- by Brunelson
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Seguem alguns trechos:
Stone Gossard: Então, acho que é uma história surpreendente e emocionante para contar e a música fala por si só, quero dizer, de novo, você pode simplesmente dizer: "Isso foi legal pra caralho!", você me entende? Não preciso realmente pensar muito sobre isso, pois as músicas falam por si.
Gossard: Os arranjos das canções e o impacto daquelas primeiras audições... Quando eu já estava no MOTHER LOVE BONE, o nosso baterista era Greg Gilmore e tocamos juntos durante todos os 03 anos em que a banda ficou ativa e posso lhe dizer, ele tinha uma das melhores batidas que eu já ouvi e era nos shows onde ele apenas liberava toda a sua envergadura.
Gossard: Acho muito divertido estar envolvido em ajudar a desenterrar essas coisas, divulgá-las para ver a luz do dia e poder falar sobre isso, porque na época eu estava "atrasado" em relação ao que estava rolando em Seattle, porque eu não era punk. Você sabe o que eu quero dizer? Eu fui e vi muitos shows de punk rock e realmente estava começando a gostar, mas eu estava sempre procurando o meu próprio caminho ou algo assim...
Jornalista: Você acha que é mais difícil para os músicos divulgarem e serem notados hoje porque o mercado está saturado devido a internet, ou você acha que é mais fácil porque qualquer um pode lançar a sua música?
Gossard: Eu não faço ideia (risos)... Sinceramente, no grande esquema de visões objetivas sobre o que é difícil e não difícil, é exatamente como acontecia antes em Seattle. Ninguém pensava que você poderia lançar um disco, você sabe o que eu quero dizer? Sempre há períodos em que você pensa que nada vai funcionar ou está difícil - e sempre foi difícil.
Gossard: Essa jornada para ser notado, ter sucesso, encontrar a combinação certa de pessoas, estilos ou influências que criam algo que deixa as pessoas empolgadas com a sua banda, é pura alquimia, mágica, então, eu acredito apenas nisso, como: "Confie em seu ambiente local, que as pessoas que você conhece e já está cercando você, são as mesmas pessoas com as quais você pode se conectar. São as mesmas pessoas com quem você já estava e conhece! (risos)"
Jornalista: Você já pensou em lançar algum material do MOTHER LOVE BONE pela Loosegroove Records, algo que talvez ainda não tenha sido lançado ou um lado-b?
Jornalista: Vendo que bandas como GREEN RIVER e MOTHER LOVE BONE estavam na gênese de toda a cena de Seattle que estava brotando, você se surpreendeu que a sua próxima banda, PEARL JAM, se tornasse um grupo de alcance mainstream e extremamente popular?
Gossard: Sim! (risos) Tudo aquilo foi uma surpresa... Quero dizer, você sai do colégio e começa a sonhar em estar em bandas de rock e tudo o que você quer é poder fazer uma turnê ou vender alguns discos, o que é muito divertido e você fica criando músicas. É como se não houvesse nada mais empolgante do que pensar que você tem tudo do que precisa na vida apenas por ter uma guitarra, baixo ou bateria com alguns amigos, apenas tocando em seus instrumentos, criando riffs, letras, arte, esquemas e sonhando com várias maneiras de apresentar tudo isso, tipo, que você pode criar uma vida, você pode criar um emprego ou pode criar alguma renda para si mesmo... Além de ser algo que o tira da cama todos os dias e o deixa animado com a vida.
Gossard: Então, isso aconteceu com o PEARL JAM e tudo começou no MOTHER LOVE BONE... Claro, tudo começou antes com o GREEN RIVER e imediatamente as pessoas estavam vindo nos ver. As coisas estavam meio que... Eu estava sendo recompensado muito rapidamente por apenas tocar, de uma forma ou de outra, você me entende?
Gossard: Na verdade, esses dias atrás eu estava conversando com Greg Gilmore sobre as bandas da época, como SOUNDGARDEN e NIRVANA, e ele disse que ficou surpreso que essas bandas se tornaram gigantes, mas não ficou surpreso com o PEARL JAM, porque ele estava nos assistindo em nosso 1º show e sentiu que havia algo especial.
Gossard: E isso foi interessante de saber, tipo, levei 01 minuto para... Quero dizer, estávamos ouvindo bastante o SOUNDGARDEN na época e NIRVANA pra mim era, tipo, quando comecei a ouvir os seus lançamentos nos anos 80 (álbum de estreia, EP e singles), me surpreendeu por causa da natureza, simplicidade, franqueza e o tipo de dinâmica que o NIRVANA tinha.
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