- by Brunelson
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RED HOT CHILI PEPPERS, como inúmeras outras bandas de rock, tiveram o seu quinhão de batalhas contra as drogas.
“Estava sempre chapado, muito longe daqui e tudo acontecendo muito cedo na minha vida”, disse ele uma vez em entrevista. “Tudo aconteceu, ou melhor, tudo parecia estar acontecendo ao mesmo tempo e eu simplesmente não conseguia lidar com isso”.
Não é de se admirar que ele tenha dado tantas informações sobre os efeitos prejudiciais da heroína ao longo da sua vida.
A dependência de Flea com as drogas era uma conclusão inevitável desde o início: “Eu convivo com o abuso de substâncias desde o dia em que nasci”, disse ele. “Todos os adultos da minha vida se anestesiavam regularmente para aliviar os seus problemas, fosse álcool ou drogas, tudo estava por toda parte, sempre. Comecei a fumar maconha quando tinha 11 anos de idade e depois comecei a cheirar cocaína, injetar, opiáceos e perseguir dragões durante a minha adolescência até a casa dos 20 anos”.
Tendo se cercado de outros usuários, Flea testemunhou todo o efeito do vício em heroína.
Depois de 03 anos, em 1996, ele refletiu sobre o poder de consumo total da heroína: “Enquanto houver pessoas nesse planeta, haverá pessoas usando heroína, ou algo assim...”, Flea acrescentou. “O vício em drogas é uma coisa tão desconcertante e poderosa, que é muito difícil entender como as pessoas podem chegar a tal nível de insanidade e se machucar tanto, especialmente pessoas gentis, sensíveis, inteligentes e criativas... Já vi isso tantas vezes e 03 amigos próximos morreram, incluindo River... Estou lidando com isso agora com alguém que eu amo”.
A experiência de Flea com o vício o tornou sensível à importância de ajudar aqueles que lutam para procurar ajuda.
Ainda em 2018, ele instigou o governo a dar mais ênfase ao combate à crise de opiáceos que varre os EUA: “O vício é uma doença cruel e a comunidade médica, juntamente com o governo, deve oferecer ajuda a todos aqueles que precisam. A vida dói, o mundo é assustador e é mais fácil usar drogas do que trabalhar com dor, ansiedade, injustiça e decepção”.
Felizmente, Flea conseguiu quebrar este círculo vicioso, mas confessou que não é um caminho fácil, principalmente para quem se interna em clínicas de reabilitação: “A pessoa quase morre desintoxicando, sabe? Tentar dar esperança e fé novamente a alguém, depois que eles perdem para as drogas, é uma coisa assustadora e sinistra de se ver”.
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