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Pink Floyd: a música da banda que era alta demais para Roger Waters cantar

  • by Brunelson
  • há 4 horas
  • 3 min de leitura

Artistas geralmente não têm problemas em dar vida a uma visão artística, transformando uma ideia em uma realidade brilhante e encorpada.


Mas há momentos em que até mesmo os melhores em fazer isso se desfazem, como por exemplo, Roger Waters (vocalista/baixista), quando em sua pompa como líder do PINK FLOYD se pegava coçando a cabeça ocasionalmente.


É inevitável que sem Waters se apresentando e se elegendo para suceder Syd Barrett (vocalista/guitarrista/compositor original) como líder da banda, eles não teriam invadido a área singular que produziu clássicos impermeáveis ​​ao tempo, como os álbuns "The Dark Side of The Moon" (8º disco, 1973) e "Wish You Were Here" (9º disco, 1975). 


E embora ele inicialmente tenha assumido a responsabilidade de dirigir o navio, esse foi um momento crucial para ele e para a banda.


A ascensão de Waters colocou o PINK FLOYD em um curso diferente. Embora o mundo musical de Barrett fosse fantástico e tivesse mais em comum com a essência narcótica da coisa e outras peças de literatura surreal que a contracultura estava revisitando na época, o estilo de Waters era muito mais baseado na vida real. Pode ter levado alguns anos para ele se concentrar nos aspectos que funcionavam, mas Waters e o resto do grupo foram inspirados pelos grandes compositores da época, como Bob Dylan e John Lennon, assim como suas grandes investigações sobre a natureza humana, sociedade e política. Isso, fundido com a propensão sonora do PINK FLOYD para uma música abrangente e progressiva, resultou em uma mistura impressionante.


Não há dúvidas de que o álbum "The Dark Side of The Moon" é uma das explorações mais comoventes da existência humana que a música já viu. Apesar de Waters cinicamente afirmar que o auge absoluto do sucesso que alcançou significava que era essencialmente o começo do fim para a banda, eles ainda tinham muito na manga para mostrar. Seu disco sucessor, "Wish You Were Here", continuou esse exame potente da psicologia humana usando o triste declínio de Barrett e sua dispensa pelos próprios colegas de banda como sua peça central.


Como prova do escopo de Waters, a saúde mental não foi o único tema. Ele também descreveu a alienação e criticou a avareza corporativa inerente ao negócio da música. E uma das canções mais explícitas sobre isso do álbum "Wish You Were Here" foi "Have a Cigar", algo como um ancestral espiritual da canção "Money" lançada no álbum anterior. Ele continuaria a abrir essa brecha na cerca que os rodeavam e preparou o cenário para os álbuns seguintes, "Animals" (10º disco, 1977) e "The Wall" (11º disco, 1979).


Apresentando um groove indiscutível, a música "Have a Cigar" é a mais direta do álbum, onde a banda não deixa nada ao acaso. Ela também se destaca por outro motivo, apresentando a lenda do folk e amigo da banda, Roy Harper, levando o vocal principal.


Mesmo que o grupo estivesse contente com esta canção, nem Waters e nem David Gilmour (vocalista/guitarrista) ficaram felizes com suas tentativas de cantar a expressiva linha vocal, tentando separadamente e depois como um dueto. Como Harper também estava no Abbey Road Studios gravando seu álbum e já havia feito sua participação especial cantando na ponte da música, eles pediram que ele cantasse também a voz principal.


Anos mais tarde em entrevista, Waters relembraria desta canção e explicaria que ela era muito alta para ele cantar, concluindo: "É alta demais para cantar e eu precisaria fazer uma série de exercícios vocais antes de tentar fazer isso".


No entanto, em seu estilo tipicamente espinhoso, Waters disse que não gostou da performance de Harper. Ironicamente, seu raciocínio era que ele queria que o vocal fosse mais "vulnerável" e "menos cínico".


"Have a Cigar"


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