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  • by Brunelson

Foo Fighters: guitarristas falam sobre instrumentos, amplificadores e alguns álbuns da banda


Já se passou mais de 1/4 de século desde que o FOO FIGHTERS nasceu como um veículo para o material solo inédito de Dave Grohl.


Agora, enquanto eles comemoram o 10º álbum de estúdio, "Medicine at Midnight" (2021), os guitarristas Pat Smear e Chris Shiflett foram entrevistados pelo site Guitar.com para relembrar das suas jornadas sendo integrantes de uma das maiores banda do mundo.




Confira a matéria e entrevista completa, onde os guitarristas do FOO FIGHTERS vão contando as suas histórias entrando e saindo do grupo, além de irem relembrando com carinho como foi trabalhar em alguns álbuns de estúdio que a banda lançou e suas repercussões:



Se o FOO FIGHTERS tinha sido originalmente uma válvula de escape para Grohl dentro do NIRVANA e posteriormente um lugar para ir para lidar com a dissolução da banda após a morte de Kurt Cobain, tornou-se algo maior quando na época ele deu 01 fita-cassete para Pat Smear escutar e que seria exatamente a gravação do álbum homônimo de estreia em 1995.

Um Bom Remédio

Smear ainda está na banda, tendo saído em 1997 antes de retornar em "meio período" no ano de 2006 e em período integral para a gravação do álbum "Wasting Light" (7º disco, 2011).

O baixista Nate Mendel continua na banda desde sempre.

O 1º baterista do grupo, William Goldsmith, saiu da banda em 1997 e foi substituído por Taylor Hawkins que está no grupo até hoje.

Enquanto que o 2º substituto de Pat Smear na guitarra, Chris Shiflett (antes, por Franz Stahl), agora trabalha ao lado do próprio Smear, o vocalista/guitarrista, Dave Grohl, fecha a trinca de guitarras na banda.

Agora, o projeto solo único de Grohl inclui toda essa turma (além do tecladista Rami Jaffee), ainda com a presença de vocais femininos de apoio e volta e meia com ajuda de algum jogo de percussões e cordas.

"Medicine at Midnight" é um álbum compacto com 09 músicas que rejeita qualquer suposição punk rock que o formato possa sugerir, onde vemos uma banda explorar novos caminhos, incorporando elementos de soul music e funk rock na mistura do hard rock, para o que Grohl tem chamado de "um disco para se escutar no sábado à noite".

E tanto Smear quanto Shiflett, admitem um elemento surpresa quando foram apresentados à esta nova música do FOO FIGHTERS.

“Quando recebi as fitas demos, não achei que fosse uma mudança tão radical assim”, disse Shiflett, “mas certamente foi um pouco mais baseado em grooves. Eu acho que Dave tinha uma ideia diferente em mente quanto à vibração desse álbum, porque ele perseguiu algumas das coisas que soavam tipo David Bowie dos anos 80 e isso é divertido de fazer, especialmente para o trabalho com a guitarra”.

“Acho que a primeira coisa que gravamos foi a canção 'Shame Shame'”, lembrou Smear, “e as coisas começaram a ficar um pouco estranhas e parecia que estava saindo fora dos trilhos, quero dizer, eu normalmente toco guitarra do meu jeito, trazendo a minha coisa de punk rock para colocar no meio, mas ficou claro que dessa forma que sempre fiz não iria funcionar aqui”.

No entanto, Shiflett fez questão de enfatizar que este ainda é um álbum do FOO FIGHTERS: “É meio que a beleza de ter uma banda que existe há muito tempo e possui uma identidade, mas que não queríamos que soasse como sempre fomos... É uma bênção e uma maldição ao mesmo tempo”, ele riu.

Algum músico precisou adotar novas abordagens ou trazer novos instrumentos para as gravações?

“Eu me divido bem uniformemente entre guitarras Hagstroms e Gibsons quando se trata de instrumentos”, disse Smear, “e eu diria que neste álbum me inclinei mais para as Gibsons".

