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  • by Brunelson

Rage Against The Machine: somente o guitarrista Tom Morello foi receber o prêmio do Hall of Fame


Tom Morello, guitarrista do RAGE AGAINST THE MACHINE, foi o único membro da banda a ter ido ao Rock and Roll Hall of Fame para receber o prêmio de indução da banda. A cerimônia aconteceu ontem em New York (03/11/2023). “A lição que aprendi com os fãs do RAGE AGAINST THE MACHINE é que a música pode mudar o mundo”, disse Morello em seu discurso.

RAGE AGAINST THE MACHINE foi apresentado na cerimônia pelo rapper Ice-T, mas os membros do grupo - Zack de la Rocha (vocalista), Tim Commerford (baixista) e Brad Wilk (baterista) - não compareceram.

Em seu discurso de apresentação à banda, Ice-T falou: “Você não pode me impressionar com coisas normais. Você tem que me impressionar com coisas como processar o Departamento de Estado dos EUA por usar a música do RAGE AGAINST THE MACHINE na Baía de Guantánamo para torturas. Quem processou? Foi o RAGE AGAINST THE MACHINE”.

“Ou que tal em 1993, aparecendo pelados no Lollapalooza Festival com fita adesiva na boca e protestando contra o PRMC (Parents Music Resource Center)? Quem fez isso? Foi o RAGE AGAINST THE MACHINE e eu respeito muito essa banda”.

Quando foi chamado para receber o prêmio, Morello fez um discurso com motivação política, após o qual foi visto nos bastidores segurando o seu troféu e um recado num papel que dizia: “Cessar fogo” (foto).

O guitarrista abriu seu discurso fazendo referência à postura do grupo quando ficaram sabendo que tinham sido eleitos ao Rock and Roll Hall of Fame: “Como a maioria das bandas, também temos perspectivas diferentes sobre muitas coisas, inclusive sobre ser eleito ao Rock and Roll Hall of Fame. Minha perspectiva é que essa noite é uma grande oportunidade para celebrar a música, a missão da banda e para celebrar o 5º membro do nosso grupo, que são os incríveis fãs do RAGE AGAINST THE MACHINE. A única razão pela qual estou aqui e a melhor forma de celebrar essa música, é que vocês continuem essa missão divulgando a nossa mensagem”.

Morello continuou: “A lição que aprendi com os fãs do RAGE AGAINST THE MACHINE é que a música pode mudar o mundo. Diariamente, ouço fãs que foram afetados pela nossa música e que, por sua vez, afetaram o mundo de maneiras significativas. Organizadores, ativistas, defensores públicos, professores e os presidentes do Chile e da Finlândia que passaram algum tempo em nosso 'mosh pit'”.

“Quando a música de protesto é bem feita, você pode ouvir um novo mundo emergindo nas canções, espetando os opressores da época e sugerindo que pode haver mais na vida do que aquilo que nos foi entregue. A música pode mudar o mundo? Todo o objetivo é mudar o mundo ou, no mínimo, levantar um monte de problemas para alcançar a solução”.

“Mas ao longo da história, aqueles que mudaram o mundo de forma progressista, radical ou mesmo revolucionária, não tiveram mais dinheiro, poder, coragem, inteligência ou criatividade do que qualquer pessoa que está nos assistindo essa noite. O mundo mudou pela média das pessoas comuns que estão fartas e estão dispostas a defender um país e um planeta que seja mais humano, pacífico e justo, e é isso... É por isso que estou aqui para celebrar essa noite”.

Morello também enfatizou a condenação dos danos ocasionados por guerras e causados a todas as crianças. Referente à crise em curso entre Israel e Gaza, o guitarrista do RAGE AGAINST THE MACHINE finalizou: “Não importa quem sejam. Os crimes de guerra cometidos por qualquer pessoa, qualquer organização ou qualquer governo, seja o seu, meu, de amigo ou de inimigo, devem ser denunciados e os responsáveis condenados”.


Para ser eleito ao Rock and Roll Hall of Fame, o grupo ou artista precisa ter um intervalo de 25 anos da data de lançamento do seu 1º álbum de estúdio, sendo que o RAGE AGAINST THE MACHINE já havia sido nomeado a concorrer 04 vezes antes, sendo eleito na sua 5ª tentativa.


RAGE AGAINST THE MACHINE possui somente 04 álbuns de estúdio, onde lançaram o disco homônimo de estreia em 1992 e o último álbum em 2000, "Renegades" (que se trata de um disco só de covers).


Se separando em 2000, o grupo retornaria em 2007, fazendo somente shows ao redor do mundo até 2011 e sem ter lançado nenhum material inédito. Em 2019 foi anunciado o seu retorno aos palcos para 2020, mas com a pandemia, os planos foram prorrogados para 2022, onde chegaram a fazer uma turnê pelos EUA.


Logo no 2º show dessa turnê, o vocalista Zack de la Rocha machucou o tendão de Aquiles e a turnê europeia que seria realizada na sequência, continua no limbo...


"Fistful of Steel" (1º disco, "Rage Against The Machine", 1992)


"Vietnow" (2º disco, "Evil Empire", 1996)


"War Within a Breath" (3º disco, "The Battle of Los Angeles", 1999)


"Beautiful World" (4º disco, "Renegades", 2000)


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