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  • by Brunelson

Red Hot Chili Peppers: guia para iniciantes; um lampejo de todos os álbuns de estúdio


A história por trás do RED HOT CHILI PEPPERS é um conto de redenção.


Depois de viver uma vida de excessos nas ruas decadentes de Los Angeles, a formação clássica da banda chegou ao outro lado inteira e passando bem. Na esteira de seu estilo de vida maníaco, eles criaram 13 álbuns de estúdio e apresentando algumas ofertas requintadas de funk rock que entraram para a história.

Quando o rock alternativo começou a se infiltrar no mainstream no começo dos anos 90, o grupo também estava no alvo e ofereceram a bandas como NIRVANA, PEARL JAM e SMASHING PUMPKINS, uma de suas primeiras grandes turnês como grupos de abertura dos seus shows.




Só para se ter uma noção para aqueles que não viveram essa época, quando a música "Smells Like Teen Spirit" do NIRVANA estava sendo tocada em todas as rádios no mundo inteiro com o clipe da mesma passando de hora em hora na MTV, o mesmo acontecia com as canções "Give it Away" e "Under The Bridge" do RED HOT CHILI PEPPERS catapultando a banda à fama.

Embora o grupo tenha encontrado o seu ponto ideal quando teve John Frusciante como guitarrista e atualmente com ele a bordo novamente, cada uma de suas encarnações possuem a sua parcela de destaques


Seja desde o falecido guitarrista membro fundador (mas que não gravou o disco de estreia), Hillel Slovak, ao guitarrista dos anos 90, Dave Navarro, até chegarmos ao último integrante neste século atual, o guitarrista Josh Klinghoffer - sem contar os guitarristas intermediários que tiveram rápidas passagens pela banda, assim como os bateristas, onde ambos nem chegaram a gravar um álbum com a banda.

E embora o RED HOT CHILI PEPPERS tenha a sua parcela de clássicos, alguns álbuns de

sua discografia ainda passam despercebidos pelo público mainstream.

Com isso, resolvemos expor cada álbum de estúdio lançado do RED HOT CHILI PEPPERS num percurso de 04 décadas, sendo que cada disco é uma cápsula do tempo de onde eles estavam na época dentre inúmeras formações.


Em algumas situações, a sua música se tornou um pouco feia influenciada pelas outras pessoas que fizeram parte do grupo, mas a sua qualidade intrínseca e orgânica sempre esteve lá com uma pitada de uma boa diversão em cada álbum lançado.



Portanto, segue um guia para iniciantes que criamos com um lampejo de cada disco lançado em ordem cronológica:


Álbum: "The Red Hot Chili Peppers" (1º disco, 1984)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Jack Sherman (guitarrista), Cliff Martinez (baterista)

Algumas bandas têm uma habilidade incrível de arrasar em seu álbum de estreia. Normalmente, os artistas deram o melhor de si em suas estreias e também deram aos fãs uma referência do que viria deles nos próximos álbuns.

Mas por incrível que pareça, o RED HOT CHILI PEPPERS não foi uma dessas bandas, sendo que esse disco muitas vezes parece uma gravação demo em vez de uma estreia genuína.

Embora o grupo tivesse algumas ideias fortes nesse disco, demorou um pouco para se consolidar num pacote único.


Mesmo com a ajuda de produção de Andy Gill, frontman da banda GANG OF FOUR, cada uma dessas músicas parecem meio que incompletas, especialmente quando eles decidem fazer um cover de Hank Williams na canção "Why Don't You Love Me" ou entrar num território bizarro como na música "Mommy Where's Daddy".

Fora algumas ofertas como a canção que abre esse disco, "True Men Don't Kill Coyotes".

"True Men Don't Kill Coyotes"


Álbum: "Freaky Styley" (2º disco, 1985)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Hillel Slovak (guitarrista), Cliff Martinez (baterista)

Aqui, contamos com o guitarrista e membro fundador na formação do RED HOT CHILI PEPPERS, Hillel Slovak, que não gravou o álbum de estreia da banda para dar prioridade ao outro grupo que ele tinha na época, WHAT IS THIS.


E quem também estava trabalhando com a banda foi o guru do funk rock, George Clinton, que por trás da mesa de produção com certeza faria maravilhas - mas tudo foi regado com muitas drogas.

Embora você possa sentir a energia ao longo dessas músicas, a festa por trás desse álbum muitas vezes atrapalhava, já que todos da banda estavam mergulhados em cocaína. E apesar do domínio dos graves pelo produtor funcionar perfeitamente para o baixo de Flea, a sua influência paira muito sobre a mixagem final do álbum, com a guitarra de Slovak sendo colocada de lado.