Smear continuou: “Eu posso lhe dizer que a Gibson SG é uma guitarra estranha porque eu só gosto das que têm um sistema de tremolo, que parecem mais certas pra mim, mas a piada disso é que com uma Gibson SG você não precisa de um sistema de tremolo, porque, conforme você se move ao tocá-la, já é como se estivesse usando um sistema de tremolo, sabe? Então, eu tinha uma SG em particular que colocaria cordas mais leves do que o normal especificamente para esta oscilação extra, porque se as cordas forem muito leves, isso dá a você aquele som certo que procuro. Essa é provavelmente a coisa mais enigmática que fiz neste álbum e isso se destaca principalmente nas músicas de rock mais pesado”.

Para Shiflett, a sua abordagem continua a mesma, procurando por partes que se encaixem e funcionem dentro da música, mas o processo de gravação ainda trouxe a sua cota de diversão.

“O que é ótimo agora e diferente de quando eu entrei na banda” ele diz, “é que, quando gravamos, todos trazem as suas coisas em especial... Eu tenho alguns cubos Fender Tweed antigos para guitarra que sempre trago comigo. Também temos alguns ótimos amplificadores da Marshall que sempre usamos e eu tenho um Vox AC-15 que uso muito para gravar".

“O cubo da Fender eu definitivamente usei muito nesse novo disco porque eu amo o modelo P-90".

“E eu também comprei uma linda guitarra Les Paul '57 que começou a sua vida como um modelo Goldtop, antes que alguém ao longo do caminho tirasse todo o acabamento dela para revelar as suas veias de madeira, mas é originalmente uma Les Paul Goldtop de 1957 com os captadores originais e tudo mais, e é simplesmente a melhor coisa que já me aconteceu. Ela ainda é toda original, soa incrível pra mim e ainda a uso muito”.

Acidentes felizes

As coisas nem sempre foram tão confortáveis e estabelecidas no FOO FIGHTERS como são hoje.

A primeira gravação de estúdio de Pat Smear com a banda renderia o aclamado álbum de 1997, "The Colour and The Shape" (2º disco): “Com guitarras, geralmente trago apenas o que sinto vontade de tocar e quando fomos gravar o álbum 'The Colour and The Shape', me lembro de ter sido a época em que comecei a tocar guitarras ocas (semi-acústicas) no estilo jazz e senti que algumas das músicas pediam esse tipo de som, mas foi muito menos estruturado do que você imagina, porque houve muitos acidentes felizes nessa banda... Isso é o que funciona para nós, exceto quando não funciona”.

Durante a turnê do disco "The Colour and The Shape", Smear deixou a banda e a música em geral, mas nunca perdeu o contato com o seu amigo Dave Grohl: “Eu estava realmente longe da música quando saí da banda, tipo, não tinha nenhuma guitarra pendurada nos suportes na sala da minha casa”, lembrou ele, “mas Dave estava sempre em contato comigo tocando ou me mostrando as novas músicas que ele tinha gravado... Lembro da vez que o álbum 'There is Nothing Left to Lose' foi lançado (3º disco, 1999) e quando o escutei, pensei: ‘Ah, cara, não acredito que perdi a chance de gravar esse álbum!’ Até hoje, é um dos meus discos favoritos do FOO FIGHTERS”.

Shiflett sentiu a sua dor, dizendo: “Nem me fale sobre isso, cara! Se eu tivesse entrado na banda 03 meses antes, também teria participado da gravação desse disco”.

Shiflett se juntou ao FOO FIGHTERS depois que a gravação desse 3º álbum havia terminado e se lembra de ter recebido uma fita cassete alguns meses antes do seu lançamento num bar de hotel em Los Angeles, após o seu 2º teste de audição para a banda: “Todos nós ficamos bêbados quando estávamos no bar daquele hotel e parecia que eu tinha conseguido a vaga, mas ainda não tinha sido informado oficialmente disso".

“Na verdade, uma das músicas que eles me enviaram para eu aprender a tocar e que estava naquela fita cassete, foi 'Aurora' (3º disco), então, acho que foi a primeira canção que eu ouvi daquele 3º álbum (que não tinha sido lançado ainda) e com base nisso, pude perceber que eles tinham feito um disco com um som diferente do que escutamos no álbum 'The Colour and The Shape'".

