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  • by Brunelson

Tom Morello: escolhendo a principal banda e disco do rock alternativo, "salvou o hard rock"


Antes do NIRVANA, as crianças e adolescentes no início dos anos 90 tinham pouco do que se identificar e orgulhar em termos de hard rock.

Enquanto algumas bandas com um legado gigante ainda a entregar, como o METALLICA e MEGADETH, estavam começando a ver algumas de suas maiores músicas naquela época, a maioria dos grupos mais novos dos anos 80 vinham da região de Sunset Strip, em Los Angeles, cada um com a sua marca glam metal estampada.

Mais ou menos nessa mesma época em que esses grupos comandavam as ondas sonoras, um tal de Tom Morello estava querendo misturar rap com rock em sua guitarra, formando o RAGE AGAINST THE MACHINE.

E embora Morello estivesse em dívida com o hard rock que veio antes dele, com grupos como LED ZEPPELIN e BLACK SABBATH, ele apontou para uma banda da mesma região da Califórnia em que ele morava e que realmente o inspirou.

Quando perguntado sobre algumas de suas bandas favoritas, Morello também citou o JANE'S ADDICTION como uma das razões pelas quais ele continuou perseguindo o rock'n roll em sua vida.


Sendo entrevistado uma vez pela revista Spin, ele disse: “JANE'S ADDICTION salvou e redimiu o hard rock com a sua música. A banda abraçou abertamente riffs de metal ousados, fundiu-os com arte underground e uma brilhante poesia das ruas, criando uma liga sem precedentes de grandeza do rock'n roll”.

Embora o JANE'S ADDICTION possa ter uma dívida mais com o funk rock do que com o hard rock, a sua marca ainda está viva em tudo que Morello tocou na guitarra.

No disco homônimo de estreia do RAGE AGAINST THE MACHINE lançado em 1992, ele abordou riffs como o guitarrista Dave Navarro do JANE'S ADDICTION fazia, nunca se envergonhando do seu talento inato ou capacidade de canalizar Tony Iommi (guitarrista do BLACK SABBATH).


Apesar de suas diferenças de marca registrada, algo como a música "Mountain Song" do JANE'S ADDICTION poderia facilmente ser um aquecimento para o que viria alguns anos depois na canção "Bombtrack" do RAGE AGAINST THE MACHINE.

E uma das maiores influências que o JANE'S ADDICTION ofereceu ao RAGE AGAINST THE MACHINE teve pouco a ver com a sua música.


Enquanto a maioria dos grupos estavam pulando para o que estava na moda na época, a dedicação do JANE'S ADDICTION em serem eles mesmos sensibilizou todas as bandas underground alternativas, procurando criar a sua própria identidade em vez de explorar o que havia sido feito antes.


Morello abraçou essa mentalidade de todo o coração, usando os seus solos de guitarra mais como quebras de ruído e muitas vezes empregando diferentes pedais de efeitos a sons aleatórios, tudo para criar uma cacofonia de ruído sobre uma base rítmica.

O ângulo da poesia de rua sem dúvida também influenciou o vocalista do RAGE AGAINST THE MACHINE, Zack de la Rocha. Mesmo o JANE'S ADDICTION não sendo um grupo abertamente político, o seu hábito de falar sobre questões reais era exatamente a mesma coisa que de la Rocha colocaria em todas as músicas do RAGE AGAINST THE MACHINE.

Não exatamente um cantor, mas a forma rap única de la Rocha deve ter mexido com muitos poetas do que em qualquer outra pessoa, apontando o dedo para homens corruptos no poder que permitem que injustiças aconteçam em todo o mundo.

Embora as 02 bandas vivessem fora dos gêneros convencionais da época, muitos adolescentes tinham um respeito saudável pelo que esses grupos eram ousados em fazer, com o vocalista do JANE'S ADDICTION, Perry Farrell, criando o Lollapalooza Festival e o RAGE AGAINST THE MACHINE inspirando uma próxima legião de bandas com o seu rapcore.

Morello finalizou falando sobre o álbum de estreia do JANE'S ADDICTION, "Nothing's Shocking" (1988), e o impacto que causou nele: “A da linda canção acústica, 'Jane Says', às ruminações de Jim Morrison na música 'Pigs in Zen' e a esmagadora canção 'Mountain Song', elas lançaram toda a nação Lollapalooza. Esse álbum tem romance, misticismo, visão profunda e na minha humilde opinião, continua sendo o maior álbum do rock alternativo até hoje".





"Pigs in Zen"





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