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Billy Corgan: quando a família do seu pai ganhou na loteria

  • 16 de mai.
  • 3 min de leitura

Billy Corgan é uma das figuras mais controversas e francas do rock'n roll. 


Mais conhecido por ser o vocalista/guitarrista do SMASHING PUMPKINS, a banda alcançou sucesso comercial e de crítica pela 1ª vez no início dos anos 90, graças ao seu disco de estreia, "Gish" (1991) - o álbum independente que mais vendeu cópias na história do rock - e depois pelos clássicos álbuns que também ficaram marcados na história, "Siamese Dream" (2º disco, 1993) e "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995).


E apesar de liderar um dos grupos de rock alternativo e grunge de maior sucesso comercial dos anos 90, Corgan tem sido uma figura imprevisível há muito tempo.


Querendo se distanciar dos seus contemporâneos, musicalmente ele sempre imbuiu no som do SMASHING PUMPKINS o lado do rock progressivo, além do uso de eletrônicos e sintetizadores. E sobre seu lado pessoal, ao longo dos anos Corgan lutou abertamente contra ansiedade, depressão, ataques de pânico e pensamentos suicidas, tornando-se um forte defensor das redes de apoio dessas condições.


E ele atribui grande parte de suas lutas de saúde mental ao seu relacionamento com seu pai e ao abuso psicológico que sofreu nas mãos dele. A complexidade do relacionamento pai/filho ficou clara em uma história selvagem que Corgan contou durante uma entrevista para o radialista Howard Stern em 2023.


Na entrevista, Corgan explicou até que ponto a vida do seu pai saiu do controle e como ele roubava dinheiro do próprio filho regularmente: “Meu pai tinha saído da prisão e estava morando em algum tipo de antro de drogas sob os trilhos do trem em Chicago. Tínhamos algum contato ocasional, mas era muito distante... Um dia, ele me telefonou e disse: ‘Posso te levar para jantar?’ Claro. Ele apareceu com roupas novas e um carro novo, foi quando eu perguntei: ‘Você alugou esse carro?’ Ele riu e falou: ‘Mais ou menos’”.


Corgan relembrou como os membros de sua família ficavam perguntando se o seu pai tinha ganhado na loteria. Corgan continuava dizendo que não, mas ao ouvir a pergunta tantas vezes, ele decidiu perguntar ao pai dele. Finalmente, seu pai revelou que a tia da sua esposa tinha ganhado recentemente US$ 27 milhões de dólares na loteria estadual da Flórida. 


"Ele e sua esposa saíram de uma toca de drogas para serem criados e cuidados pelo resto de suas vidas", acrescentou Corgan.


Então, por que o pai de Corgan não queria que ele soubesse desse prêmio da loteria? 


A razão, como em muitos aspectos da vida de Corgan, se resumia ao seu relacionamento tumultuado com seu pai: “Meu pai não queria que eu soubesse porque ele pensou que eu pediria de volta o dinheiro que ele roubou de mim. Então, ele escondeu o fato de que seus parentes tinham ganhado na loteria para que ele não tivesse que me pagar de volta os milhares de dólares que ele roubou de mim... Era assim que o cérebro do meu pai funcionava”.


Embora seja fácil para a mídia ou terceiros zombarem de Corgan e do seu comportamento imprevisível, quando você aprende mais sobre sua infância problemática, você começa a entender o profundo impacto que isso teve em sua vida.


Isto por si só pode não explicar alguns dos seus momentos mais controversos, mas histórias como essa são um lembrete oportuno de que até mesmo os maiores e mais bem-sucedidos músicos possuem seus próprios conflitos internos e que tentam controla-los todos os dias.

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