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  • by Brunelson

Smashing Pumpkins: qual a música que Billy Corgan tocou guitarra até sangrar os dedos?


Apesar da turbulência que os cercaram durante o apogeu, os membros originais do SMASHING PUMPKINS permaneceram juntos como uma unidade criativa por muito mais tempo do que qualquer um imaginava.

Por mais de 01 década, o núcleo de Billy Corgan (vocalista/guitarrista), James Iha (guitarrista), D'arcy Wretzky (baixista) e Jimmy Chamberlin (baterista, todos membros fundadores), criou 03 dos mais célebres álbuns na história do rock'n roll.

Enquanto lidavam ao mesmo tempo com traição passional, drama romântico, problemas de saúde mental e vício em drogas, o fato de que este grupo fez muita coisa junto é um milagre por si mesmo.

Sabemos que não é segredo pra ninguém o papel de Corgan como o ditador não tão benevolente da sua banda. Ao longo de grande parte da gravação dos álbuns "Gish" (1º disco, 1991) e "Siamese Dream" (2º disco, 1993), Corgan tocou quase todas as partes de guitarra e baixo em favor de sua própria execução, cujos resultados aumentaram as já palpáveis tensões dentro do grupo.

Além de Iha e Wretzky estarem lidando com as consequências do fim de seu relacionamento romântico, sendo que ambos possuíam uma posição adversa a Corgan, que era controlador e exigente durante toda a produção dos álbuns.

No entanto, um elemento que Corgan não conseguia criar sozinho era a bateria.


Felizmente ele tinha Jimmy Chamberlin, um baterista de ritmo feroz com as nuances de jazz e o poder de John Bonham. Infelizmente, Chamberlin estava lidando com um grande vício em drogas nos anos 90, que o faria desaparecer por dias sem que a banda soubesse do seu paradeiro de tempos em tempos.

O produtor dos 02 primeiros discos do SMASHING PUMPKINS, Butch Vig, havia revelado numa entrevista ao site Prosound em 2017: “Desde o primeiro dia, Jimmy Chamberlain teve problemas com traficantes de drogas e alguns malucos que ele conhecia em clubes ou na rua, onde ele convidava essas pessoas para irem ao estúdio durante as gravações”.

“Sabe, dei a eles 01 ano e meio para se prepararem para gravarem o álbum 'Siamese Dream'... Estou cercado por essas pessoas de quem me importo muito, mas elas continuam falhando comigo”, assumiu Corgan para a revista Spin em 1993.

"Siamese Dream" foi realmente um disco em que o SMASHING PUMPKINS colocou o seu sangue, suor e lágrimas... O segredo é que funcionou.

O álbum levou a banda dos clubes undergrounds de Chicago para o frenesi alternativo mainstream, acotovelando-se com grupos como NIRVANA e PEARL JAM. As histórias do governo autocrático de Billy Corgan e sua sincera opinião (e flechadas recebidas e devolvidas à mídia feito um bumerangue), deram a ele uma reputação negativa entre os jornalistas, mas quem se importa?

Como resultado, SMASHING PUMPKINS simplesmente ainda lançaria o álbum duplo que mais vendeu cópias na história do rock, "Mellon Collie and The Infinite Sadness" (3º disco, 1995). Durante esse álbum, Corgan afirmou mais tarde ter usado a "técnica" de derramamento de sangue sobre si mesmo para a gravação da música "Fuck You (An Ode to No One)", onde tocou o solo até que os seus dedos sangrassem.

O núcleo do SMASHING PUMPKINS implodiria em 2000, mas Corgan e Chamberlin continuariam a tocar juntos na banda ZWAN e no retorno do SMASHING PUMPKINS em 2007.

Depois de sair em 2009 e retornar em 2015, Chamberlin está no grupo até hoje junto com o guitarrista James Iha, que vinha retornando esporadicamente em alguns shows no ano de 2016.

Com o retorno dos membros originais (somente a baixista D'arcy não voltou), SMASHING PUMPKINS já lançou 02 álbuns de estúdio e o 11º disco da banda já está em processo de gravação.


"Fuck You (An Ode to No One)"


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