Mesmo que o RED HOT CHILI PEPPERS nunca tenha sido conhecido como a banda mais séria do mundo, músicas como "Catholic School Girls Rule" são estranhas até mesmo para os seus padrões. A coisa toda ficou tão fora de controle que o produtor até deixou o seu traficante conseguir uma participação especial na canção "Yertle The Turtle" como forma de "garantia".

O produtor pode ter tido as melhores intenções, mas parece que ele tentou transformar o RED HOT CHILI PEPPERS em algo que eles não eram.


"Jungle Man"


Álbum: "The Uplift Mofo Party Plan" (3º disco, 1987)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Hillel Slovak (guitarrista), Jack Irons (baterista)

Ao longo de sua esplêndida carreira, o RED HOT CHILI PEPPERS iria mostrar aos seus fãs as muitas facetas do que eles poderiam fazer.


Embora o estilo funk rock dos seus primeiros dias continue a ser uma marca registrada em seu som, a maioria dos álbuns daqui pra frente trataria de transformar o seu estilo usual em algo mais amigável às rádios.

Depois de trazer o baterista original e membro fundador de volta ao grupo, Jack Irons (que também não tinha gravado nenhum disco ainda com a banda), a formação original do RED HOT CHILI PEPPERS estava finalmente pronta para quebrar tudo (no bom sentido) com o álbum "The Uplift Mofo Party Plan" pela 1ª vez juntos.




Somente como lembrete, Jack Irons seria a pessoa que fez o elo de ligação da 1ª fita demo instrumental do PEARL JAM a Eddie Vedder, para que ele gravasse os seus vocais em cima e recebesse a aprovação dos membros do PEARL JAM para aceita-lo como vocalista do grupo. Irons também seria o baterista do PEARL JAM de 1994 à 1998, gravando 02 álbuns de estúdio com a banda.


Comparado com a produção de má qualidade de seus trabalhos anteriores, o pessoal da banda parece estar se divertindo muito gravando um disco juntos com o seu novo produtor, Michael Beinhorn. Embora músicas como "Me and My Friends" e "Backwoods" tenham uma vibração incrível, também há um pouco de melancolia cobrindo esse álbum.

Durante a turnê de divulgação desse disco, o guitarrista Hillel Slovak começou a se aprofundar no vício em heroína e morreu tragicamente de overdose logo após o término da mesma. Embora o grupo continuasse sem ele até hoje, é uma pena que as suas contribuições para o DNA da banda ainda pareçam minúsculas, dado o seu legado com o guitarrista atual do RED HOT CHILI PEPPERS, John Frusciante (que era amigo de Slovak e comparecia a todos os shows da banda que realizavam em Los Angeles antes de sua entrada no grupo em 1988).

Frusciante sempre fará parte da formação clássica do RED HOT CHILI PEPPERS, mas este álbum é uma visão divertida do que eles poderiam ter sido se Slovak estivesse vivo e na banda até hoje.


"Me and My Friends"


Álbum: "Mother’s Milk" (4º disco, 1989)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Após o falecimento por overdose de heroína do guitarrista Hillel Slovak, a banda se perdeu. Slovak foi um elemento-chave em seu som desde o 1º dia, sendo o primeiro guitarrista do RED HOT CHILI PEPPERS quando ainda era uma banda de garagem.

A perda do vínculo de infância e adolescência entre ele, Flea e Kiedis, lançou uma mortalha negra sobre a história da banda.

E enquanto o grupo estava determinado a querer continuar, eles encontraram a sua vocação quando um garoto de New York e fã deles desde o início se juntaria ao grupo.

Quando John Frusciante tocou guitarra no álbum "Mother's Milk", tudo começou a se encaixar, com canções como "Good Time Boys" e "Knock Me Down" abrindo caminho para o que viria depois.


Embora Kiedis discordasse do produtor desse disco sobre como o álbum foi mixado - novamente com Michael Beinhorn (o mesmo que iria produzir o álbum "Superunknown" do SOUNDGARDEN em 1994) - o som feroz dessas músicas beira o metal em alguns lugares, especialmente nos covers das músicas "Fire" de Jimi Hendrix e "Higher Ground" de Stevie Wonder.


A propósito, somente a gravação da canção "Fire" que ainda apresenta Hillel Slovak na guitarra e Jack Irons na bateria.