Tornar-se membro do FOO FIGHTERS foi um choque cultural para o californiano Chris Shiflett: “Na época em que eu entrei no grupo, eu tocava numa banda chamada NO USE FOR A NAME. Éramos uma banda de punk rock, também tínhamos álbuns lançados, saíamos em turnê e todo esse tipo de coisa, onde tínhamos uma pequena base de fãs, mas você sabe, FOO FIGHTERS está em uma escala muito maior, tipo, mesmo coisas como não ter que carregar o seu próprio amplificador pra cima e pra baixo foi uma coisa muito diferente e incrível pra mim - e meio difícil de acreditar às vezes".

“Mas a beleza disso é que, quando entrei no FOO FIGHTERS, pegamos a estrada imediatamente. Não deu tempo para pensar em nada, sabe? Me falaram que eu tinha conseguido a vaga num domingo, fizemos um show logo na próxima sexta-feira e saímos em turnê na segunda-feira seguinte... Fomos para a Europa e aquela turnê europeia foi uma loucura, cara! Você sabe, na minha banda anterior eu nunca tinha ouvido falar do termo ‘turnê promocional’, foi realmente um up-grade pra mim estar no FOO FIGHTERS, mesmo eu não tendo nada a oferecer nas entrevistas".

Shiflett continuou: "Eu não tinha gravado com a banda o álbum que estávamos promovendo naquela turnê (3º disco). Eu literalmente tinha acabado de entrar na banda e simplesmente sentava para as entrevistas, dia após dia em quartos de hotel, estações de rádio, tocando em programas de TV e outras coisas com a banda, meio que só ouvindo quieto eles falando sobre a banda e conhecendo todo o mundo naquela mesma hora. Nós viajamos por toda a Europa e depois fomos para a Austrália e depois não paramos mais”.

Fazendo uma marca

Após a turnê do álbum "There is Nothing Left to Lose", Shiflett voltou pronto para colocar a sua própria marca no próximo disco do FOO FIGHTERS - apenas para entrar no período mais turbulento na história da banda.

Ainda do lado de fora, Smear se lembra de ter ouvido uma versão anterior do que iria ser lançado como o 4º álbum da banda, "One By One" (2002): “Eu ouvi aquela primeira versão do disco e não gostei... E acho que eles tiveram a mesma reação quando resolveram regravar todo o álbum”.

Por dentro, Shiflett estava preocupado que o seu sonho estivesse morrendo cedo: “Esse foi um período estranho, especialmente quando você é o cara novo na banda. Fizemos todo o ciclo da turnê do álbum 'There is Nothing Left to Lose', o que foi ótimo, mas então, no final daquela turnê, Taylor Hawkins teve uma overdose e que não é segredo pra ninguém, e houve as consequências disso e alguma tensão entre ele e Dave. Durante esse tempo, Dave também gravou a bateria no álbum do QUEENS OF THE STONE AGE, 'Songs For The Deaf' (3º disco, 2002) e a primeira versão que tínhamos gravado do álbum 'One by One' havia sido arquivado, o que foi uma experiência que eu nunca tinha passado antes, sabe? Dave saiu em turnê com o QUEENS OF THE STONE AGE e ficamos um longo período parados, tipo, de 06 à 08 meses, onde pensamos: 'FOO FIGHTERS está chegando ao fim?' Eu cheguei a pensar: 'Bom, foi divertido, mas acabou!' Você sabe, foi muito assustador pra mim estar naquela situação".

Ele acrescentou: “O disco 'One By One' foi totalmente diferente de qualquer álbum que eu já tinha gravado antes com a minha banda, mas no final das contas, funcionou e esse disco apresentou as músicas 'All My Life' e 'Times Like These', onde fizemos uma turnê gigante e tudo acabou bem”.

Relembrando da gravação desse 4º álbum, Shiflett complementou: “As primeiras coisas do FOO FIGHTERS que gravei eu ainda usava bastante uma guitarra Les Paul de 1982 que ganhei no meu aniversário de 15 anos de idade. Quando entrei para a banda, Dave me comprou algumas guitarras: uma Les Paul Custom branca de 1991 que usei durante todos aqueles anos e ainda a uso muito, além de uma Explorer branca. Então, em algum lugar ao longo do caminho, comprei uma ES-335 preta da Gibson e a usei muito e definitivamente gravei muitas músicas com ela".

