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  • by Brunelson

Ramones: Top 10 melhores músicas do vocalista Joey Ramone


Às vezes, o rock and roll pode ter um efeito seriamente debilitante nas pessoas.

Ele pode produzir o mesmo tipo de distorção ocular se você quiser usar óculos de grau sem necessidade médica, ou pode deixar a sua mente confusa e o seu coração partido.


Foi o que fez as pessoas se apaixonarem por tantos artistas musicais ao longo da história e foi o que fez as pessoas se apaixonarem pelo vocalista dos RAMONES, Joey Ramone.

Como vocalista dos RAMONES, Joey foi empurrado para os holofotes da cidade de New York enquanto ele e o grupo traçavam o seu próprio caminho em direção à glória punk rock. Com 1,90m de altura e tão desengonçado quanto um monte de elásticos presos com alfinetes no meio, Joey de alguma forma emergiu um interesse amoroso único e romântico.

A razão é que Joey Ramone, quisesse ou não, era a cara tímida do movimento punk rock dos EUA. A Grã-Bretanha pode ter produzido bandas punk rock num ritmo alarmante após a presença dos RAMONES em solo britânico, mas para New York, havia apenas uma banda que poderia realmente levar a coroa como fundadores do punk rock: os RAMONES.

Ao longo do seu tempo como uma banda, RAMONES sofreu o que a maioria das bandas punk rock sofreram, uma incapacidade de alinhar o seu espírito "Do it Yourself" com a sua necessidade de pagar o aluguel para morar.


Enquanto outras bandas caíram no mainstream logo em seus primeiros anos, com os RAMONES o negócio não foi bem assim e um dos legados do grupo é que eles se recusaram a se conformar e lutaram e se dedicaram até o fim - conseguindo o reconhecimento do mainstream somente a partir do final dos anos 80.

Com isso, resolvemos criar o Top 10 melhores músicas de Joey Ramone nos RAMONES (sozinho ou em parceria).


Confira em ordem cronológica:


Música: "Blitzkrieg Bop"

Álbum: "Ramones" (1º disco, 1976)

A primeira canção do álbum de estreia dos RAMONES foi sem dúvida as primeiras notas poderosas de uma banda determinada a impressionar.

A música dura um pouco mais de 02 minutos e é uma das favoritas dos fãs desde o início.

Foi tocada em praticamente todos os shows dos RAMONES ao longo de sua carreira de 22 anos e se havia uma música para simbolizar a sua influência eterna, é a infiltração desse número punk rock no mainstream reconhecida somente nos anos 90.


Música: "Beat on The Brat"

Álbum: "Ramones" (1º disco, 1976)

Se você já precisou de uma prova de que os RAMONES viviam uma vida punk antes de qualquer outra pessoa, "Beat on The Brat" é a única canção de que você precisa.

Joey escreveu essa música com uma premissa simples: “Eu estava morando no bairro Forest Hills em New York, andando pela vizinhança e irritado com todas essas senhoras ricas com os seus filhos malcriados andando nas ruas".

Joey construiu para si uma música simples com um motivo poderoso e de repente, nasceria uma das clássicas canções da banda.


Música: "Teenage Lobotomy"

Álbum: "Rocket to Russia" (3º disco, 1977)

Bem no coração da batalha punk rock, os RAMONES lançaram um dos seus melhores álbuns com as suas letras ardentes e a velocidade feroz que o tornaram um sucesso instantâneo na Europa - menos nos EUA.

O engenheiro de som da banda que trabalhou com eles em vários discos, Ed Stasium, disse uma vez em entrevista à revista Rolling Stone sobre esta canção: “Ela tem todos os elementos do que é bom sobre eles - a introdução da bateria, o canto ‘Lobotomy’, os pequenos 'ooohs' de harmonia ao fundo e o assunto em si”.

É uma música que continuará a ser usada para descrever a angústia adolescente nas próximas décadas.


Música: "I Wanna Be Sedated"

Álbum: "Road to Ruin" (4º disco, 1978)

Embora esta canção seja sobre um assunto bastante autobiográfico - Joey Ramone sofreu queimaduras graves no corpo em 1977 e estava se recuperando quando escreveu a música - a maneira como Joey canta as suas linhas com um desencanto sarcástico, tornou-o querido para uma massa de jovens entediados.


Ele era o epítome de tudo: alto, desajeitado, desengonçado, cabelo feio, jeans rasgado, uma velha jaqueta de couro e teimoso junto com o seu problema de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).