Aqui, Chad Smith faria a sua entrada no RED HOT CHILI PEPPERS e é o baterista da banda até hoje.

O grupo já estava lançando o seu 4º disco na carreira, mas algo sobre esse álbum parecia ser diferente dos outros 03 lançados antes. O espírito central por trás dos 03 primeiros discos parecia querer ficar brincando no estúdio, mas o corpo musical apresentado aqui no álbum "Mother's Milk" parece mostrar que coisas grandiosas ainda iriam ser lançadas pela banda no decorrer da década de 90 - e eles comprovaram isso.


"Fire"


Álbum: "Blood Sugar Sex Magik" (5º disco, 1991)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Quando a gravação do álbum "Mother's Milk" terminou, o RED HOT CHILI PEPPERS estava à beira de algo impressionante.


A inclusão de John Frusciante trouxe um espírito livre ao grupo e eles só tinham que aproveitar, sendo que depois que o renomado produtor Rick Rubin entrou em cena, ninguém poderia prever realmente o sucesso estratosférico que o álbum "Blood Sugar Sex Magik" iria desencadear.

Em toda a sua audição, esse disco tem um pouco de tudo que a banda oferecia. Embora o funk rock ainda ocupe o centro do palco na música que fez a banda ficar conhecida no mundo inteiro, "Give it Away", ou na menos conhecida "If You Have to Ask", Frusciante também traz uma inclinação melódica para estas canções. Além do funk rock, músicas como "Sir Psycho Sexy" e o lamento em "I Could Have Lied", mostraram um lado do grupo que ninguém estava aguardando ouvir na época, assim como a canção mais dispare da banda até aquele momento, "Under The Bridge", que se tornaria num dos maiores sucessos da banda, com Kiedis quebrando as ilusões de todos ao ser sincero sobre os seus problemas com as drogas.



* Red Hot Chili Peppers: quando Anthony Kiedis e John Frusciante estrearam a música "Under The Bridge" O disco "Blood Sugar Sex Magik" pode ter tido a desconfortável tarefa de competir com o álbum "Nevermind" do NIRVANA em seu mesmo dia de lançamento (24 de setembro), mas o RED HOT CHILI PEPPERS vai para sempre ter na história um disco que não ficou esfumaçado por esse fato e que vai perpetuar como um dos maiores álbuns de rock ao lado de outras lendas e discos icônicos em toda a história.


"If You Have to Ask"


Álbum: "One Hot Minute" (6º disco, 1995)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Dave Navarro (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Depois que John Frusciante notificou a banda sobre a sua decisão de sair do grupo, isso os levou a lutar para encontrar um novo guitarrista.


Embora Dave Navarro, guitarrista do JANE'S ADDICTION, parecesse uma boa escolha na época, o RED HOT CHILI PEPPERS ainda estava sofrendo nas gravações desse álbum.

Já que Kiedis e Flea tiveram uma recaída nas drogas químicas nessa época, esse disco possui uma inclinação mais pesada, com momentos limítrofes do metal em músicas como "Warped" e "Coffee Shop". Navarro também foi uma grande influência para o trabalho desse álbum, trazendo uma dose saudável de destruição para a equação, fazendo com que cada um dos momentos mais pesados parecesse merecido.

O grupo também não esqueceria dos seus lados mais suaves, com Kiedis escrevendo uma homenagem a Kurt Cobain na canção "Tearjerker" e tratando sobre a religião na música "Shallow Be Thy Game".




Embora os fãs possam querer pensar na ideia de um RED HOT CHILI PEPPERS menos Frusciante na época, o álbum "One Hot Minute" manteve uma vida útil saudável como uma das joias mais subestimadas em todo o seu catálogo e que contou novamente com Rick Rubin na produção.


"Warped"


Álbum: "Californication" (7º disco, 1999)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

No final dos anos 90, a banda estava espiritualmente quebrada.

Anthony Kiedis estava novamente começando a sucumbir ao vício em heroína e a era Dave Navarro na guitarra não estava recebendo o amor dos fãs que provavelmente merecia. Depois de um encontro casual com John Frusciante, a banda começou a lavar todas as suas roupas sujas e só havia uma coisa em pauta a fazer: ficar sóbrio.

Com anos perseguindo musicalmente a sua próxima dose cavalar e enxergando a última desaparecendo no retrovisor, o álbum "Californication" foi a história da banda voltando dos mortos. Depois de ter que reaprender a sua coordenação das antiga, Frusciante retorna num papel mais minimalista nesse disco, encontrando a sua força na simplicidade dos riffs da guitarra na faixa-título ou nos belos acordes da música "Porcelain".

