Queens of The Stone Age: produtor do álbum de estreia relembra quando escutou a canção "Mexicola"
by Brunelson
26 de abr. de 2021
2 min de leitura
Atualizado: 27 de abr. de 2021
O produtor da banda TOOL, Joe Barresi, falou de quando trabalhou no álbum homônimo de estreia do QUEENS OF THE STONE AGE em 1998, dizendo que cobrou barato pelo serviço.
Em entrevista ao programa do jornalista Dean Del Rey, o produtor começou falando sobre como é escutar música em tempos cibernéticos.
Seguem alguns trechos:
“O acesso imediato é bom, às vezes você fica, tipo: ‘Qual era aquela música? Como é o som?', e daí você pode acessar instantaneamente no Spotify ou no Apple Music e escuta da forma que quiser, mas eu ainda compro os álbuns para escutar em casa, sabe?"
“Isso que no meu contrato com as bandas, diz que eu recebo 15, 20 cópias de graça do disco que acabei de produzir, mas eu recebo essas minhas 20 cópias e distribuo para as pessoas e então, vou lá na loja de discos e compro outras 15 cópias porque isso dá suporte à música".
"A gravadora é uma fera totalmente diferente, tipo, eu não conseguia nem imaginar como é o negócio do Spotify, tudo que eu sei é que os royalties de um disco são diferentes".
“Se o dinheiro dos royalties do Spotify entrar, fico muito feliz, mas se não... Você não faz discos pelo motivo de pensar que vai vender cópias, você faz isso porque você quer".
“Na época, eu escolhi trabalhar com o QUEENS OF THE STONE AGE porque Josh Homme (frontman) me disse: 'Hey, cara, estou tentando fazer um acordo, mas ninguém está querendo e eu tenho essas músicas para gravar... Você quer trabalhar nisso?' E eu lhe disse: 'Me envie alguma música para eu escutar'".
“E ele me mandou uma fita cassete, coloquei para tocar e a música 'Mexicola’ começou. Eu falei na hora: 'Estou dentro! Vamos apenas fazer isso. É matador!' E eu fiz isso porque o conhecia e gostava de sua música. Eu poderia ter ganhado U$ 40 mil dólares trabalhando em alguma outra merda de que eu não gostava".
“Eu trabalhei com Josh Homme nesse álbum de estreia e vi o dinheiro saindo direto do bolso dele, centavos por centavos de dólar fazendo uma banda que tinha uma identidade e um som próprio".
“E pra mim, prefiro produzir discos para bandas... Eu sempre fui assim, porque nunca escolhi nada só porque o dinheiro era uma loucura ou porque achava que era a coisa a se fazer”.
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