Música: "The KKK Took My Baby Away"

Álbum: "Pleasant Dreams" (6º disco, 1981)

Possivelmente uma das canções mais pessoais de Joey Ramone, a banda estava funcionando por um fio.


Os seus relacionamentos internos como uma banda há muito haviam se dissolvido e essa música simboliza a tensão.

Supostamente escrita sobre Linda, a garota que namorou Joey antes de se casar com o seu colega de banda, o guitarrista Johnny Ramone, há até sugestões de que a referência "KKK" era às convicções firmes de direita política de Johnny.

Seria um ponto de considerável dor para o grupo e faria com que os seus membros mal se confraternizassem.

O problema é que, quando eles se juntavam com os seus instrumentos musicais nos palcos ou no estúdio, eles transformavam as coisas em ouro.


Música: "Psycho Therapy"

Álbum: "Subterranean Jungle" (7º disco, 1983)

Quando os RAMONES começaram nos bueiros do rock underground de New York, eles foram os pioneiros de um novo som.


Chame isso de punk rock, o fato é que, na época, RAMONES era a vanguarda de tudo durante o seu apogeu e depois.

Em 1983, as coisas certamente estavam diferentes desde o surgimento da banda em 1974, mas enquanto o mundo da música ao redor deles estava girando em áreas mais encharcadas de maquiagem, os RAMONES voltaram às suas raízes e produziram este baque sonoro.


Música: "Bonzo Goes to Bitburg"

Álbum: "Animal Boy" (9º disco, 1985)

Aqui, mostra o vocalista dos RAMONES novamente lutando contra as crenças políticas direitas do seu companheiro de banda, Johnny Ramone.

Em 05 de maio de 1985, o presidente americano Ronald Reagan depositou uma coroa de flores em um cemitério onde 49 nazistas foram enterrados na cidade de Bitburg, Alemanha.

Isso causou um alvoroço na mídia...

“O que Reagan fez foi uma merda”, disse Joey Ramone na época. “Todo mundo disse para ele não ir, todo o pessoal dele disse para ele não ir, mas ele foi mesmo assim... Como você pode perdoar o Holocausto, porra?”

Em resposta, Johnny conseguiu que o nome da canção fosse alterada para "My Brain is Hanging Upside Down" quando foi lançada no álbum.


Música: "Pet Sematary"

Álbum: "Brain Drain" (11º disco, 1989)

Os anos 80 foi uma década difícil para os RAMONES, terminando com a saída do baixista Dee Dee Ramone no final da década.

Mas antes disso, o aclamado romancista/escritor e fã supremo dos RAMONES, Stephen King, perguntou se o grupo escreveria uma música tema para a adaptação cinematográfica do seu livro de terror e best-seller, "Pet Sematary".

O que aconteceu foi simplesmente a entrada dos RAMONES na rede mainstream e um dos maiores sucessos na história do rock, tudo como uma bela nota final para encerrar a década infernal para o grupo.

Continua a ser uma marca de sua estima e prestígio punk rock.


Música: "Poison Heart"

Álbum: "Mondo Bizarro" (12º disco, 1992)

À medida que o grupo envelhecia e com o baixista original e principal compositor, Dee Dee Ramone, tendo deixado a banda no final dos anos 80, muitos acreditavam que os RAMONES poderia se desmoronar e encerrar as atividades.

Mas com a entrada de sangue novo, técnica e vocal do baixista CJ Ramone, comprovando a grande reenergização que a banda ganhou quando vieram de uma turnê mundial já com ele no grupo, foi com a música "Poison Heart" que vimos o som da banda se solidificando conforme a entrada deste novo elemento.

Com este impulso de energia, Joey Ramone pôde demonstrar o seu lado mais feroz e é uma viagem de volta ao início de sua carreira - muito perto do fim dela.

Era a banda se tornando sem saber numa peça atemporal de pureza punk rock, mesmo nas brasas agonizantes que viveram na maior parte da carreira.


Música: "I Don’t Want to Grow Up"

Álbum: "Adios Amigos" (14º disco, 1995)

Tudo bem, sabemos que é um cover de Tom Waits...


Lançada no álbum final da banda, esta canção pode muito bem ser o número que definiria o grupo em toda a sua carreira para ter a honra de fechar com chave de ouro.

A música permanece como um lembrete brilhante de um talento que queimou com tanto brilho, mas infelizmente por um tempo muito curto.


Ela vê Joey Ramone entregar os seus vocais únicos em um ritmo alarmante...

Joey era o punk arquetípico e a sua falta será sentida para sempre.








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