Embora esse álbum tenha o seu quinhão de histórias de reabilitação, o grupo ainda sabia como aumentar a sua graça, derrubando a porta de entrada na canção "Around The World" e criando músicas históricas como "Otherside" e "Scar Tissue" parecerem um exorcismo para as personalidades viciantes dos seus integrantes.


Novamente com Rick Rubin na produção, eles podem ter estado à beira da sanidade mais do que algumas vezes, mas no disco "Californication" é a 1ª vez que eles finalmente se sentiram em paz espiritual.


"Porcelain"


Álbum: "By The Way" (8º disco, 2002)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Levar o RED HOT CHILI PEPPERS de volta para onde eles começaram levou muito tempo.


O retorno de John Frusciante pode ter sido um milagre em 1999, sendo que o clássico álbum que eles fizeram com o disco "Californication" ainda os fez juntarem as peças novamente, mas depois que tudo estava no lugar, eles agora tocaram pelo amor em fazer música naturalmente no álbum "By The Way".

Enquanto "By The Way" era para ser um disco dividido entre canções mais pesadas e momentos bonitos, o lado melódico venceu, levando à uma das experiências de audição mais felizes em sua carreira.


Fora as músicas empolgantes desde sempre como "Can't Stop" e a faixa-título, na maior parte desse álbum parece que eles estão tentando ser uma versão de rock alternativo do novo século do BEACH BOYS, como na felicidade subaquática da canção "Universally Speaking" e a cantiga acústica na música "Cabron".

O álbum inteiro foi concebido como um experimento, sendo que a mudança mais notável foi adicionar sintetizadores à mixagem, como na canção "Venice Queen" que traz um final impressionante ao álbum.

O disco "By The Way" pode não ter tido muita reverberação na mídia em geral, mas esse nunca foi o ponto. Depois de anos lutando para fazer música juntos nessa formação, isso nada mais é do que o RED HOT CHILI PEPPERS se divertindo de ponta a ponta com novamente Rick Rubin na produção.


"Universally Speaking"


Álbum: "Stadium Arcadium" (9º disco, 2006)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Em meados dos anos 2000, o RED HOT CHILI PEPPERS estava em um ótimo lugar musicalmente falando.


Depois do retorno de John Frusciante em 1999, eles estavam disparando em todos os cilindros enquanto ainda ultrapassavam os limites de onde o seu estilo funk rock poderia chegar.


E já que a banda não tinha problemas em afiar o seu trabalho, por que não dar aos fãs um álbum duplo desta vez?

A track-list desse disco apresenta muita coisa para absorver, possuindo o lote mais eclético de músicas que a banda já criou até hoje. Embora o seu som funk rock ainda esteja presente em músicas como "Dani California", os melhores momentos acontecem quando o grupo flerta com outros estilos quebrando a acústica na canção "Slow Cheetah" e Frusciante fazendo a sua guitarra soar como uma orquestra de um homem só na música "Turn it Again".

A única desvantagem para um álbum tão recheado sendo um disco duplo, é o longo tempo de execução. Com duração de 02 horas, algumas das músicas tendem a se arrastar um pouco, levando a trechos durante a audição na íntegra do álbum parecendo estar no automático.

Mesmo assim, o disco "Stadium Arcadium" (novamente produzido por Rick Rubin) definitivamente ganha o seu lugar entre os melhores álbuns lançados pela banda, mas se eles tivessem reunido somente todas as melhores músicas em 01 disco só, poderia estar no topo da prateleira - sozinho ou não.


"Slow Cheetah"

Álbum: "I’m With You" (10º disco, 2011)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Josh Klinghoffer (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Quando a banda anunciou que Josh Klinghoffer era o substituto de John Frusciante na guitarra, a resposta do público foi cautelosa. Como o grupo já existia há anos, trazer uma nova pessoa atrás do braço da guitarra sempre iria irritar algumas pessoas.

Porém, obter sangue novo nem sempre é uma má ideia (CJ Ramone manda um abraço) e Klinghoffer provou que era bom o suficiente para estar nessa banda em sua estreia com o grupo.

Novamente com o produtor Rick Rubin, esse álbum mostrou que o RED HOT CHILI PEPPERS ainda não estava pronto para desacelerar. Depois de anos tocando funk rock, o grupo encontraria outras nuances nas músicas desse disco, apresentando as amigáveis para as rádios, "The Adventures of Rain Dance Maggie" e "Look Around".

