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  • by Brunelson

Pearl Jam: baixista fala sobre a música lado-b, "Olympic Platinum"


O baixista do PEARL JAM, Jeff Ament, foi entrevistado no programa do jornalista Kyle Meredith e falou sobre a canção lado-b, "Olympic Platinum" (que ficou de fora do álbum "No Code", 4º disco, 1996), lembranças da era "Ten" (1º disco, 1991) e sobre a clássica canção "Jeremy", um dos singles do álbum de estreia.




Seguem alguns trechos:


Jornalista: Uma canção que acho interessante é "Olympic Platinum". Esta é uma das que ainda não foi tocada ao vivo...

Jeff Ament: Foi só o nosso engenheiro de som tocando piano, Nick DiDia, que já trabalhou conosco em alguns álbuns. No final de quase todas as noites no estúdio, quando as conversas ficam bobas, você está cansado e tudo é engraçado, essa música saiu de um desses momentos... E as Olimpíadas estavam acontecendo em 1996, então, sim, é Nick DiDia.

"Olympic Platinum"


Jornalista: Sobre o 30º aniversário do álbum de estreia, "Ten". É um álbum clássico, provavelmente não é o meu favorito do PEARL JAM, mas é obviamente um dos melhores álbuns de todos os tempos. Quando ouço esse disco de vez em quando, é inegável a magia que está acontecendo nele. Como um dos artistas e compositores desse álbum, você provavelmente ouve momentos diferentes do que eu escuto, mas quando ouço, há algo que você obteve de alguns discos, seja você ouvindo o 1º álbum do PIXIES ou algum disco clássico do THE WHO, seja o que for, mas há algum tipo de mágica no som pra mim... Tudo isso faz sentido para você?

Ament: Especialmente quando penso que estava gravando esse álbum e aquelas fitas demo que o antecederam, onde sentia uma grande empolgação. Foi meio inacreditável de alguma forma porque Stone Gossard (guitarrista) e eu passamos pelo processo de luto com o MOTHER LOVE BONE e simplesmente parecia que tínhamos outra chance acontecendo... Acho que esta sensação contribuiu a isso também.

Ament: Eu sinto que sempre gravitei em torno desta emoção genuína e desse tipo de energia, tipo, quando as pessoas estão demonstrando alegria e dor, e todas as coisas que surgem quando você compõe uma música.

Ament: Não estávamos falando sobre nada naquele momento quando entrávamos no estúdio, exceto: "Hey, esta seção está um pouco rápida". Porque não estávamos tocando junto com um metrônomo, então, era somente conversa do tipo: "Hey, está acelerando um pouco demais esta seção".

Ament: Mas estávamos muito animados por estar no estúdio e fizemos por conta própria com um produtor local, Rick Parashar, mas eu não ouço o disco necessariamente dessa forma que você falou, porque ele passou por tantas iterações e nós tocamos essas músicas tantas e tanta vezes, que quando você toca essas músicas nos shows, este sentimento volta todo para nós, porque acho que a multidão ouve a forma como a tocávamos em 1990 e 1991.


Jornalista: Você criou a música "Jeremy". Voltando atrás e tentando separar o que esta canção tem sido por todos esses anos - e tirando os vocais de Eddie Vedder que são especiais - o que eu acho ainda mais surpreendente é que ela se tornou um grande sucesso por causa do que você está fazendo musicalmente. E isso é muito interessante e quase abstrato de uma certa forma.

Ament: Eu toco num baixo de 12 cordas e escrevi o riff dessa música e da canção "Why Go" em um violão. Eu já tinha tocado num baixo de 12 cordas antes, então, sabia como esses riffs soariam.

Ament: Muito se deve a Stone e Mike McCready (guitarrista), por criarem partes de guitarra interessantes nessas músicas quando o baixo está ocupando tanto espaço sônico.

Ament: Eu fui muito influenciado por CHEAP TRICK. O baixista deles, Tom Petersson, tocava num baixo de 12 cordas e aquelas músicas são meio sinfônicas e quase clássicas de certa forma para mim... Acho que era isso o que estava saindo de mim naquela época.


"Jeremy"


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