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Henry Rollins: a banda de Seattle que ele considerou “totalmente genial”

  • by Brunelson
  • há 6 minutos
  • 3 min de leitura
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Henry Rollins nunca foi alguém que lidou com besteiras no rock and roll. 


O objetivo como vocalista do BLACK FLAG era fazer algo que significasse realmente algo diferente do lado superficial do gênero, e no minuto em que ele percebia alguma coisa fake ou poser, não demorava muito para rasgar o artista em questão na lama ou filtrar sua raiva por uma de suas músicas. 


Então, quando um gênero como o grunge surgiu para acabar com tudo o que havia de superficial com o hair metal dos anos 80, ele não poderia ter ficado mais emocionado ao ver certos grupos surgirem.


Para qualquer um que esteja fazendo uma aula de história musical, o fato de que "grunge" era o rótulo colocado em todas as bandas de Seattle e região que surgiram ao mainstream no começo dos anos 90, é um qualificador que nenhuma daquelas bandas queriam para si. Apesar da maioria delas compartilharem o mesmo ninho, o objetivo por trás da cena era que todos fossem eles mesmos, o que não se presta exatamente para que todos tivessem o mesmo estilo de som.


Grunge foi apenas um rótulo que a mídia inventou devido a uma gíria entre os grupos de Seattle, para que assim, com apenas 01 palavra, aglutinasse todos eles em uma mesma redoma, já que cada um tinha a sua singularidade.


Ao longo de sua história, o NIRVANA teve o ethos de uma banda punk rock; o SOUNDGARDEN se portou no palco com o vocalista Chris Cornell muito mais próximo do que Robert Plant havia feito sendo vocalista do LED ZEPPELIN, além da confluência do seu som com o BLACK SABBATH e metal; e o PEARL JAM apareceu com seus ganchos no rock clássico, eventualmente com o passar da carreira metamorfoseando suas músicas quebraceiras para o punk rock.


Mais parecendo que cada parte da história do rock parecia estar sendo coberta, com o ALICE IN CHAINS veio sua influência totalmente banhada no metal, mas buscando algo muito diferente com seu som arrastado e pantanoso, ao lado de vários números acústicos que permeavam a mesma vibe da banda. Há partes do som deles que parecem estar em dívida com os maiores nomes do metal, mas quando o vocalista original, Layne Staley, junto com o guitarrista Jerry Cantrell, começavam a harmonizar juntos seus vocais, era uma marca registrada da banda e que todos percebiam que vinha de um lugar genuíno.


E sobre o ALICE IN CHAINS, Rollins sabia que estava ouvindo um brilhantismo musical, dizendo uma vez em entrevista: “ALICE IN CHAINS é essa banda totalmente genial. A voz de Layne Staley é incrível. O canto e a composição de Jerry Cantrell são incríveis. Simplesmente uma ótima, ótima banda”.


Mas, quer ele soubesse ou não, Rollins pode ter tido uma mão na formação do grunge lamacento de Seattle sem saber. Você tem que lembrar que o BLACK FLAG fez uma turnê por Seattle ao promover o álbum "My War" (2º disco, 1984), e ao ouvir a 2ª metade desse álbum e o quão pesado ele fica, não é difícil ficar imaginando os riffs sombrios de Cantrell em músicas futuras do ALICE IN CHAINS como "Sludge Factory" (5º trabalho de estúdio, "Alice in Chains", 1995).


ALICE IN CHAINS continua íntegro em seu som e mantendo a mesma áurea das antigas, mesmo na 2ª era da banda com o vocalista William Duvall com o grupo e já tendo lançado 03 álbuns de estúdio.

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