Jimi Hendrix: o quê ocasionou em sua imagem por ter quebrado e ateado fogo em guitarras?
by Brunelson
há 5 horas
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Muitos de nós nos refugiamos nas palavras reconfortantes e no calor da cantora Joni Mitchell.
Ao unir letras inabalavelmente vulneráveis com dedilhados brilhantes e influências de jazz, ela se tornou querida por gerações de ouvintes, muitos dos quais se viram refletidos e representados em seu trabalho. Da depressão à sede de viajar, seu catálogo contém uma enorme variedade de experiências humanas — não importa o que você esteja passando, quase sempre há uma música adequada de Mitchell para recorrer.
Mas a presença apaziguadora de Mitchell não se restringia somente ao estúdio de gravação. Fora de sua música, parecia que Mitchell estava feliz em dar ouvidos às experiências e admissões de outros, incluindo Jimi Hendrix. Embora existissem em esferas sonoras marcadamente diferentes — Mitchell na cena folk e Hendrix em meio a multidões de psicodélicos no hard rock — eles se conheceram uma noite em Ottawa, Canadá.
Depois de se apresentar na cidade, Hendrix optou por passar o resto da noite se aprofundando na cena folk da cidade, onde "tropeçou" em Mitchell. Os 02 rapidamente se tornaram amigos, pois Hendrix se viu fazendo confissões gritantes sobre seus interesses artísticos em mudança. Ele tinha se tornado conhecido por suas atitudes destrutivas com a guitarra, ateando fogo ao seu instrumento, além de quebrar algumas guitarras ao longo do caminho.
Enquanto passava um tempo com Mitchell naquela noite em Ottawa, ele falou abertamente sobre seus sentimentos em relação às turnês cansativas e o desconforto que isso lhe causava: “Ele também não gostava de quebrar sua guitarra ou atear fogo nela durante os shows”, explicou Mitchell durante uma entrevista para a revista Mojo. “Depois de um tempo ele sentia vergonha disso e se tornou uma coisa degradante porque sentia que as pessoas pensavam, não sei por que, que ele batia em mulheres, mas ele não fazia nada disso”.
O ato destrutivo pode ter parecido impressionante no palco e foi um momento realmente de parar o show, mas Hendrix não queria que as pessoas pensassem que esse ato "violento" o representava como pessoa: “Ele apresentou uma imagem que foi chocante”, explicou Mitchell. “Um ato violento e as pessoas presumiram que ele era perigoso, mas Jimi era um cara legal”.
Mitchell ainda concluiu que Hendrix estava se sentindo “desconfortável” com a imagem que ele havia criado.
Embora a façanha de queimar a guitarra seja certamente um dos momentos mais icônicos de sua carreira, não é a única imagem que o define mais de meio século após sua morte. Hendrix pode ter sentido que isso manchou sua reputação na época, mas essa imagem certamente não veio a refletir nas memórias de sua personalidade fora dos palcos. Suas preocupações sobre ser visto como violento ou perigoso como resultado foram equivocadas, em vez disso, as pessoas o veem como um guitarrista e performer épico cujo potencial foi tristemente interrompido aos 27 anos de idade, sendo considerado quase que unanimemente por diversos artistas musicais como o melhor e maior guitarrista de todos os tempos.
Como Mitchell afirmou, ele era um cara doce e um instrumentista e performer verdadeiramente talentoso e inovador. A decisão de atear fogo em sua guitarra foi apenas um exemplo da sua última característica e uma passagem que não refletiu sobre quem ele era como pessoa fora dos palcos - segundo relatos de pessoas e amigos próximos, um cara totalmente tímido, educado e de fala mansa.
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