- by Brunelson
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RAGE AGAINST THE MACHINE estava para fazer um retorno glorioso antes que a pandemia de coronavírus destruísse os seus planos.
O grupo estava pronto para subir ao palco do Coachella Festival em abril de 2020, antes que o festival fosse adiado após a eclosão pandêmica. Agora, com o seu retorno em frangalhos, tudo o que nos resta é revisitar alguns dos momentos clássicos na sua carreira.
Como muitos atos fatídicos antes deles realizados no mesmo programa, RAGE AGAINST THE MACHINE seria punido por divulgar as suas opiniões políticas no aclamado programa noturno de TV.
RAGE AGAINST THE MACHINE desafiava a autoridade desde o seu primeiro show em 1991. O grupo nasceu da angústia ardente de uma geração subestimada e "fracassada", onde eles não se intimidavam em apontar o dedo (invariavelmente o do meio) para os seus opressores e chamar atenção para que todos pudessem ver.
Em 1996, com o hype do grunge desacelerando aos poucos, a banda ascendeu à voz de uma geração cada vez mais turbulenta, que pretendia deixar as suas vozes serem ouvidas de todas as maneiras que pudessem.
Quando o grupo foi convidado para se apresentar no Saturday Night Live em 13 de abril de 1996 (foto), as sobrancelhas foram levantadas pelos fãs leais de ambos os lados. Embora o programa sempre tenha estado na vanguarda da comédia e da música, ele realmente preferia que a política fosse deixada de fora de qualquer apresentação musical, com o seu "banimento vitalício" de Elvis Costello por seu mini protesto sendo uma prova disso.
Considerando que a maioria da popularidade do RAGE AGAINST THE MACHINE foi conquistada diretamente por causa do seu ponto de vista político e obstinado, certamente um choque de culturas estava prestes a acontecer, não importasse o que fosse.
Para piorar as coisas, nessa noite em particular o apresentador convidado do programa era ninguém menos que o bilionário e então candidato presidencial, Steve Forbes. Era uma receita de destruição à qual o RAGE AGAINST THE MACHINE queria adicionar aos seus próprios ingredientes. De acordo com o guitarrista Tom Morello: “A banda queria ficar em justaposição nítida a um bilionário contando piadas, promovendo o seu imposto fixo e dando a entender que a declaração dele fosse o nosso ponto de vista".
A banda fez a sua declaração política pendurando deliberadamente bandeiras americanas de cabeça pra baixo em seus amplificadores, enquanto subiam ao palco para apresentar a música "Bulls on Parade" (2º disco, "Evil Empire", 1996). Embora possa parecer um pouco inofensivo para os padrões da banda, foi o suficiente para enfurecer os produtores patrióticos presentes naquela noite, ordenando que os auxiliares de palco fossem enviados para remover as bandeiras.
Depois que as bandeiras foram retiradas e a 1ª apresentação da noite concluída com a canção "Bulls on Parade", os funcionários do programa se aproximaram ao RAGE AGAINST THE MACHINE e ordenaram que eles deixassem o prédio imediatamente.
Mas as coisas não seriam assim tão fáceis para os executivos do programa...
Em vez disso, ao ficar sabendo de sua expulsão do prédio, o baixista Tim Commerford invadiu o camarim de Forbes jogando pedaços da bandeira recentemente rasgada enquanto caminhava adentro.
Mais tarde em entrevista, Morello disse que os membros da equipe do Saturday Night Live “expressaram solidariedade com as nossas ações e uma sensação de vergonha por terem censurado a nossa apresentação”.
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