surgiu com a melodia do que seria a canção “Moonlight Drive” (que seria lançada somente no 2º disco da banda, "Strange Days", 1967), precisando apenas do resto da banda para preencher o som que se passava em sua cabeça.

Quando a banda chegou em 1971 com 06 álbuns de estúdio lançados, eles começaram a perder contato com a centelha inicial que os fez querer tocar música em primeiro lugar, mas um pouco antes com o álbum "The Soft Parade" (4º disco, 1969), este marcou o momento em que o THE DOORS começaria a sair das suas peculiares normas convencionais, trazendo agora trompas e cordas para saciar o amor de Manzarek pelos músicos de jazz.

Porém, ao longo de sua caminhada eles nunca abandonaram o blues em suas músicas, com o último disco, "L.A. Woman" (6º disco, 1971), permanecendo como o Santo Graal do final de sua carreira. Incorporando os lados atraentes e decadentes da Cidade dos Anjos, a faixa-título inclui seções musicais que são sinônimos da banda, desde o ritmo implacável até o dom do grupo de improvisar sobre as divagações de Morrison.

Ao falar sobre as origens dessa clássica canção, Manzarek disse que Morrison estava voltando aos poetas beat que ele tanto amava, chamando de: “Uma canção sobre dirigir loucamente pelas rodovias de Los Angeles. Seja indo para Los Angeles ou saindo da cidade. Na rodovia 405 até San Francisco... Você é um poeta beat na estrada, como Kerouac e Neal Cassady, correndo pela rodovia o mais rápido possível”.

Apresentando Morrison brincando com todas as palavras que saem de sua boca, esta canção é uma odisseia de viagem pelo lado decadente de Los Angeles, com Morrison cantando para uma companheira ou para a própria cidade. Essa música seria apenas uma prévia das excursões poéticas ao longo do restante do álbum, assim como a canção “The Wasp”, retirada de uma peça falada que Morrison citava ao longo da carreira com a banda nos shows.

THE DOORS pode ter sido uma das forças mais singulares da música com o amor de Morrison pela palavra escrita vazando em cada linha da canção "L.A. Woman".


"L.A. Woman"















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