top of page
  • by Brunelson

Ramones: a opinião do guitarrista Johnny Ramone sobre o Talking Heads


RAMONES e TALKING HEADS fizeram os seus nomes no famoso clube chamado CBGB e definiram o conceito de New York "cool".

No entanto, o baterista do TALKING HEADS, Chris Frantz, nunca gostou pessoalmente do guitarrista Johnny Ramone e apesar de suas bandas terem se apresentado juntos no próprio clube ou em turnê, a dupla nunca realmente se deu bem.

Johnny sempre foi o mais "certinho" dos RAMONES e não se encaixava muito na ética do movimento punk. Ele era um republicano de direita orgulhoso, o que imediatamente o fez se destacar perante os seus companheiros de banda, já que as suas opiniões políticas não convergiam.

Mas não foi a política que Frantz discordava de Johnny, e sim do seu comportamento em geral.

Devido à sua formação na Escola de Artes, o TALKING HEADS inicialmente lutou para chegar à cena de New York e levaram um tempo para provar que os céticos estavam errados. A cidade tornou-se o centro do punk e embora o grupo não se encaixasse nos critérios punk rock, eles ajudaram a deixar a new wave em voga.

Em contra partida, Johnny Ramone descartava o TALKING HEADS por causa do seu passado e achou que eles eram pretensiosos. Quando as duas bandas excursionaram juntas em 1977 (foto), ele mal disse uma palavra a Frantz e a sua atitude fria deixou uma impressão duradoura no baterista do TALKING HEADS.

Escrevendo como parte do seu livro de memórias, "Remain in Love" (2020), Frantz falou sobre as suas primeiras lembranças formando a banda e a hostilidade que enfrentou no resto da cena. De forma hilária, Frantz também revelou que inicialmente pensou que os RAMONES eram uma banda mexicana, mas uma vez que ele realmente os ouviu, se apaixonou na hora.

No entanto, quando as 02 bandas passaram juntos 07 semanas em turnê pela Europa em 1977, Frantz não gostou muito de sua experiência com Johnny.

"Johnny era um verdadeiro filho da puta", disse ele. O baterista também lembrou como o guitarrista reclamava de tudo, se referia ao monumento Stonehenge como “um monte de pedras antigas” e não gostava da cidade de Paris só porque as pessoas falavam francês.

“Ele era como um tipo de Archie Bunker (personagem fictício de uma série da TV americana)”, disse Frantz uma vez ao jornal britânico The Guardian. "Eu tenho que imaginar que o pai dele deve ter feito uma grande influência em Johnny".

Mais tarde, Johnny Ramone também falou sobre essa turnê e ficou igualmente descontente com o TALKING HEADS. O seu problema decorreu de sua educação e não de suas ações.

Certa vez, Johnny lembrou: “Em abril, partimos para uma turnê de 07 semanas pela Europa com o TALKING HEADS. Foram dois fatores de stress: o TALKING HEADS e a Europa. Estávamos juntos em um ônibus de turnê e eu odiava ficar naquele ônibus. Nós realmente não conversamos muito com eles, quero dizer, eles eram pessoas educadas vindas da faculdade e nós éramos moleques de rua”.

Frantz também lembrou sobre a reação de Johnny Ramone ao saber que o TALKING HEADS iria abrir um show dos RAMONES no clube CBGB.


Ele finalizou: “O proprietário do CBGB, Hilly Kristal, perguntou para Johnny: ‘Tudo bem se o TALKING HEADS abrir para vocês?' E Johnny respondeu: 'Ok, eles podem abrir para nós', mas Johnny só chegou bem perto do final do nosso show e por muito tempo ele pensou que éramos uma droga".








Mais Recentes
Destaques
bottom of page