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  • by Brunelson

Lemmy Kilmister: "os Ramones eram gênios"


Ao longo de sua vida, Lemmy Kilmister nunca mediu as suas palavras.


A cada minuto que ele estava no palco sendo o vocalista e baixista do MOTORHEAD, os fãs sabiam que nunca iriam receber alguma besteira de Kilmister falando sobre o estilo de vida de estrela do rock, embalado ao som da velha escola do rock and roll.


E embora o estilo musical do MOTORHEAD possa ter sido um pouco chocante para a época, fez mais sentido ainda quando a revolução punk rock começou na 2ª metade dos anos 70.

Mesmo chegando a fazer um cover da clássica música do SEX PISTOLS, "God Save The Queen", Kilmister mantinha mais o seu respeito ao punk rock voltado para os criadores do gênero, os RAMONES.

Os membros dos RAMONES nasceram em um dos bairros mais largados de New York na época, o Queens, onde montariam a sua banda querendo tocar aquele rock and roll da velha escola em uma velocidade vertiginosa, pegando as canções de amor dos adolescentes e injetando adrenalina nelas.

Há um tempo atrás sendo entrevistado pela revista Spin, quando questionado sobre o movimento punk rock, Kilmister admitiu que existia uma boa chance na época de que o MOTORHEAD pudesse ter sido confundido com o punk: “Se você não tivesse visto o nosso visual como éramos, teria pensado que éramos uma banda de punk rock. Eu me lembro de ir ao clube Roxy em Los Angeles numa certa noite só para ver o que era aquela coisa punk que todos falavam. De repente, uma coisa atrás de mim falou: 'Eu costumava vender ácido LSD nos shows da banda HAWKWIND'. Me virei e era Johnny Rotten (vocalista do SEX PISTOLS)".

Embora Kilmister adorasse a estética do SEX PISTOLS, ele se relacionava mais era com o som dos RAMONES, elaborando que: “Os RAMONES eram gênios. Joey (vocalista) tinha um faro especial para o rock 'n' roll. Eu me dei bem com Joey e Dee Dee (baixista), e você sabe, Johnny (guitarrista) não era tão amigável, mas ele nunca foi mesmo, mas com os outros dois da banda me dei muito bem”.

Também houve admiração mútua entre as lendas do punk rock, com Joey Ramone lembrando o momento quando o MOTORHEAD escreveu uma música chamada "Ramones" e lançou no álbum "1916" (9º disco, 1991), descrevendo como "a maior honra da minha vida, como se fosse John Lennon escrevendo uma música pra você".





Embora Kilmister continuasse sendo um fã dos RAMONES, ele não tinha o mesmo amor por outras bandas punk como o THE CLASH, por exemplo, que ele achava que soava como "música de gente velha vestida de punk".


Kilmister sempre teve um respeito gigante pelos RAMONES e ficou arrasado quando soube das mortes de Joey (2001) e Dee Dee Ramone (2002), lembrando: “Quero dizer, as mortes de Joey e Dee Dee foram separadas por 01 ano mais ou menos? Ridículo. Sabe, de certa forma eu acho que eles meio que morreram quando Dee Dee foi embora da banda em 1989. Acho que isso prejudicou Joey, porque ele não tinha amigos na banda naquela época”.

Embora Kilmister insistisse que o MOTORHEAD era uma banda de rock and roll, ele sempre gostou da energia bruta por trás do punk rock que o seu grupo emanava. Apesar de ter sido adotado pela multidão do heavy metal ao longo do caminho, Kilmister sempre procurou manter as suas credenciais punk.


Kilmister concluiu: “Os punks nos amavam. A única razão pela qual não estávamos inseridos no mesmo lote era porque tínhamos cabelo comprido, então e obviamente, éramos rotulados como heavy metal. Esse era o pensamento naquele tempo, mesmo muitas crianças punk nos ouvindo e sem terem visto ainda uma foto nossa”.


"Ramones"


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