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Chris Cornell: "eles são melhores do que qualquer outra banda na história por terem tido esse tipo de sucesso enorme e saberem lidar com isso"

  • by Brunelson
  • há 13 horas
  • 3 min de leitura

Nenhum dos membros da cena grunge de Seattle estava querendo ser tão popular. 


Eles certamente tinham aspirações além de viver de cachorros-quentes de postos de gasolina e tocar para 20 pessoas, mas tocar em estádios ao redor do mundo parecia impensável comparado ao que estava acontecendo na cena hair metal na mesma época nos anos 80. 


E enquanto Chris Cornell era exatamente o deus do rock que as pessoas estavam procurando, ele admitiu que um de seus colegas grupos de Seattle lidou com a fama melhor do que qualquer outra banda do recinto.


Olhando para trás, para como a carreira do SOUNDGARDEN se desenrolou, eles sempre pareciam estarem muito adiantados ou muito atrasados ​​para o horário nobre. Mesmo sendo a 1ª banda do grunge a assinar com uma grande gravadora e seu disco de estreia ter concorrido logo de cara ao Grammy, o grupo tinha o som mais estranho de Seattle sendo pouco polido para o mainstream, com suas assinaturas de tempo descompassadas, afinações estranhas, em compassos singulares e riffs e solos decapitados.


Para quem viveu aquela época no início dos anos 90, sabe que o SOUNDGARDEN foi o último a cair nas graças do mainstream depois de NIRVANA, PEARL JAM e ALICE IN CHAINS. Isto seria mais precisamente em 1994, quando eles lançaram seu 4º álbum de estúdio, "Superunknown", que simplesmente se tornou um destaque na história do rock e pegando a tocha do NIRVANA após o fim do grupo somente 01 mês depois do seu lançamento.


Enquanto o SOUNDGARDEN passou a maior parte do tempo construindo seu sucesso, o PEARL JAM foi praticamente arremessado para os holofotes quando chegou. Ter o vocalista Eddie Vedder soando grave em músicas como "Jeremy" e "Alive", era o que os fãs precisavam ouvir e sendo praticamente uma lufada de ar fresco aos cantores de vocais agudos que entupiam as estações de rádio.


Embora esse mesmo sucesso repentino tenha sido demais para Kurt Cobain suportar com o NIRVANA, Vedder e seus colegas de banda tinham um plano para o que fazer com o PEARL JAM.


Em vez de tentar dizer "sim" a tudo, eles descobriram o "não" e aproveitaram ao máximo a redução das coisas, deixando de fazer videoclipes para a MTV, recusando entrevistas, equilibrando os grandes sucessos como a música "Betterman" não sendo divulgada como single, ao lado de experimentos selvagens em álbuns como "Vitalogy" (3º disco, 1994) e "No Code" (4º disco, 1996).


Em 2000, quando o SOUNDGARDEN já tinha encerrado as atividades pela 1ª vez, Cornell ainda achava que o PEARL JAM era o arquétipo de como uma banda de rock deveria lidar com a fama, dizendo em entrevista: “Eles são melhores do que qualquer outra banda na história por ter tido esse tipo de sucesso enorme e eles lidaram com isso de forma realmente eloquente. Acho que isso deu um ótimo exemplo para outros músicos de que... Sabe de uma coisa, você pode realmente controlar os holofotes da mídia e acho que eles permaneceram vitais nas suas coisas”.


E para aqueles que ficaram depois que o grunge surgiu no começo dos anos 90, o PEARL JAM é a única banda dos Big 4 de Seattle que mantiveram sua carreira de forma ininterrupta e em atividade até hoje com 12 álbuns de estúdio e milhares de discos ao vivo lançados.


Eles se tornaram uma banda muito melhor pelo que se tornaram, mostrando que qualquer um pode ter essa fama por alguns "minutos", mas o PEARL JAM estava de olho em uma carreira duradoura que acabaria lotando estádios ao redor do mundo, em vez de um breve show musical de fogos de artifício com os holofotes voltados para si.

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