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  • by Brunelson

Sonic Youth: o álbum favorito da banda pelo baterista Steve Shelley


SONIC YOUTH pode nunca ter lotado estádios ou dominado as paradas, mas eles estão entre as bandas mais influentes da era contemporânea.


Os heróis de baixo custo e produção são a banda favorita da sua banda favorita e durante os seus 30 anos juntos (de 1981 à 2011) e 16 álbuns de estúdio lançados, SONIC YOUTH foi uma força formidável.

O grupo notoriamente se separou em circunstâncias hostis e a chance de vê-los alinhados no palco novamente parece improvável. Para o SONIC YOUTH nunca foi sobre o dinheiro e isso estragaria o seu legado se eles tentassem desenterrar o machado por qualquer outro motivo que não o amor de fazer música juntos.

A carreira deles levou um tempo para finalmente ganhar reconhecimento, especialmente na sua cidade natal, New York, e ganharia também do outro lado do Oceano Atlântico, onde eles inicialmente fariam reconhecimento graças aos seus shows alegremente caóticos e banhados em noise.

Após o seu aclamado 2º álbum de estúdio, "Bad Moon Rising" (1985), SONIC YOUTH foi jogado em um dilema quando o seu baterista, Bob Bert (ele já era o 2º baterista da banda), deixou o grupo. Havia apenas uma pessoa que eles estavam interessados em chamar e era Steve Shelley, por quem eles ficaram deslumbrados depois de vê-lo tocar com a sua banda, THE CRUCIFUCKS.

Shelley foi contratado sem um teste de audição com a banda e se tornou a peça final do quebra-cabeça que realmente levou o grupo ao próximo nível. Ele se encaixou como uma luva ao som maníaco do SONIC YOUTH e com Shelley a reboque, a banda passou a fazer o melhor trabalho de sua carreira.

Cada álbum continuou construindo e progredindo desde o disco anterior e o grupo lançou músicas em um ritmo prolífico.

Chegando em 1988, eles lançariam a sua obra-prima, o álbum "Daydream Nation" (5º disco), e finalmente receberiam a ampla admiração que mereciam. O disco continua sendo um dos álbuns alternativos clássicos de todos os tempos e acabou conseguindo um contrato para a banda com a gravadora Geffen Records para o próximo disco (a mesma que iria contratar o NIRVANA, a pedidos do próprio SONIC YOUTH).

No álbum "Daydream Nation", a banda combina uma variedade de estilos de vanguarda e experimentais para criar uma obra de arte que, mesmo mais de 30 anos depois, ainda causaria ondas de choque se fosse lançado hoje.

Registros dessa magnitude simplesmente não envelhecem e por isso que continua sendo citado por muitos músicos e artistas em entrevistas.

“Foi gravado em um estúdio chamado Green Street Studios”, disse Shelley quando foi entrevistado pelo site Music Radar após o término da banda. “Fomos para aquele estúdio muito bem ensaiados e num certo ponto era óbvio que poderia ser um álbum duplo pela quantidade de músicas que estávamos gravando e criando. Foi um grande passo, porque, até aquele momento associávamos álbuns duplos a bandas de rock gigantes como PINK FLOYD e LED ZEPPELIN”.

Shelley continuou: “Foi muito divertido e quando lançamos o disco 'Daydream Nation' não chegamos a tocar todas as músicas nos shows, mas foi um álbum que eu realmente gostei de fazer e é o meu preferido. Acho que estava usando a minha bateria da marca Pearl durante as gravações e ainda é um ótimo álbum, pois as pessoas vem comentar comigo e gostam muito”.

“Uma vez que lançávamos um disco, ele meio que tinha vida própria", concluiu Shelley.

"Daydream Nation" foi o álbum antecessor ao movimento grunge underground e o disco mostrou que havia um apetite por algo tão aventureiro quanto ensurdecedor.

Em 2007, SONIC YOUTH tocou o álbum "Daydream Nation" na íntegra no show realizado no Roundhouse em Londres, tornando-se histórico para quem presenciou.


"Teenage Riot" (Disco: "Daydream Nation")


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