“Em termos de amplificadores, Dave tinha algumas caixas vintage que poderíamos usar no estúdio".

Indo acústico

De volta aos trilhos, a banda gravou um álbum duplo, "In Your Honor" (5º disco, 2005), incluindo um segundo disco de gravações acústicas. Shiflett se lembra de ter ficado entusiasmado em fazer algo diferente com a banda, mas foi a turnê acústica subsequente em 2006 que provou ser um ponto de virada.


Em busca de um som maior para preencher as salas de concerto que iria se apresentar acusticamente, Dave Grohl recrutou seções de cordas e percussão - e recorreu a um velho amigo.

“Eu estava envolvido com a minha banda de punk rock na época”, lembrou Pat Smear, “e tínhamos uma turnê agendada, mas então eu pensei: 'Por que não voltar ao FOO FIGHTERS para fazer uma turnê dos grandes sucessos? Fará mais sentido eu estar lá novamente com eles se for dessa forma'".

“Dave insistiu e mandou a programação daquela turnê acústica do FOO FIGHTERS e nenhuma data entrou em conflito com as datas da minha banda, então, depois da minha turnê onde estava fazendo shows de punk rock malucos em pequenos clubes punk, me reconectei ao FOO FIGHTERS acusticamente para tocar naqueles lindos teatros... Foi muito divertido ter essa experiência de tais extremos em 01 ano de turnê".

“Eu vejo aquela época como uma grande mudança para a banda”, acrescentou Shiflett, “e não apenas pelo fato de Pat ter voltado, mas porque daquele ponto em diante, a banda estava sempre se expandindo, sabe? Porque a turnê que fizemos incorporou algumas coisas acústicas, mais suaves, onde tínhamos, você sabe, violoncelo, percussão, teclados e a banda nunca mais voltou a ser um quarteto fixo. Acho que aquele momento mudou de verdade para sempre a banda”.

Um guitarrista original retornando a uma banda para tocar ao lado do cara que essencialmente o substituiu, teria o potencial de ser mais do que um pouco estranho, mas Smear e Shiflett estão na mesma página quando se trata de lembrar dessa transição.

“Quando fiz a turnê acústica, estava sentado ao lado de Chris, tipo, eu realmente não o conhecia e nos conhecemos somente naquela turnê”, disse Smear, “mas tínhamos tantos pontos em comum, como músicas que gostávamos, lutas de box, guitarras e nos tornamos bons amigos muito rápido. Também somos guitarristas muito diferentes, que é o que você realmente quer quando está numa banda com 03 guitarristas, então, eu realmente gostei da primeira vez que conversamos".

“Depois disso, foi muito divertido descobrir como nós dois estaríamos juntos na banda”, salientou Shiflett.

Shiflett ainda relembrou: “No início, passamos muito tempo conversando e pensando sobre quem faria o quê e resolvendo as partes apenas para não ficarmos um em cima do outro. Hoje, já não fazemos tanto isso agora, simplesmente porque caímos em papéis diferentes, certo? Eu sinto que, com a nossa banda, Dave é o guitarrista central e as coisas que Pat e eu fazemos constroem a partir disso, então, você está tentando descobrir o que vai funcionar, do que a música precisa e temos muitas pessoas no palco, onde às vezes, faz sentido simplesmente não tocar nada porque você não precisa ter a coisa toda do início ao fim".

Conforto doméstico

A banda ainda gravaria o seu 6º álbum de estúdio (o mais experimental até aquela época), "Echoes, Silence, Patience & Grace" (2007), mas o primeiro álbum de estúdio que contou em definitivo com a volta de Pat Smear no FOO FIGHTERS, foi "Wasting Light" (7º disco, 2011), um álbum gravado de forma analógica em rolos de fita pelo produtor Butch Vig (o mesmo que produziu o álbum "Nevermind" do NIRVANA) na garagem da casa de Dave Grohl.

Vig disse recentemente em entrevista que considera o disco "Wasting Light" a representação de estúdio mais precisa de como o FOO FIGHTERS soa ao vivo.

