by Brunelson
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Confira alguns trechos dessa matéria e entrevista realizada agora em 2021, onde o baixista do PEARL JAM começa falando sobre momentos da madrugada em que ele acorda e cria alguma música, seja para o seu trabalho solo ou do PEARL JAM.
“É incrível como às vezes, essas ideias iniciais são quando você está acordando no meio da noite, tipo, talvez 01 em cada 04 vezes pode ser que saia uma ideia decente, mas outras vezes são bem ruins (risos)”.
Ament comentou da alegria que ele tem em compor uma música e letra, dizendo que algumas de suas canções também refletem o seu humor de “garoto da fazenda, das planícies do estado de Montana”.
"Isso é a metade da coisa pra mim... Nesse momento, é como me divertir e encontrar apenas uma pequena pepita de alegria todos os dias fazendo algo do nada. Pode ser uma coisa chata para a maioria das pessoas, mas pra mim é uma força vital”.
O baixista disse que nos últimos meses durante a pandemia, a banda se reuniu apenas como amigos para se reconectar e por um bom motivo: esse é o período mais longo na carreira de décadas da banda que eles não tocam juntos ao vivo.
“Temos muito trabalho pela frente”, lamentou Ament. “Nós nunca tocamos as músicas do álbum 'Gigaton' ao vivo e vamos precisar de 01 semana sólida de 06 horas concentradas por dia tocando apenas essas novas músicas. Existem algumas coisas técnicas, como eu tocando teclado (além da guitarra) na canção ‘Dance of The Clairvoyants’, que serão definidas para que não tenhamos que descobrir o que fazer na hora do show".
“E o resto do nosso catálogo não tocamos há 03 anos. Existe a parte física em que as suas mãos sabem aonde ir automaticamente em muitas das músicas e acho que as canções mais antigas, como ‘Even Flow’ (1º disco, 'Ten') e ‘Corduroy’ (3º disco, 'Vitalogy', 1994), serão mais fáceis de tocar, mas se decidirmos tocar uma música, tipo, ‘Swallowed Whole’, ‘Infallible’ ou até mesmo ‘Pendulum’ (todas lançadas no 10º disco, 'Lightning Bolt', 2013) - qualquer uma desses tipos de música - teremos que trabalhar bastante pra tocar direito”.
“Eu não posso lhe dizer o quanto senti falta de estar com outros músicos”, falou Ament. “Acho que perdi muito com isso mais do que tudo, sabe? Eu sentia falta disso mais do que estar na frente de uma plateia e sinto falta de apenas estar com os caras da minha banda para tirar um som, ouvir uns aos outros e estar numa sala com um baterista, tipo, voltar a tocar música com Matt Cameron é um milagre".
Os 02 discos marcam a 1ª parte da carreira do PEARL JAM e Ament se maravilha com a sobrevivência da banda durante aqueles dias turbulentos em ambos os discos, mais especificamente em 1996, com o baixista dizendo que eles dificilmente conseguiam sentar numa mesma sala para conversar sem entrar em discussão.
“Nós poderíamos facilmente ter terminado a banda naquela época”, falou Ament. “Não estávamos nos comunicando bem, mas de alguma forma demos espaço uns aos outros e continuamos nos concentrando na parte de fazer música e shows. Parte disso foi o que o nosso baterista na época, Jack Irons, trouxe para a banda naquele momento. Ele era uma pessoa muito mais calma e também estava passando pelas suas próprias coisas, mas ele teve um efeito calmante real no estúdio sobre a banda. Esse álbum, 'No Code', e o próximo que gravamos com ele, 'Yield' (5º disco, 1998), possuem impressões bem pesadas e características de Jack Irons. Existem umas 05 ou 06 músicas que, quando você as ouvem, fica pensando: 'Cara, é Jack Irons tocando bateria!' Músicas como 'In My Tree', 'Present Tense' e 'Who You Are' (todas lançadas no álbum 'No Code'), foram criadas em torno das partes de bateria de Jack Irons".
“Você também precisa reconhecer essas coisas de vez em quando”, disse ele, pensativo. “Isso faz você se sentir tão sortudo e faz você querer chegar até os caras da banda e dizer-lhes: 'Hey, bom trabalho, galera, e obrigado por me apoiarem naquela época quando eu não sabia que estava sem leme e vice-versa'".
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