Billy Corgan: como o frontman do Smashing Pumpkins tinha consertado seu relacionamento com Kurt Cobain?
by Brunelson
2 de jul
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Atualizado: 7 de jul
O relacionamento entre Billy Corgan (frontman do SMASHING PUMPKINS) e Kurt Cobain (frontman do NIRVANA) era no mínimo curioso.
Tendo tido um breve caso romântico em 1991 com a esposa de Cobain, Courtney Love, antes dela começar a namorar Cobain, Corgan estava amplamente ressentido por não apenas ter perdido sua namorada, mas por ter sido para seu concorrente mais próximo ao longo da carreira.
Corgan e Cobain não se falavam há muito tempo, mas enquanto seus sentimentos por Love sempre variaram de afetuosos a totalmente odiosos, seu relacionamento com Cobain, apesar de interrompido, pareceu melhorar e permaneceu assim até seu falecimento em 1994.
SMASHING PUMPKINS e NIRVANA não estavam exatamente sempre na mesma linha criativa, mas frequentemente tentavam atrair a mesma base de fãs com suas interpretações contemporâneas sobre como o rock deveria soar, onde ambos fizeram parte da explosão do grunge no começo dos anos 90 e cada um levando sua bandeira do que fazia com o rock alternativo. Não era necessariamente uma rixa verbal ou física, mas Corgan via Cobain como um concorrrente e alguém que o havia inspirado a sempre tentar um pouco mais.
Os 02 primeiros álbuns do SMASHING PUMPKINS, "Gish" (1991) e "Siamese Dream" (1993), foram lançados nos mesmos anos que os álbuns do NIRVANA, "Nevermind" (2º disco, 1991) e "In Utero" (4º trabalho de estúdio, 1993), sendo que os álbuns do NIRVANA venderam mais do que qualquer disco de qualquer banda da época. Isso não foi algo que causou amargura entre as 02 partes, mas continuamente empurrou Corgan a ser cada vez mais ambicioso com suas composições (conforme ele mesmo já disse em entrevista) e se tornando um aventureiro sonoro.
No entanto, apesar de haver uma certa rivalidade em andamento, devido também à proximidade ocasional de Corgan com Love, os 02 vocalistas eventualmente conseguiram consertar suas diferenças e se tornaram cordiais um com o outro no final da vida de Cobain.
Quando Corgan foi entrevistado no podcast de Allison Hagendorf em 2024, ele se abriu sobre essa mudança repentina na dinâmica entre ele e Cobain, dizendo que raramente fala em público sobre como eles consertaram seu relacionamento: “Perto do fim da vida dele, nós meio que fizemos essa paz estranha. O que quer que fosse pareceu ir embora e foi muito legal e amigável”.
Corgan rapidamente acrescentaria de uma forma bem contemporânea que eles não se tornaram "melhores amigos para sempre" e que ele nunca se referiria ao relacionamento deles como tendo sido assim, mas que houve uma diferença notável em seu relacionamento: “Não estou dizendo que sentamos lá e conversamos sobre a lua e as estrelas, mas foi de: ‘Eu não gosto de você e eu sei que você definitivamente não gosta de mim’, para ‘Como você está? Está tudo bem, sim, estamos bem’. Fomos apenas profissionais”.
À medida que o vínculo deles se aproximava gradativamente, a trágica notícia da morte de Cobain enviaria ondas de choque pelo mundo da música e Corgan foi um dos primeiros a descobrir sobre seu falecimento.
Relembrando o momento em que ouviu a notícia, ele finalizou: "Acho que estávamos fazendo um show no Estado da Louisiana naquela noite. Depois da nossa apresentação, eu atendi o telefone no meu quarto de hotel e era meu empresário me dizendo: 'Kurt Cobain está morto'. Eu chorei, isso que não sou de chorar, sabe? Mas eu chorei abertamente".
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