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  • by Brunelson

Steve Albini: “Nirvana tinha deixado de serem surfistas de sofá para serem a maior banda do mundo"


Dave Grohl e Krist Novoselic falaram sobre a desorientadora ascensão da banda à fama com a explosão global do álbum "Nevermind" do NIRVANA: "Éramos crianças", em entrevista para o podcast do apresentador de auditório da TV americana, Conan O'Brien.


Passar do underground para a fama no nível de Michael Jackson da noite para o dia é alucinante para qualquer um, mas para os desalinhados punk rockers de 20 e poucos anos de idade do NIRVANA foi ainda mais desorientador e transformador do que eles jamais poderiam ter imaginado.

Em uma prévia exclusiva pela Billboard da entrevista ao podcast que foi realizada para promover o relançamento do álbum "In Utero" do NIRVANA que está fazendo 30 anos de vida, Dave Grohl (baterista), Krist Novoselic (baixista) e Steve Albini (produtor do disco "In Utero"), falaram sobre diversos assuntos dessa era (foto) e também relembraram o começo do NIRVANA como uma banda fazendo turnês por conta própria em uma van ao fenômeno que virou com o lançamento do álbum "Nevermind".

O apresentador O'Brien admitiu que era um grande fã quando o NIRVANA surgiu no mainstream, dizendo mais tarde sobre o disco "In Utero": “Na época, me lembrei que as músicas desse álbum – e digo porque eu era um grande fã – poderiam servir como música de fundo para filmes de terror, o que eu relacionava com a estranheza de eu estar iniciando um show noturno na TV de completa obscuridade”.

“Isso é semelhante à experiência do NIRVANA, eu imagino”, disse Grohl, que lembra que tinha apenas 21 anos de idade quando a banda de repente se tornou massiva em 1991, após o lançamento do seu 2º álbum de estúdio e o 1º por uma grande gravadora, "Nevermind".


Para contextualizar, Novoselic tinha 25 anos e Cobain tinha 24: “Éramos crianças e quando você fala sobre a quantidade de tempo que passou, pra mim, não é tanto sobre os anos que se passaram, é sobre as experiências que simplesmente levamos, uma após a outra, passando de 03 crianças que basicamente moravam ou viajavam em uma van para se tornarem uma grande banda”, disse Grohl.

O baterista do NIRVANA também falou que o disco divisor da sonoridade do NIRVANA foi "In Utero" (4º e último trabalho de estúdio, 1993), que se transformou em uma “desconfortável trilha sonora” daquela transição da obscuridade para o escrutínio intenso, com a banda vivendo em um “mundo totalmente diferente” durante as sessões de gravação desse álbum do que havia sido 02 anos atrás gravando o disco "Nevermind".

Tentando colocar o salto em perspectiva, Novoselic disse que a gravadora do NIRVANA, Geffen Records, tinha expectativas tão modestas para o álbum "Nevermind" que inicialmente imprimiu 50 mil cópias. Na entrevista, O'Brien acrescentou que conversou com alguém que trabalhava na gravadora na época e observou que, quando o single da música “Smells Like Teen Spirit” explodiu, a Geffen Records teve que parar de imprimir cópias de discos de todos os seus outros artistas contratados, para que desse conta e prioridade para o álbum "Nevermind".

O período de 03 anos entre as gravações do disco "Nevermind" e a morte de Kurt Cobain, pareceu “10 anos” de acordo com Novoselic, com Albini dando uma "cutucada" no turbilhão caótico do grupo ao descrever como o NIRVANA deixou de serem “surfistas de sofá para serem a maior banda do mundo e de todos os tempos”.

É importante notar que Cobain era um admirador declarado dos BEATLES e que o vídeo retro da canção “In Bloom” (2º disco) era uma homenagem à Beatlemania.

O'Brien também comentou de quando o NIRVANA liderava as paradas no mundo inteiro, chegando em 1º lugar no ranking da Billboard em janeiro de 1992, tirando Michael Jackson do topo.

Grohl finalizou, dizendo que a "bolada" de dinheiro com o álbum "Nevermind" não veio da noite para o dia, mas que de repente o valor de sua diária passou a ser de U$ 15 dólares - o suficiente para 02 maços de cigarros.





“Smells Like Teen Spirit”


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