- by Brunelson
top of page
Os guitarristas da banda BLIND MELON, Chris Thorn e Rogers Stevens, foram recentemente entrevistados pela revista Spin e refletiram sobre o falecido vocalista do grupo, o doce e volátil, Shannon Hoon.
Enquanto Rogers Stevens reconhece que a maioria de suas memórias do final dos anos 80 e início dos 90 são "um pouco confusas", o guitarrista do BLIND MELON disse que se lembra de ter conhecido Shannon Hoon como se fosse ontem. "Foi um encontro que mudou a minha vida", ele disse e que acabou rendendo um álbum multi-platina e uma das canções mais duradouras da história do rock.
O encontro fortuito aconteceu no início de 1990 em Los Angeles. Stevens e o baixista Brad Smith estavam na cidade, fazendo testes para os vocalistas da banda que acabou se tornando o BLIND MELON.
“O cara que estávamos fazendo testes antes de conhecermos Shannon, nós meio que trabalhamos com ele por alguns dias para ver se ele poderia escrever letras para as coisas que estávamos fazendo, e ele era, tipo, um modelo masculino, sabe?”, lembra Stevens. “Apenas um cara muito bonito que poderia cantar como se estivesse na Broadway ou algo assim. Na época não sabíamos das coisas, tipo, eu era um jovem de 18 anos de idade do Mississippi com um palito de feno ainda na boca. Não sabíamos que era possível encontrar centenas de pessoas assim em Los Angeles”.
Então, Stevens e o baixista Smith concordaram em se encontrar com Shannon Hoon, que havia se mudado para Los Angeles pegando um ônibus em Indiana, momentos depois de escapar pela porta dos fundos de uma boca de fumo que estava sendo invadida pela polícia.
"Shannon era uma perspectiva atraente e alguém o enviou para fazer um teste conosco”, Stevens lembrou.
Hoon entrou no estúdio de ensaio improvisado em West Hollywood que Stevens e Smith estavam usando, sentou-se no chão com um violão e tocou a música “Change” do início ao fim.
“A porra da minha mandíbula caiu no chão”, disse Stevens sobre Hoon, que morreu há 25 anos. “Eu pensei: ‘Esse cara é uma porra de uma estrela do rock’. Quero dizer, você sabia imediatamente disso e era simplesmente óbvio. Eu olhei para ele e pensei: ‘Ele é tão bom quanto os meus heróis’. Foi assim que me senti imediatamente: ele é uma estrela. Há uma tonelada de grandes guitarristas e cantores por aí, mas havia apenas um dele”.
Dias depois, o guitarrista Chris Thorn conheceu Hoon de maneira semelhante: “Brad Smith e eu éramos amigos e ele me convidou para vê-lo. Shannon tocou a canção 'Change' pra mim e aquilo me surpreendeu, porque eu estava compondo músicas naquele momento, mas não estava criando canções naquele nível, tipo, ninguém estava! Parecia uma música que já existia há 30 anos de tão conhecida que era”.
Naquela época, Thorn estava pesando duas ofertas: uma para se juntar ao BLIND MELON e outra de uma banda chamada DAISY CHAMBER, um grupo de rock que tinha o tecladista do FOO FIGHTERS, Rami Jaffee, que foi dissolvida logo após lançar um EP homônimo com 06 canções em 1991.
“Eu meio que tinha duas opções nas mãos e me lembro da noite em que conheci Shannon, fui pra casa da minha namorada, que agora é minha esposa, e disse para ela: 'É ele! Ele é o cara!' Eu tinha essa imagem de quem deveria ser um astro do rock e quando conheci Shannon, foi tipo: ‘Meu caralho, esse é um daqueles caras!' Foi quando eu decidi me juntar ao BLIND MELON”.
Em 1992, BLIND MELON lançou o seu primeiro álbum homônimo, apresentando as músicas "Change", "Tones of Home" e é claro, a sua marca registrada, "No Rain". Em 1995, após uma turnê com Ozzy Osbourne e o SOUNDGARDEN (e se apresentando como parte do Woodstock Festival 1994), BLIND MELON lançou o 2º álbum de estúdio, "Soup", no auge da carreira. Apenas 02 meses após o lançamento do disco, depois de uma farra que durou a noite toda, Hoon foi encontrado sem vida no ônibus de turnê do grupo, morto por um ataque cardíaco indutor de cocaína.
Mais Recentes
Destaques
bottom of page