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by Brunelson
Depois de viver uma vida de excessos nas ruas decadentes de Los Angeles, a formação clássica da banda chegou ao outro lado inteira e passando bem. Na esteira de seu estilo de vida maníaco, eles criaram 13 álbuns de estúdio e apresentando algumas ofertas requintadas de funk rock que entraram para a história.
Só para se ter uma noção para aqueles que não viveram essa época, quando a música "Smells Like Teen Spirit" do NIRVANA estava sendo tocada em todas as rádios no mundo inteiro com o clipe da mesma passando de hora em hora na MTV, o mesmo acontecia com as canções "Give it Away" e "Under The Bridge" do RED HOT CHILI PEPPERS catapultando a banda à fama.
Seja desde o falecido guitarrista membro fundador (mas que não gravou o disco de estreia), Hillel Slovak, ao guitarrista dos anos 90, Dave Navarro, até chegarmos ao último integrante neste século atual, o guitarrista Josh Klinghoffer - sem contar os guitarristas intermediários que tiveram rápidas passagens pela banda, assim como os bateristas, onde ambos nem chegaram a gravar um álbum com a banda.
sua discografia ainda passam despercebidos pelo público mainstream.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Jack Sherman (guitarrista), Cliff Martinez (baterista)
Algumas bandas têm uma habilidade incrível de arrasar em seu álbum de estreia. Normalmente, os artistas deram o melhor de si em suas estreias e também deram aos fãs uma referência do que viria deles nos próximos álbuns.
Mas por incrível que pareça, o RED HOT CHILI PEPPERS não foi uma dessas bandas, sendo que esse disco muitas vezes parece uma gravação demo em vez de uma estreia genuína.
Mesmo com a ajuda de produção de Andy Gill, frontman da banda GANG OF FOUR, cada uma dessas músicas parecem meio que incompletas, especialmente quando eles decidem fazer um cover de Hank Williams na canção "Why Don't You Love Me" ou entrar num território bizarro como na música "Mommy Where's Daddy".
Fora algumas ofertas como a canção que abre esse disco, "True Men Don't Kill Coyotes".
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Hillel Slovak (guitarrista), Cliff Martinez (baterista)
E quem também estava trabalhando com a banda foi o guru do funk rock, George Clinton, que por trás da mesa de produção com certeza faria maravilhas - mas tudo foi regado com muitas drogas.
Embora você possa sentir a energia ao longo dessas músicas, a festa por trás desse álbum muitas vezes atrapalhava, já que todos da banda estavam mergulhados em cocaína. E apesar do domínio dos graves pelo produtor funcionar perfeitamente para o baixo de Flea, a sua influência paira muito sobre a mixagem final do álbum, com a guitarra de Slovak sendo colocada de lado.
Mesmo que o RED HOT CHILI PEPPERS nunca tenha sido conhecido como a banda mais séria do mundo, músicas como "Catholic School Girls Rule" são estranhas até mesmo para os seus padrões. A coisa toda ficou tão fora de controle que o produtor até deixou o seu traficante conseguir uma participação especial na canção "Yertle The Turtle" como forma de "garantia".
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Hillel Slovak (guitarrista), Jack Irons (baterista)
Embora o estilo funk rock dos seus primeiros dias continue a ser uma marca registrada em seu som, a maioria dos álbuns daqui pra frente trataria de transformar o seu estilo usual em algo mais amigável às rádios.
Comparado com a produção de má qualidade de seus trabalhos anteriores, o pessoal da banda parece estar se divertindo muito gravando um disco juntos com o seu novo produtor, Michael Beinhorn. Embora músicas como "Me and My Friends" e "Backwoods" tenham uma vibração incrível, também há um pouco de melancolia cobrindo esse álbum.
Durante a turnê de divulgação desse disco, o guitarrista Hillel Slovak começou a se aprofundar no vício em heroína e morreu tragicamente de overdose logo após o término da mesma. Embora o grupo continuasse sem ele até hoje, é uma pena que as suas contribuições para o DNA da banda ainda pareçam minúsculas, dado o seu legado com o guitarrista atual do RED HOT CHILI PEPPERS, John Frusciante (que era amigo de Slovak e comparecia a todos os shows da banda que realizavam em Los Angeles antes de sua entrada no grupo em 1988).
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
Após o falecimento por overdose de heroína do guitarrista Hillel Slovak, a banda se perdeu. Slovak foi um elemento-chave em seu som desde o 1º dia, sendo o primeiro guitarrista do RED HOT CHILI PEPPERS quando ainda era uma banda de garagem.
A perda do vínculo de infância e adolescência entre ele, Flea e Kiedis, lançou uma mortalha negra sobre a história da banda.
E enquanto o grupo estava determinado a querer continuar, eles encontraram a sua vocação quando um garoto de New York e fã deles desde o início se juntaria ao grupo.
Aqui, Chad Smith faria a sua entrada no RED HOT CHILI PEPPERS e é o baterista da banda até hoje.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
A inclusão de John Frusciante trouxe um espírito livre ao grupo e eles só tinham que aproveitar, sendo que depois que o renomado produtor Rick Rubin entrou em cena, ninguém poderia prever realmente o sucesso estratosférico que o álbum "Blood Sugar Sex Magik" iria desencadear.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Dave Navarro (guitarrista), Chad Smith (baterista)
Embora Dave Navarro, guitarrista do JANE'S ADDICTION, parecesse uma boa escolha na época, o RED HOT CHILI PEPPERS ainda estava sofrendo nas gravações desse álbum.