Como essa foi a era musical da década de 10 deste século atual, o álbum sofreu alguns problemas de compressão. Embora Klinghoffer tenha seus grandes momentos ao longo do disco, ele é basicamente um personagem de fundo preenchendo o resto do som da banda, em vez de abrir novos caminhos.

Não é o melhor álbum de sua discografia, mas depois de quase 30 anos eles ainda estavam inovando o seu som.


"The Adventures of Rain Dance Maggie"


Álbum: "The Getaway" (11º disco, 2016)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Josh Klinghoffer (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Ter o produtor certo é tudo para o RED HOT CHILI PEPPERS e embora eles sempre gostassem de improvisar um com o outro em cada álbum lançado, era preciso a pessoa certa na cadeira de produção para orientá-los em um norteamento.

E embora tenham optado por mudar de produtor, agora com Danger Mouse gravando para eles, pode até ter parecido uma boa ideia na época, mas o álbum "The Getaway" não transpareceu tanto assim...

Em vez do seu estilo tradicional funk rock, muito desse disco flerta com outros estilos musicais e quase entra no território do R&B às vezes. E assim como o baixista Flea quebrou o braço em um acidente de snowboard, o seu baixo está criminalmente mudo nesse álbum, o que não é um bom presságio para o ethos de um dos melhores baixistas na história do rock'n roll.

Há um diamante a ser encontrado na música "Dark Necessities", trazendo floreios de piano e o que pode ser o melhor solo de guitarra de Josh Klinghoffer em todo o seu período na banda.


Não há como negar que existe muito potencial no álbum "The Getaway" e algumas ótimas ideias, mas o produto final precisou de um pouco mais de tempo para marinar antes de receber o toque característico do RED HOT CHILI PEPPERS.


"Dark Necessities"

Álbum: "Unlimited Love" (12º disco, 2022)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Quando Frusciante deixou o RED HOT CHILI PEPPERS em 2009, foi porque ele ainda estava em sua luta mental e costurando trabalhos internos, e embora tenha saído "sem avisar" na década de 90, a sua saída em 2009 foi para querer alcançar e expandir novos horizontes musicais e ver o que mais havia por aí.


O tempo pode fazer o coração crescer e os fãs estavam prontos para o retorno de sua magia quando ele finalmente voltou para a sua 3ª passagem pela banda - e o grupo chamando novamente Rick Rubin para a mesa de produção.

Depois de 04 décadas na indústria da música, o álbum "Unlimited Love" é o culminar de tudo o que tornou o grupo memorável. Embora os sotaques na música "Black Summer" sejam, no mínimo, curiosos, o produtor Rick Rubin trouxe o melhor deles mais uma vez, pegando a estrutura básica da banda e espalhando novos elementos em seu som.

Apesar de ter um arranjo esquelético conhecido, o RED HOT CHILI PEPPERS ainda se expande além do seu truque habitual, com o vocalista Anthony Kiedis mergulhando em material político na canção "These Are The Ways" e também encontrando tempo para cuspir o seu "absurdo" usual na música "Aquatic Mouth Dance".


Embora esse álbum possa não ser o disco mais inventivo da banda, essa não foi a mentalidade do grupo na ocasião. Essa, que é a formação clássica da banda, estava separada há anos e esse álbum foi uma deixa para mostrar aos fãs que eles ainda podiam trazer o fogo original pelo qual eram conhecidos.


"Black Summer"


Álbum: "Return of The Dream Canteen" (13º disco, 2022)

Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)

Os fãs ficaram em êxtase depois de descobrirem que o guitarrista John Frusciante estava finalmente voltando para o álbum antecessor a este, "Unlimited Love".


Depois de 11 anos tendo lançado somente 02 discos durante a era do guitarrista Josh Klinghoffer, esse foi o momento em que as coisas começaram a se encaixar novamente.

Enquanto o disco "Unlimited Love" não decepcionou, a verdade mesmo era que ninguém esperava outro álbum de estúdio sendo lançado naquele mesmo ano.

O álbum "Return of The Dream Canteen" poderia facilmente ser considerado o 2º disco do álbum duplo que poderia ter sido "Unlimited Love", já que o retorno de Frusciante significou um disco de volta ao básico, com a maior parte desse álbum os envolvendo e experimentando diferentes estilos novamente com a produção de Rick Rubin, como a canção tributo a Eddie Van Halen, "Eddie", e os sons alegres oferecidos na música "The Drummer".


"Eddie"


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