Ambos os guitarristas concordam.

“É outro dos meus álbuns favoritos”, disse Smear. “O processo de gravação foi muito confortável, pois eu estava feliz gravando de forma analógica e estar na casa de Dave foi muito tranquilo, mas eu estava realmente tentando encontrar o meu lugar lá como guitarrista, embora tivéssemos ensaiado essas músicas e as conhecia muito bem".

“Às vezes, eu tocava de um jeito e dizia ao nosso engenheiro de som: 'Não sei o que tocar aqui porque somos em três guitarristas'. Tipo, não queria ser a guitarra dominante, mas também não queria ficar perdido no meio do som e muitas vezes o nosso engenheiro vinha com combinações de amplificadores ou pedais que eu tocava e dizia que não tinha gostado nada do som. Foi quando ele me dizia: ‘Você não vai tocar sozinho, quando for tocar junto com os outros dois guitarristas me diga o que você achou’. Sim, depois eu entendi, ele me ensinou a não me preocupar se eu soava bem sozinho, mas a pensar sobre o que soava bem com os outros dois guitarristas da banda”.

Shiflett sente que o disco "Wasting Light" é o que se aproxima do que ele mais ama no FOO FIGHTERS: “Eu adorei gravar esse álbum e adorei o fato de sermos limitados pela fita e gravação analógica. Uma das coisas que eu acho que a nossa banda sofre de vez em quando no estúdio, é quando temos várias opções à mesa e às vezes as músicas ficam amarradas, onde continuamos adicionando merdas até chegarmos onde queremos. Porém, o meu gosto pessoal é exatamente o oposto disso, por isso que adorei o método de gravação no disco 'Wasting Light', porque, como guitarrista, você tem uma chance somente em cada música e precisa construí-la da melhor maneira possível... Foi muito divertido".

“Sempre adorei o som de nossas demos ao vivo e sempre desejei que estivesse um pouco mais próximo do resultado final. É difícil com as técnicas modernas não ficar adicionando coisas e há um lugar para isso, mas o meu gosto pessoal é que adoro a forma como as nossas demos ao vivo soam, porque é assim que soamos em uma sala, sabe?"



Irmãos de armas

Eles podem ter se juntado à banda em momentos e circunstâncias diferentes, mas ambos admitem que nunca passou por suas cabeças na época que eles estariam sentados aqui, hoje, como membros de uma banda com quase 26 anos de vida.

Certamente agora, pode-se dizer que o FOO FIGHTERS duraria para sempre?

“De uma certa forma, sim”, diz Smear, “tipo: 'Por que não faríamos mais isso?' Somos todos melhores amigos uns dos outros, todos nós amamos sair juntos e tocar música juntos. Durante 2020, quando tivemos um período tão grande em que nem podíamos ficar juntos, não posso falar por todos da banda, mas acho que todos nos sentimos meio perdidos, sabe? Eu queria me reunir com os meus amigos e fazer aquilo que fazemos! Então, mais do que nunca, por causa de 2020 e aqui vou eu falando por todos novamente quando não tenho o direito, todos nós percebemos que a banda é ainda mais importante para nós do que pensávamos que era”.

Shiflett concorda: “Dave sempre diz que é como se os seus avós se divorciassem depois de velhos, tipo, não faria sentido... Bom, chegamos a esse ponto já faz algum tempo. Quando você finalmente consegue ser um músico profissional e fazer disso para viver, não é nada como você imaginava quando era criança. Então, eu penso da mesma forma, quando você tem 25 anos de idade, você não consegue imaginar como será ainda estar fazendo isso aos 50 anos e como as nossas vidas mudaram tanto. Somos todos pais, maridos e temos famílias, mas agora, estando aqui, posso imaginar que isso continuará para sempre. Sim, e porque não?"

Mesmo se o jovem Shiflett não pudesse ver onde estaria agora, ele provavelmente ainda teria comprado uma guitarra Les Paul de 1957 se soubesse que estaria em uma grande banda de rock, certo?

“Acho que o meu 'eu' mais jovem nunca teria imaginado que isso seria possível”, ri Shiflett, “mas ficaria muito satisfeito com a compra, sem dúvida".

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