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by Brunelson

The Who: quando o guitarrista escolheu os seus 02 discos preferidos da banda


O guitarrista do THE WHO, Pete Townshend, nunca teve vergonha de criticar o trabalho dos outros, ou de fato, elogiar ou criticar o seu próprio trabalho.

Como compositor geral da banda e temível nisso, existem inúmeros álbuns dos quais poderiam facilmente estar no topo de sua lista, mas há 02 discos do estimado catálogo do THE WHO que ocupa um lugar especial no coração de Townshend.

Ele não conseguiu separar em ranking os 02 discos, material que, para o guitarrista, cada um manteve a mesma posição em seu coração por um período considerável de tempo. No entanto, Townshend fez bem em reduzir a apenas dois, considerando o magnífico repertório de trabalho do THE WHO.

Dito isso, o guitarrista nunca teve medo de empunhar o seu "machado" quando necessário.

O primeiro álbum do THE WHO que Townshend mencionou que ele mais se orgulha, considerando o extenso trabalho em que esteve envolvido, é o álbum de 1969, "Tommy" (4º disco), que ele explicou o motivo quando foi entrevistado pelo site JamBase em 2007:


“O álbum 'Tommy', porque é tão bem sucedido, tão abrangente e provavelmente é mais profundo em significado do que a maioria dos críticos permitem”.

Se trata do disco de ópera rock que conta a história de Tommy Walker, uma criança “surda, muda e cega”. O álbum segue as experiências de vida de Walker, bem como o seu relacionamento com a sua família e mostra a capacidade inata de Townshend de contar histórias da forma que ele quiser.

É um talento que viu a habilidade de composição de Townshend se destacar a cada ano que passava...

E o vocalista Roger Daltrey também é extremamente orgulhoso desse disco e citou a música "Pinball Wizard" como destaque do álbum:

“Toda a montagem de sons que ele conseguiu na guitarra emulando a máquina de pinball, é extraordinária. Não acho que ele tenha recebido reconhecimento suficiente por seu trabalho nisso”, disse Daltrey uma vez sobre o seu colega de banda. “Não necessariamente o som que ele conseguiu, porque na maioria das vezes gravando o disco 'Tommy' nós estávamos fora da 'casinha'... Deus sabe o que estávamos fazendo, mas seriam os arranjos reais, as ideias, harmonias e estruturas que ele fazia”.

O outro álbum que Townshend eleva junto ao disco "Tommy" é o outro impressionante disco de ópera rock do THE WHO, "Quadrophenia" (6º disco, 1973).


Ele afirmou: “O álbum 'Quadrophenia', porque é música pura e nada mais, e ainda assim muitas pessoas me disseram que reflete algo que elas sentiram que mudou a maneira como se sentiam antes de escuta-lo".


Soa interessante que o entusiasta do blues que Pete Townshend é, escolhesse 02 trabalhos de rock progressivo do THE WHO.

Mas pode haver uma razão para isso...

"Quadrophenia" também é o único disco do THE WHO composto inteiramente por Townshend, que pode fornecer a ele um nível de santidade sobre esse registro que ele não necessariamente possui com os seus outros álbuns. Esse disco conta a história de um jovem inglês chamado Jimmy que parte para descobrir o seu lugar no mundo em uma viagem de busca de sua alma.

O álbum se tornaria muito mais do que um disco para se ouvir, ele inspirou um renascimento na cultura e sociedade britânica nos anos 70 com bandas como THE JAM apostando em sua reivindicação. Também houve uma adaptação cinematográfica desse disco lançado em 1979.

É difícil discordar das duas escolhas imperiais de Pete Townshend, onde ambos transcenderam o mundo da música e evoluíram para as suas próprias entidades com o passar das décadas.


"Pinball Wizard" (Disco: "Tommy")


"Love Reign O'er Me" (Disco: "Quadrophenia")


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