- by Brunelson
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Dave Grohl foi recentemente entrevistado pelo canal britânico da BBC, no programa Reel Stories (foto).
A matéria foi ao ar neste final de semana passado e Grohl conversou por um bom tempo, onde a premissa foi sobre videoclipes na carreira, conhecendo ídolos de infância, NIRVANA, FOO FIGHTERS e muito mais.
“Eu não fico sentado assistindo a filmagens minhas”, ele ri no início. “É um milagre do caralho que qualquer músico se lembre de qualquer coisa dos últimos 25 anos da porra de sua vida!”
Sua mãe influenciou na sua forte ética de trabalho
Em 1988, Dave Grohl estava em turnê pelos EUA tocando bateria na banda SCREAM e ganhando pouco dinheiro: “Eu estava ganhando U$ 7 dólares por dia e voltava da turnê com U$ 120 dólares no bolso e uma vida inteira de memórias”.
Então, ele percebeu que precisava conseguir um emprego e se viu fazendo turnos em pizzarias e depósitos de móveis. Ficar deitado simplesmente não estava na agenda de Grohl, graças à dedicação e determinação de sua mãe.
“Sendo criado por uma professora de escola pública, o salário deles é tipo, nada. É um crime, sabe?”, disse ele. “Então, eu observava a minha mãe passando contas e mais contas para frente, sempre adiando ou prorrogando, mas depois de um tempo, tivemos que desligar o nosso aquecedor, depois cancelamos a nossa linha telefônica, houve corte de energia... Teve algumas noites, tipo: 'O que há para o jantar?' E ela dizia: 'Hmmm, nós temos 02 ovos... Sanduíches de ovo mexido!'"
Mesmo quando tocava com o NIRVANA na TV, ainda não parecia real
A estreia do NIRVANA na TV foi no icônico programa britânico dos anos 90, The Word, onde eles tocaram o hino de uma geração, a música "Smells Like Teen Spirit" (2º disco, "Nevermind", 1991).
Dave se lembra bem desse dia, mas não conseguia compreender o que estava acontecendo na hora.
“Não parecia real”, disse ele. “Quando você é criança, seus pais saem a noite e você fica em casa sozinho, brincando com os seus brinquedos e via 'aquela' banda tocando na TV. De uma forma estranha, com o NIRVANA éramos nós 'aquela' banda que estava tocando rock na TV".
Dave Grohl teve que recalibrar toda a sua vida depois da morte de Kurt Cobain
Ao falar sobre a morte de Kurt Cobain, Grohl menciona que "retrospectiva pode ser uma lente embaçada" e que é importante manter as memórias que você possui daquele tempo, em vez do que está sendo focado anos depois.
Mas quando ele se encontrou num mundo sem um de seus amigos mais próximos, Grohl era uma espécie de alma perdida, admitindo: "Eu realmente não tinha um plano de vida. Quando tudo está meio que virado de cabeça pra baixo e abalado assim, você simplesmente acorda todos os dias pensando: 'Quem sou eu, onde estou, o que estou fazendo?'"
Uma viagem à Irlanda o inspirou a continuar na música
Após a morte de Cobain, Dave Grohl foi para a Irlanda para escapar do mundo ao seu redor. Enquanto dirigia o seu carro alugado “no meio do nada”, ele viu uma pessoa pedindo carona e vestindo uma camisa de Kurt Cobain, o que foi um choque poderoso para o baterista do NIRVANA.
Quando foram expulsos de um programa de TV
Mas quando o FOO FIGHTERS subiu ao palco, eles acabaram sendo expulsos logo depois de sua apresentação.
“Eles queriam que tocássemos a música tal e nós queríamos tocar outra música, o que foi uma grande falta de comunicação”, disse Grohl com o seu sorriso. “E eu pensei: 'Ok, vou ficar na frente do microfone e não dizer nada além de ‘foda-se, foda-se’ o tempo todo”.
Foo Fighters se inspirou no QUEEN para o Live Earth
Esta seria a primeira apresentação do FOO FIGHTERS no principal estádio do Reino Unido. Tocar ao lado de todos, de BEASTIE BOYS, METALLICA e vários artistas pop, foi um grande show para Dave Grohl.
“Imaginei que seríamos os primeiros a se apresentar porque éramos os menos populares de todas as bandas e artistas”, disse Grohl. “Cheguei lá, olhei a programação e iríamos nos apresentar depois do METALLICA, GENESIS e artistas pop".
“Você tinha somente 25 minutos de palco, então, olhamos um para o outro e falamos: 'Ok, vamos fazer aquela coisa que o QUEEN fez no Live Aid em 1985, apenas tocar as músicas que as pessoas conhecem, uma atrás da outra".
Demorou anos para superar as suas inseguranças como frontman
Embora o "cara mais legal do rock" possa parecer a pessoa mais confiante na sala, ele nem sempre esteve a vontade.
“Por anos fiquei tão constrangido no palco, tipo: 'Eu sei que não pareço bem, mas como estou? Como faço para segurar a minha guitarra? Eu faço assim? Como faço para andar no palco com ela?'”, ele lembrou.
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