Já que Kiedis e Flea tiveram uma recaída nas drogas químicas nessa época, esse disco possui uma inclinação mais pesada, com momentos limítrofes do metal em músicas como "Warped" e "Coffee Shop". Navarro também foi uma grande influência para o trabalho desse álbum, trazendo uma dose saudável de destruição para a equação, fazendo com que cada um dos momentos mais pesados parecesse merecido.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
No final dos anos 90, a banda estava espiritualmente quebrada.
Anthony Kiedis estava novamente começando a sucumbir ao vício em heroína e a era Dave Navarro na guitarra não estava recebendo o amor dos fãs que provavelmente merecia. Depois de um encontro casual com John Frusciante, a banda começou a lavar todas as suas roupas sujas e só havia uma coisa em pauta a fazer: ficar sóbrio.
Com anos perseguindo musicalmente a sua próxima dose cavalar e enxergando a última desaparecendo no retrovisor, o álbum "Californication" foi a história da banda voltando dos mortos. Depois de ter que reaprender a sua coordenação das antiga, Frusciante retorna num papel mais minimalista nesse disco, encontrando a sua força na simplicidade dos riffs da guitarra na faixa-título ou nos belos acordes da música "Porcelain".
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
O retorno de John Frusciante pode ter sido um milagre em 1999, sendo que o clássico álbum que eles fizeram com o disco "Californication" ainda os fez juntarem as peças novamente, mas depois que tudo estava no lugar, eles agora tocaram pelo amor em fazer música naturalmente no álbum "By The Way".
Fora as músicas empolgantes desde sempre como "Can't Stop" e a faixa-título, na maior parte desse álbum parece que eles estão tentando ser uma versão de rock alternativo do novo século do BEACH BOYS, como na felicidade subaquática da canção "Universally Speaking" e a cantiga acústica na música "Cabron".
O álbum inteiro foi concebido como um experimento, sendo que a mudança mais notável foi adicionar sintetizadores à mixagem, como na canção "Venice Queen" que traz um final impressionante ao álbum.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
E já que a banda não tinha problemas em afiar o seu trabalho, por que não dar aos fãs um álbum duplo desta vez?
A track-list desse disco apresenta muita coisa para absorver, possuindo o lote mais eclético de músicas que a banda já criou até hoje. Embora o seu som funk rock ainda esteja presente em músicas como "Dani California", os melhores momentos acontecem quando o grupo flerta com outros estilos quebrando a acústica na canção "Slow Cheetah" e Frusciante fazendo a sua guitarra soar como uma orquestra de um homem só na música "Turn it Again".
A única desvantagem para um álbum tão recheado sendo um disco duplo, é o longo tempo de execução. Com duração de 02 horas, algumas das músicas tendem a se arrastar um pouco, levando a trechos durante a audição na íntegra do álbum parecendo estar no automático.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Josh Klinghoffer (guitarrista), Chad Smith (baterista)
Quando a banda anunciou que Josh Klinghoffer era o substituto de John Frusciante na guitarra, a resposta do público foi cautelosa. Como o grupo já existia há anos, trazer uma nova pessoa atrás do braço da guitarra sempre iria irritar algumas pessoas.
Porém, obter sangue novo nem sempre é uma má ideia (CJ Ramone manda um abraço) e Klinghoffer provou que era bom o suficiente para estar nessa banda em sua estreia com o grupo.
Novamente com o produtor Rick Rubin, esse álbum mostrou que o RED HOT CHILI PEPPERS ainda não estava pronto para desacelerar. Depois de anos tocando funk rock, o grupo encontraria outras nuances nas músicas desse disco, apresentando as amigáveis para as rádios, "The Adventures of Rain Dance Maggie" e "Look Around".
Como essa foi a era musical da década de 10 deste século atual, o álbum sofreu alguns problemas de compressão. Embora Klinghoffer tenha seus grandes momentos ao longo do disco, ele é basicamente um personagem de fundo preenchendo o resto do som da banda, em vez de abrir novos caminhos.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), Josh Klinghoffer (guitarrista), Chad Smith (baterista)
Ter o produtor certo é tudo para o RED HOT CHILI PEPPERS e embora eles sempre gostassem de improvisar um com o outro em cada álbum lançado, era preciso a pessoa certa na cadeira de produção para orientá-los em um norteamento.
E embora tenham optado por mudar de produtor, agora com Danger Mouse gravando para eles, pode até ter parecido uma boa ideia na época, mas o álbum "The Getaway" não transpareceu tanto assim...
Em vez do seu estilo tradicional funk rock, muito desse disco flerta com outros estilos musicais e quase entra no território do R&B às vezes. E assim como o baixista Flea quebrou o braço em um acidente de snowboard, o seu baixo está criminalmente mudo nesse álbum, o que não é um bom presságio para o ethos de um dos melhores baixistas na história do rock'n roll.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
O tempo pode fazer o coração crescer e os fãs estavam prontos para o retorno de sua magia quando ele finalmente voltou para a sua 3ª passagem pela banda - e o grupo chamando novamente Rick Rubin para a mesa de produção.
Depois de 04 décadas na indústria da música, o álbum "Unlimited Love" é o culminar de tudo o que tornou o grupo memorável. Embora os sotaques na música "Black Summer" sejam, no mínimo, curiosos, o produtor Rick Rubin trouxe o melhor deles mais uma vez, pegando a estrutura básica da banda e espalhando novos elementos em seu som.
Formação: Anthony Kiedis (vocalista), Flea (baixista), John Frusciante (guitarrista), Chad Smith (baterista)
Depois de 11 anos tendo lançado somente 02 discos durante a era do guitarrista Josh Klinghoffer, esse foi o momento em que as coisas começaram a se encaixar novamente.
Enquanto o disco "Unlimited Love" não decepcionou, a verdade mesmo era que ninguém esperava outro álbum de estúdio sendo lançado naquele mesmo ano.
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