by Brunelson
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Jeff Ament já havia dito que não era uma pessoa nostálgica. Por exemplo: quando foi apresentada a ele a ideia de que o PEARL JAM deveria fazer um documentário de longa-metragem sobre a sua ilustre carreira para o 20º aniversário da banda em 2011 - chamado "PJ20" - ele admitiu na entrevista que não curtiu a ideia no primeiro momento.
“Eu fui inflexivelmente contra isso no começo”, ele riu. “Era só porque eu queria seguir em frente, mas gosto de realmente aproveitar aqueles momentos em que algo especial está acontecendo e eu não acho que fiz isso nos primeiros 20 anos - ou não fiz muito. Eu realmente não aceitei fazer mas apreciei o que foi feito. Acho que me sinto muito mais assim dessa forma que falei agora nos últimos 10 anos”.
"Ten" é aquele tipo de disco tão raro que é onipresente com canções que nunca realmente desapareceram do foco desde o seu lançamento.
Então, a consciência do PEARL JAM das pressões do sucesso lhes deu algum tipo de armadura psicológica para quando a atenção do mundo se voltasse para eles?
“Ainda não estávamos preparados para isso”, refletiu Jeff Ament. “Principalmente do jeito que aconteceu... Toda a coisa de Seattle foi uma época muito louca, mesmo apenas do ponto de vista enérgico. Realmente passou de você ser completamente anônimo em seu pequeno bairro, onde você sempre vê a mesma pessoa no supermercado e a mesma pessoa na lanchonete, para então, de repente, essas mesmas pessoas estão olhando para você de maneira diferente e falando sobre você”.
No livro (e documentário) "PJ20", Eddie Vedder refletiu sobre como essa música - originalmente com 10 minutos de duração - o fazia se direcionar ao seu pai que ele nunca conheceu enquanto crescia.
“Eles começaram a tocar e eu simplesmente comecei a cantar”, escreveu Eddie Vedder no livro. “E então, depois disso, fiquei totalmente arrasado. Eu saí para um pequeno corredor e Jeff veio atrás de mim e disse: ‘Você está bem?’ Eu estava tendo um momento e a maioria das palavras foram criadas naquela primeira tomada... Eu ainda estava pensando em coisas sobre o meu pai e a morte dele”.
Jeff Ament ainda se lembra dessa história do corredor: “Nós tínhamos acabado de nos conhecer, então, acho que todos estavam extremamente sensíveis com a forma como as coisas estavam indo, sabe? Eu só queria ter certeza de que ele estava bem, porque eu não tinha 100% de certeza sobre o quê tinha deixado ele chateado. Quando estávamos trabalhando nessas músicas, você podia ouvir as melodias e a emoção rolando, mas realmente não conseguia ouvir ou entender as palavras que Eddie cantava. Isso não aconteceu até que chegamos ao estúdio para gravar o disco”.
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