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  • by Brunelson

Flea: baixista do Red Hot Chili Peppers cita o disco punk rock "espiritual" que mudou a sua vida


Mais conhecido como o baixista e um dos membros fundadores do RED HOT CHILI PEPPERS, Flea ganhou destaque na década de 80 tornando-se rapidamente um nome significativo na indústria da música. Ao longo dos anos, o músico também tocou com vários artistas e bandas populares, de JANE'S ADDICTION a Johnny Cash, além de ter formado supergrupos paralelos.


E apesar de suas contribuições para o rock'n roll, Flea não foi criado em seu próprio gênero em que atua com o RED HOT CHILI PEPPERS.

O seu padrasto, Walter Urban, era um músico de jazz que o apresentou ao trabalho de artistas como Miles Davis. Em pouco tempo, ele ficou obcecado por jazz, embora os seus colegas de escola muitas vezes o fizessem se sentir um "estranho" devido aos seus gostos diferentes dos demais.

No entanto, Flea acabou descobrindo o amor pelo rock e pela música punk rock depois de fazer amizade com Anthony Kiedis e Hillel Slovak (vocalista e o 1º guitarrista do RED HOT CHILI PEPPERS), onde todos se agruparam para formar o RED HOT CHILI PEPPERS em 1983 junto com o baterista Jack Irons. Infelizmente, Slovak faleceria em 1988 após um intenso vício em heroína.

Conversando com a revista Rolling Stone em 2012, Flea explicou como Slovak o inspirou a aprender a tocar baixo: “Eu nunca teria tocado baixo se não fosse por Hillel Slovak. Eu era um trompetista de jazz e ele me disse: 'Cara! Você deveria aprender a tocar baixo e estar na minha banda'. Duas semanas depois, estávamos tocando no palco do clube Troubadour em Los Angeles”.


A influência de Slovak e Kiedis levou Flea a descobrir gêneros mais pesados, como o punk rock, que influenciou drasticamente a sua abordagem para escrever canções. Ao ser entrevistado uma vez pelo podcast do lendário produtor Rick Rubin - que produziu a maioria dos álbuns do RED HOT CHILI PEPPERS - Flea falou também sobre as suas origens musicais.

Depois de conversarem sobre o que era considerado legal e não legal para escutar quando eram adolescentes, eles começaram a falar sobre a transição de Rubin de ouvir muito hard rock para o punk rock. Conversando sobre a onda de bandas punk americanas no final dos anos 70 e início dos anos 80, Rubin disse: "Foi uma época realmente emocionante na música".

Flea entrou na conversa, explicando como o punk rock era: “Ofensivo para as pessoas que apreciavam boa música. As pessoas inteligentes e sensíveis achavam tudo aquilo uma piada ridícula, vendo bandas punk cuspindo na cara de tudo que havia de bom na música”.

A partir daí, Flea revelou que o único álbum de estúdio da banda THE GERMS, "GI" (1979): “Mudou completamente a minha vida e a minha visão do que era música”.

Detalhando ainda mais, ele continuou: “Eu tive uma experiência espiritual ouvindo esse disco, como aquela coisa de sair do corpo, sabe? Apenas mudou para sempre a maneira como vejo a música. De repente, a música não era mais notas e não ter que aprender a tocar bem. Não foi nada além de: tudo o que importa é a sua motivação, seu sentimento e expressar o seu coração de uma forma que é uma libertação”.

THE GERMS foi uma banda de curta duração cujo único álbum foi produzido por Joan Jett, vocalista/guitarrista do THE RUNAWAYS. Essa roupagem punk era cobiçada por Kurt Cobain, que acabaria recrutando o guitarrista do THE GERMS, Pat Smear, para entrar no NIRVANA em 1993 - o mesmo que iria ser o guitarrista do FOO FIGHTERS.

Embora o THE GERMS tenha lançado apenas o álbum "GI", agora esse disco é considerado uma gravação punk essencial dos anos 70 e a sua influência evidentemente inspirou Flea a abordar a música com emoção ao invés de somente com uma técnica restrita.

Ao fazer isso, Flea e os seus colegas do RED HOT CHILI PEPPERS apenas criaram alguns dos álbuns do rock alternativo e funk rock mais amados na história do rock'n roll.



"Lexicon Devil" (Disco: "GI")


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