Rage Against The Machine: Top 07 melhores linhas de baixo de Tim Commerford
by Brunelson
29 de jun. de 2022
5 min de leitura
Tim Commerford é um dos baixistas mais respeitados dos últimos 30 anos.
O groove do baixo por trás de todo o trabalho do RAGE AGAINST THE MACHINE (assim como foi no AUDIOSLAVE com mais progressões e no PROPHETS OF RAGE mesclando os 02 estilos), combina o funk rock com um toque do metal e o seu dinamismo é o que deu ao resto da banda espaço para florescer.
As suas ligações com o baterista Brad Wilk são lendárias e juntos ajudaram a definir o que uma seção rítmica poderia e deveria ser na era moderna.
Seja em seu baixo Fender Jazz ou no Music Man StingRay, Commerford nos deu inúmeras linhas de baixo icônicas ao longo do tempo. É uma prova de seu estilo e habilidade que, assim que uma de suas músicas chega ao ar, você instantaneamente sabe que é ele tocando.
Os seus ídolos no baixo incluem Gene Simmons do KISS, Sid Vicious do SEX PISTOLS, Steve Harris do IRON MAIDEN e Geddy Lee do RUSH, e é justo dizer que ele não decepcionou os seus ídolos. Commerford cultivou um estilo ao longo da história que é tão influente que você ouve o seu trabalho na música alternativa até hoje.
Commerford conheceu o futuro companheiro de banda do RAGE AGAINST THE MACHINE, o vocalista Zack de la Rocha, na 5ª série do colégio e foi quem o apresentou ao baixo pela 1ª vez. Sofrendo muitos traumas quando jovem, incluindo o divórcio dos seus pais, abuso físico de seu pai e a morte de sua mãe por câncer no cérebro quando ele tinha apenas 20 anos de idade em 1988, Commerford encontrou uma saída na música e na poesia.
Ele tocou baixo pela primeira vez na banda JUVENILE EXPRESSION. Depois, ele tocou numa banda de metal de Los Angeles, LOCK UP, que tinha um cara na guitarra chamado Tom Morello.
Quando o LOCK UP se separou em 1991, Commerford e de la Rocha começaram a tocar com Morello. Eles chamaram Wilk, que havia feito o teste sem sucesso para o LOCK UP um tempo antes, mas agora os 04 reunidos era o RAGE AGAINST THE MACHINE. Eles rapidamente começaram a chamar atenção na cena de Los Angeles e assinaram com a grande gravadora em 1992, a Epic Records.
Nesse mesmo ano, eles lançaram o seu álbum homônimo de estreia e o resto da história nós já sabemos. Aparentemente da noite para o dia, Commerford se estabeleceu como um dos baixistas mais essenciais e únicos de todos os tempos, inspirando legiões em seu processo musical.
RAGE AGAINST THE MACHINE lançaria 04 álbuns de estúdio entre 1992 à 2000. Depois, com o AUDIOSLAVE, Commerford gravaria mais 03 álbuns entre 2002 à 2006. Com o PROPHETS OF RAGE ele gravaria 01 EP e 01 álbum de estúdio entre 2016 à 2019.
Mas para a alegria de todos, Commerford está de volta com o RAGE AGAINST THE MACHINE desde 2019 e em iminência de começarem a turnê de retorno pelos EUA - eles já tinham se reunido entre 2007 à 2011 (sem lançar nenhuma música ou material inédito).
Com isso e em forma de homenagem, resolvemos selecionar um Top 07 melhores linhas de baixo de Tim Commerford somente no RAGE AGAINST THE MACHINE, o que se tornou uma árdua e pequena lista (de propósito) para que várias pérolas ainda ficassem de fora do ranking.
Confira em ordem cronológica:
Música: "Bombtrack"
Álbum: "Rage Against The Machine" (1º disco, 1992)
Que abertura de álbum brilhante - tá louco, escutar esse som pela 1ª vez lá em 1992 foi algo que nunca mais vou esquecer.
Ele atrai você com uma progressão silenciosa antes de explodir absolutamente com o grunhido primitivo de Zack de la Rocha. Embora haja muito o que amar nesta canção, incluindo o trabalho de guitarra de Tom Morello, deve ser o trabalho de baixo de Tim Commerford que rouba o show.
Encarnado, forte e infundido com o poder do punk hardcore, não é surpresa que essa música seja elogiada por baixistas em todos os lugares que você vá.
Música: "Killing in The Name"
Álbum: "Rage Against The Machine" (1º disco, 1992)
Nenhuma lista de linhas de baixo de Tim Commerford estaria completa sem a clássica canção "Killing in The Name".
Foi a música que apresentou a banda e Commerford ao mundo. Pesado, extenso e com um groove matador, Commerford equilibra perfeitamente o trabalho de Morello nesse hit atemporal.
Pode não parecer, mas é uma performance multifacetada onde Commerford recebe o crédito pela maneira como ele cola a música, se encaixando sonoramente com a guitarra de Tom Morello e a bateria de Brad Wilk e fornecendo a pulsação perfeita ao coração da canção.
Música: "Take The Power Back"
Álbum: "Rage Against The Machine" (1º disco, 1992)
Esta canção poderia ser a melhor linha de baixo de Tim Commerford.
A maneira como começa lhe provocando, é um golpe eficaz de técnica musical tocando em forma de slap.
Commerford fazendo as suas partes e sempre que a escutamos, parece que nos surpreende de alguma forma. É um belo de um guia para quem quer aprender a tocar baixo.
Música: "Wake Up"
Álbum: "Rage Against The Machine" (1º disco, 1992)
Expansiva, dinâmica e bem na sua cara, aqui é o RAGE AGAINST THE MACHINE por excelência.
A linha de baixo entre a introdução e o riff principal que Commerford entrega é estelar, entrelaçando a canção como um fio de ouro.
Seu trabalho aqui é atmosférico, enérgico e perfeito em fascinantes 06 minutos de música.
Música: "Bulls on Parade"
Álbum: "Evil Empire" (2º disco, 1996)
O single deste 2º álbum iria abalar mais ainda as estruturas e pilares do mainstream.
Uma linha de baixo acelerada por parte de Commerford, você vê que o baixo dele é levado para o próximo nível.
Pesado como um trator, o tilintar de suas cordas dá à música um toque rítmico extra e adicionado ao uso do pedal de distorção, Commerford aumentou a sua fórmula aqui.
Música: "Down Rodeo"
Álbum: "Evil Empire" (2º disco, 1996)
Uma das favoritas dos fãs mais assíduos, esta poderia ser uma das melhores músicas do RAGE AGAINST THE MACHINE - um lado-b totalmente menosprezado.
Aqui, Commerford faz o uso de harmônicos em seus trastes que é icônico, assim como o seu trabalho inspirado na afinação em G.
Há um argumento a ser feito de que esta é realmente a linha de baixo de Commerford, pois vai um passo além do seu trabalho na canção "Take The Power Back''. Seria a mais alta octanagem que ele já lançou, criando uma tensão e ajudando a adicionar uma vantagem à batida da bateria.
É assim que o baixo deve ser tocado... Frontal e beligerante.
Música: "Calm Like a Bomb"
Álbum: "The Battle of Los Angeles" (3º disco, 1999)
A canção onde Commerford realmente chegou com o pedal wah-wah.
Barulhenta e mais parecendo um cenário trancado numa metalúrgica a todo vapor, esta é a música em que Commerford realmente levou o seu baixo ao limite.
Ele e Morello entregam uma paisagem sonora carregada de efeitos em seus pedais de distorção que conseguem dominar todo o resto da música.
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