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  • by Brunelson

Frances Bean Cobain: "gostaria de ter conhecido meu pai"


Frances Bean Cobain falou sobre a perda de seu pai, Kurt Cobain, marcando os 30 anos da morte do frontman do NIRVANA (05 de abril): “Eu gostaria de ter conhecido meu pai”.




O ícone grunge morreu em 1994 aos 27 anos de idade, quando Frances tinha apenas 01 ano de idade.


Agora, com 31 anos, ela postou em rede social uma série de imagens de seu pai e escreveu uma longa mensagem sobre como a morte dele a impactou ao longo de sua vida.


“Há 30 anos a vida do meu pai acabou”, escreveu ela, compartilhando uma foto das mãos do seu pai, a qual foi tirada pelo vocalista do R.E.M. (e seu padrinho), Michael Stipe, seguida por algumas outras fotos. “A 2ª e 3ª foto capturam a última vez que estivemos juntos".

foto by Michael Stipe


Ela continuou: “Nos últimos 30 anos, minhas ideias sobre a perda estiveram em contínuo estado de metamorfose. A maior lição aprendida através do luto é que ele serve a um propósito. A dualidade de vida e morte, dor e alegria, yin e yang, precisam existir lado a lado ou nada disso teria algum significado. É a natureza permanente da existência humana que nos lança nas profundezas de nossas vidas mais autênticas. Acontece que não há maior motivação para se inclinar para a consciência amorosa do que saber que tudo um dia acaba".


“Eu gostaria de ter conhecido meu pai. Eu gostaria de saber como era a cadência de sua voz, como ele gostava do seu café ou como seria a sensação em ser colocada na cama depois de escutar dele uma história para dormir. Sempre me perguntei se ele teria capturado girinos junto comigo durante os verões abafados de Seattle, ou se ele cheirava a Camel Lights (marca de cigarro) e Nesquik sabor morango (seus favoritos, me disseram)”.


“Mas também há uma profunda sabedoria em querer seguir um caminho acelerado para compreender como a vida é preciosa. Ele me deu uma lição sobre a morte que só pode acontecer por meio da experiência viva de perder alguém. Com certeza, é o dom de saber quando amamos a nós mesmos e aos que nos rodeiam com compaixão, abertura e graça, o que torna inerentemente mais significativo o nosso tempo aqui de vida".


Frances também relembrou de uma carta que Kurt escreveu para ela antes dela nascer:  “A última linha diz: ‘Onde quer que você vá ou onde quer que eu vá, sempre estarei com você’. Ele cumpriu essa promessa porque ele está presente de muitas maneiras. Seja ouvindo uma música ou através das mesmas mãos que compartilhamos, nesses momentos posso passar um tempinho com meu pai e ele se sente transcendente. Para quem já se perguntou como seria viver ao lado das pessoas que perderam alguém, hoje estou mantendo você em meus pensamentos - o significado da nossa dor é o mesmo”.


Em uma entrevista no ano de 2018, Frances, que também é artista visual e chegou a compor algumas músicas, havia dito: “Espero que ele fique orgulhoso do ser humano que sou, mesmo que ele não gostasse da arte que estou lançando. No que diz respeito à música, não quero me classificar e dizer que sou uma musicista ou artista visual, porque sinto que isso é abrangente e que cada pedaço da minha arte está relacionado com a outra parte”.


Ela também falou sobre suas opiniões sobre as músicas do NIRVANA e embora não seja necessariamente uma fã, ela aprecia a abordagem ambiciosa que Kurt adotou em suas composições.


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