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by Brunelson

Nirvana: como Dave exorcizou a sua alma com a morte de Kurt Cobain?


Em entrevista para o site Hot Press, Dave Grohl falou de quando passou um tempo na Irlanda, logo após a morte de Kurt Cobain em 1994 para tentar colocar a sua cabeça no lugar - embora ele tenha dado carona para uma rapaz que estava vestido com uma camisa do NIRVANA.

"A experiência no NIRVANA foi um turbilhão, sabe? Tudo aconteceu tão rapidamente e explodimos no cenário sem nenhum aviso prévio, e então, simplesmente tudo desapareceu. A minha vida mudou tanto que eu tinha que encontrar algo para me manter para não cair em depressão. Uma vez que o NIRVANA havia acabado, eu não conseguia mais me imaginar pisando num palco ou sentar-me num banquinho de bateria para tocar. Isso só me traria de volta ao lugar doloroso que foi em perder Kurt".

"Durante muito tempo senti que a música ia acabar com o meu coração novamente. Então eu percebi que na verdade, a música era a única coisa que iria me curar. Eu estava gravando canções por conta própria há anos sem nunca tê-las tocadas para ninguém. Pensei que ir ao estúdio que tinha no final da minha rua seria um processo terapêutico e não pensei que aquelas gravações se tornariam um dia numa banda - e caralho, com certeza não pensava que seria uma banda por mais de 20 anos".

"Você tem que entender que para mim, o NIRVANA é muito mais do que para você. Foi uma experiência realmente pessoal, sabe? Eu era uma criança e nossas vidas foram levantadas e depois viradas de cabeça pra baixo, e então, os nossos corações foram quebrados quando Kurt morreu. A coisa toda é muito mais pessoal do que o logotipo, as camisas ou a icônica imagem da banda".

"Eu senti que tinha que continuar na música para exorcizar algo de dentro da minha alma. Desde os primeiros dias, a intenção de montar o FOO FIGHTERS foi sempre de manter a bola rolando como músicos, como seres humanos e como amigos. Para sentir que a vida continua em frente e ainda nos sentimos assim, sabe? Cada vez que gravamos um álbum e toda vez que subimos ao palco, nós sentimos que a vida está avançando e que não estamos olhando para trás".

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